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National Geographic Foto of the Day

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O nosso legado

Rina Saito captou assim um acontecimento crucial na vida dos corais.



A fotógrafa Rina Saito captou nesta imagem a desova dos corais, o processo que estes organismos utilizam para se reproduzirem. Durante a desova, os corais libertam as suas células reprodutoras (gâmetas) simultaneamente na água; estas fundem-se e fertilizam-se.

Saito, que tirou a fotografia na região de Kagoshima, no Japão, descreve o momento da seguinte forma: "Antes do amanhecer, um grande número de corais desovou e toda a área ficou completamente branca, como se estivesse envolta em nevoeiro."

A imagem, originalmente intitulada Plate Coral Spawning, foi finalista do concurso aberto Sony World Photography Awards 2024 na categoria "Natural World and Wildlife".
 

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Os jardineiros da New Forest

No coração do parque nacional New Forest, no Sul de Inglaterra, os burros convivem em liberdade com póneis, veados e gado que passeiam à vontade.



No coração do parque nacional New Forest, no Sul de Inglaterra, os burros convivem em liberdade com póneis, veados e gado que passeiam à vontade. São descendentes de antigos animais de trabalho, que agora fazem parte da paisagem cultural e natural da região, e são conhecidos pelo seu carácter tranquilo e curioso. Com a chegada da Primavera, os arbustos de tojo, uma vegetação espinhosa com flores amarelas, tornam-se um banquete irresistível para eles.

A cena ao pôr do Sol, com os burros aparecendo entre os reflexos dourados das flores, reflecte essa estreita relação entre a fauna e o ambiente que caracteriza a New Forest. Esta antiga floresta real, criada por Guilherme, o Conquistador, e protegida desde a Idade Média, mantém um sistema de direitos de pastagem comum que permite aos habitantes locais soltar os seus animais para se alimentarem livremente. Assim, os burros não só embelezam a paisagem, como desempenham um papel ecológico fundamental ao controlar a vegetação e preservar o equilíbrio do ecossistema.
 

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Uma maternidade difícil

Na savana do Masai Mara, no Quénia, uma mãe chita tenta manter a ordem entre os seus filhotes travessos.

Com apenas alguns meses de vida, os pequenos perseguem-se e brincam alegremente uns com os outros, enquanto a mãe se deita na relva para descansar um pouco até que eles voltem a chamá-la. Embora as cenas pareçam pura brincadeira, na verdade fazem parte da sua aprendizagem: através dessas corridas e lutas simuladas, os filhotes desenvolvem as habilidades necessárias para sobreviver como os velocistas mais rápidos do planeta.

O fotógrafo norueguês Olav Thokle captou estas imagens encantadoras durante a época em que os chitas aproveitam a abundância de presas na reserva. A vida dos filhotes, no entanto, está longe de ser fácil: apenas uma pequena parte chega à idade adulta, pois outros predadores, como leões, hienas ou leopardos, representam uma ameaça constante. Cada momento de brincadeira sob o olhar da mãe é, no fundo, mais um passo em direcção à sobrevivência no vasto e selvagem cenário do Masai Mara.
 

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A dádiva do mar

Na ilha de Molokai, um pescador havaiano lança a sua rede sobre o lago Kahina Pohaku, dando continuidade a uma tradição que remonta a séculos atrás.


Esses lagos, conhecidos como loko iʻa, são engenhosas construções de pedra que permitem que os peixes entrem do mar, mas não saiam, garantindo alimento constante para a comunidade. O seu design reflecte o profundo conhecimento que os antigos havaianos tinham das marés, dos ciclos lunares e do comportamento dos peixes.

Mais do que um método de subsistência, a pesca tradicional no Hawai está ligada à cultura e ao respeito pelo ambiente. Hoje, mantém vivo um legado de sustentabilidade, no qual se tira o necessário e se protege o equilíbrio do ecossistema marinho. Em Molokai, um dos locais onde estas práticas ainda sobrevivem, observar a silhueta do pescador contra a água é como espreitar uma ponte entre o passado e o presente, onde a tradição continua a marcar o ritmo da vida junto ao oceano.
 

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Um amanhecer eterno

Quando o Sol nasce sobre Jinshanling, na província chinesa de Hebei, a Grande Muralha parece despertar com ele.


Ao amanhecer, as torres de vigia da Grande Muralha ficam douradas, evocando a grandeza de uma construção que serpenteia pelas montanhas há séculos. Nesta secção, menos movimentada do que outras, o silêncio da paisagem transforma a experiência numa viagem ao passado.

Este trecho, construído durante a dinastia Ming, conserva boa parte da sua estrutura original e mostra claramente a função defensiva da muralha. Entre colinas cobertas de vegetação e um horizonte que se perde na névoa, Jinshanling combina história e natureza no mesmo cenário. É um lembrete de como as marcas humanas, quando resistem ao tempo, podem fundir-se com o ambiente e tornar-se parte inseparável da paisagem.
 

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O esconderijo
Só há pouco mais de meio século é que se sabe da existência desta espécie.

