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Naturalistas estão de regresso com expedição a Moçambique e Madagáscar

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Out 29, 2007
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Existirão entre oito e 30 milhões de espécies para apenas 1,8 milhões conhecidas até hoje

Uma ambiciosa expedição naturalista vai ser lançada em Moçambique e Madagáscar para conhecer melhor as espécies destas duas regiões, consideradas as mais ricas em biodiversidade mas também as menos conhecidas e as mais ameaçadas do planeta.

A expedição terrestre a Moçambique vai decorrer de Novembro a Dezembro de 2009 e a expedição marinha ao Sul de Madagáscar está prevista para o período de Abril a Junho de 2010. “O potencial de descoberta é fenomenal”, considera Philippe Bouchet, professor no Museu Nacional de História Natural francês.

O programa lançado sob a égide do Museu, da organização não governamental internacional Pro-Natura e da União Internacional para a Conservação (UICN) pretende “revisitar o planeta” com meios tecnológicos modernos.

Retomar as grandes expedições naturalistas, em voga no século XIX mas caídas em desuso no final do século XX, corresponde a um desafio “legítimo e necessário”, comentou Philippe Bouchet.

Desta vez, os naturalistas vão debruçar-se sobre a “biodiversidade negligenciada” – invertebrados marinhos e terrestres, plantas e cogumelos -, mais do que na grande fauna emblemática. As florestas do Norte de Moçambique e as águas frias do extremo Sul de Madagáscar são “pontos quentes” que apaixonam os naturalistas.

No total, cem participantes de 15 países vão para o terreno, com um orçamento de cerca de dois milhões de euros. “Foram investidas somas colossais para investigar a vida no espaço, quando ainda só conhecemos uma ínfima parte da vida na Terra”, observou Jean-Christophe Vié, da UICN.

“Muitas espécies no mundo arriscam-se a desaparecer antes mesmo de serem descobertas”, diz, preocupado Bertrand-Pierre Galey, director-geral do Museu Nacional de História Natural, defendendo um regresso das expedições naturalistas, durante a apresentação do programa ontem aos jornalistas.

Segundo os cientistas, existirão entre oito e 30 milhões de espécies para apenas 1,8 milhões conhecidas até hoje. Ao actual ritmo das descobertas, seriam necessários entre 500 e mil anos para os cientistas concluírem o inventário. Daqui o interesse em acelerar o passo. Tanto mais que um quarto ou metade de todas as espécies poderão desaparecer até ameados ou finais deste século, por causa das actividades humanas.

O compromisso internacional de erradicar a perda de biodiversidade no planeta em 2010 não será atingido, segundo o Museu.
publico
 
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