Hippocampus bargibanti foi o primeiro cavalo-marinho pigmeu descrito no mundo. Foi descoberto por acaso num pedaço de coral (Muricella sp) que Georges Bargibant tinha recolhido para o Aquário de Nouméa, na Nova Caledónia, em 1969, pelo que só há 54 anos é que se ouviu falar desta espécie pela primeira vez. Por outras palavras, só há 54 anos é que se sabe da existência desta espécie. Porque é que demorou tanto tempo?

Porque estes peixes são especialistas em mimetismo: com menos de 27 milímetros de tamanho, enrolam a cauda à volta dos corais e imitam as suas cores, o que torna muito difícil encontrá-los. Para isso, têm protuberâncias semelhantes às do próprio coral, geralmente cor-de-rosa ou cor de laranja.
 

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A árvore da maré
Este é o rio que desenhou, nas suas idas e vindas, uma floresta inteira. Onde fica?


Esta fotografia aérea tirada na província de Zhejiang, no Leste da China, mostra uma floresta desenhada na terra, com a particularidade de não ter havido mão de artista: o mérito é do rio. O rio Qiantang é famoso pelas suas marés particulares. O seu caudal mina os pântanos e cria esta paisagem na sua foz.
 

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Uma manta improvisada

No zoológico de Chester, Inglaterra, um grupo de orangotangos de Sumatra encontrou o substituto perfeito para um cobertor.



Depois de passarem o dia entretidos a trepar e a balançar-se sobre cordas, estes orangotangos de Sumatra (Pongo abelii) aconchegam-se debaixo de uns sacos de sarapilheira. Objectos como este fazem parte do chamado enriquecimento ambiental, estratégias pensadas para mantê-los activos e estimulados num ambiente onde não precisam de procurar comida como fariam na selva.

O gesto de se cobrirem com um saco é comovente, mas também lembra a fragilidade desta espécie em vias de extinção, cuja população selvagem está cada vez mais ameaçada pela perda de habitat e caça furtiva. Um orangotango a descansar debaixo de um saco é uma imagem terna que nos lembra, ao mesmo tempo, o esforço pela sua conservação e a esperança de que algum dia as selvas de Sumatra continuem a ser o seu verdadeiro lar.
 

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Cuidado e cooperação

Nas pradarias do Parque Nacional Jim Corbett, na Índia, duas fêmeas de elefante procuram-se com movimentos lentos e precisos, enquanto uma pequena cria caminha entre elas.

A cena, captada num instante de simetria quase perfeita, reflecte uma das características mais comoventes destes animais: os seus fortes laços sociais. As fêmeas tocam-se com as trombas, cheiram-se e reconhecem-se, num gesto que reforça a coesão do grupo e expressa afecto e confiança.

Nas manadas de elefantes, o cuidado das crias é uma tarefa partilhada. Não apenas as mães, mas também as “tias” e as fêmeas jovens ajudam a proteger e guiar os mais pequenos, formando uma rede de apoio única no reino animal. Este comportamento cooperativo garante a sobrevivência da espécie e demonstra uma inteligência emocional surpreendente. Para o fotógrafo Joydeep Pal, esta união torna-se um lembrete de que a força dos elefantes não reside apenas no seu tamanho, mas na sua união e sentido de família.
 

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Tensão territorial

No vale do rio Boteti, no Botswana, um águia foi obrigada a interromper o almoço quando um chacal se aproximou de mais.

A águia-pesqueira-africana (Haliaeetus vocifer), que costuma alimentar-se junto à água, abriu as suas impressionantes asas numa clara demonstração de força. Esse gesto foi suficiente para intimidar ochacal-de-dorso-negro (Lupulella mesomelas) e fazê-lo recuar, evitando assim um confronto directo.

Embora não seja comum ver estas águias adoptarem posturas tão agressivas, elas fazem-no quando sentem que a sua comida, o seu território ou o seu ninho estão ameaçados. E embora o chacal seja geralmente um oportunista que aproveita os restos de outros predadores, desta vez teve que se contentar em ver como a majestosa ave manteve intacto o seu banquete.

Esta cena ilustra a intensa competição existente na savana por cada recurso: todos devem impor-se para garantir a sobrevivência.
 

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Resistindo na Amazónia


Perto de Iquitos, no coração da Amazónia peruana, a comunidade yagua continua a viver de acordo com tradições que remontam a séculos atrás, em estreita ligação com a selva.



A língua, os rituais e o modo de vida deste povo dependem directamente do equilíbrio da floresta tropical, esse vasto pulmão verde que regula o clima do planeta e abriga uma biodiversidade incomparável. No entanto, os incêndios florestais que todos os anos devoram milhares de hectares ameaçam não só a fauna e a flora, mas também as culturas que aprenderam a conviver em harmonia com este ambiente.

O aumento dos incêndios na Amazónia agrava as alterações climáticas, libertando toneladas de gases e partículas tóxicas que alteram a atmosfera e colocam em risco a saúde de milhões de pessoas. À medida que as árvores caem, desaparece também uma parte do conhecimento ancestral que protegeu a floresta durante gerações. A luta de povos como os yagua é hoje a defesa mais directa da Amazónia: um lembrete de que preservar o seu lar é também preservar o equilíbrio de todo o planeta.
 

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Um combate bestial

Na Reserva Nacional de Samburu, no Quénia, duas girafas parecem executar uma dança curiosa, movendo os seus longos pescoços num vaivém quase coreografado.

O que parece um espectáculo cómico é, na verdade, uma luta ritual conhecida como necking, na qual os machos usam os seus pescoços e as protuberâncias ósseas características na cabeça (ossicones) para golpear o adversário. Os movimentos, lentos mas poderosos, procuram impor domínio sem causar ferimentos graves, embora os impactos possam ser surpreendentes e deixar marcas no pescoço.

Este tipo de confronto geralmente decide quem tem acesso às fêmeas ou quem domina uma área do território. As girafas mais fortes ou experientes geralmente impõem-se rapidamente, enquanto as mais jovens se retiram sem grandes danos. Após alguns minutos de tensão, os dois adversários geralmente separam-se calmamente, como se nada tivesse acontecido: uma lembrança de que, na natureza,a elegância e a violência coexistem em equilíbrio.
 

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Lâminas e espinhos

A fotógrafa conservacionista Kate Vylet está preocupada com a narrativa de que os ouriços-do-mar são os maus da fita na redução das florestas subaquáticas. "Os ouriços pertencem à floresta de algas tanto quanto as próprias algas", diz a autora desta fotografia.

A história dos ouriços-do-mar e das florestas de algas é a seguinte: primeiro, as lontras marinhas, que comem ouriços-do-mar, foram caçadas quase até à extinção ao longo de grande parte da costa ocidental. Depois, na década de 2010, a doença da estrela-do-mar destruiu a estrela-do-sol (Pycnopodia helianthoides), que se alimenta de ouriços, fazendo disparar a população de ouriços-do-mar. A alga gigante (Macrocystis pyrifera) foi também gravemente afectada pelas ondas de calor marítimas.

Em conjunto, todos estes factores deixaram "terrenos baldios de ouriços-do-mar" onde outrora prosperavam exuberantes florestas subaquáticas. Entre 2008 e 2019, cerca de 95% das florestas de kelp desapareceram do norte da Califórnia.

Os conservacionistas estão agora a tentar uma variedade de técnicas para fazer reviver as florestas perdidas, desde a criação de estrelas de girassol em cativeiro até à concepção de um robô para esmagar ouriços e recrutar mergulhadores para os recolher. A fotógrafa conservacionista Kate Vylet, no entanto, está preocupada com a narrativa de que os ouriços-do-mar são os maus da fita nesta história. "Os ouriços pertencem à floresta de algas tanto quanto as próprias algas", diz Vylet.
 

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Ouro branco


Na costa de Maheshkhali, no Bangladesh, um grupo de homens examina um tesouro. O que será?


Este montinho não é neve, mas sim sal: milhares de cristais que brilham sobre a terra como fragmentos de luz. Aqui, a produção de sal ocupa extensões imensas e obter uma única remessa de sal marinho requer tempo, paciência e o trabalho coordenado de dezenas de pessoas.

Ao contrário do tom rosado característico do sal do Himalaia, o sal de Bangladesh é completamente branco. A sua pureza deve-se à composição dos seus cristais: átomos de sódio e cloro que se ligam numa estrutura perfeita. E embora o resultado final possa parecer simples, cada grão conta a história de um processo artesanal que pode durar um mês inteiro.
 

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Uma grande dose de humildade

Vê a pequena figura humana na fotografia? Não está ali por acaso, de acordo com o autor desta captura.

Mihail Minkov tirou esta fotografia no deserto de Wadi Rum (Jordânia), tentando exprimir um sentimento que ele próprio experimenta perante o céu nocturno: o tamanho minúsculo da humanidade comparado com a vastidão do universo.

"Sempre que saio para fotografar o céu à noite, sinto-me invadido por um sentimento de humildade e gratidão pela minha existência. É como se os meus problemas diminuíssem em comparação, e lembro-me do imenso amor que tenho pela minha família e da beleza da própria vida, fazendo com que tudo o resto pareça trivial", contou o fotógrafo. Assim, sabemos que a pessoa que aparece – pequena e distante – nesta fotografia não é acidental; pelo contrário, é a essência da sua mensagem.

A imagem, originalmente intitulada pelo seu autor The Vanity of Life, foi seleccionada no concurso Milky Way Photographer of the Year 2024, organizado pelo blogue Capture the Atlas.
 

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Da Ásia para o mundo

O cultivo de algas vermelhas é uma importante fonte de receitas para os indonésios, especialmente na ilha de Nusa Lembongan, no Sudeste de Bali.

Na Península Ibérica, onde se concentram diversas empresas já dedicadas à produção de macroalgas, o seu cultivo representa menos de 0,002% do sector da aquicultura. Cerca de 95% da produção global ainda provém da Ásia, onde as algas fazem parte da dieta tradicional em muitos países, ao contrário da realidade ibérica. Em parte isso deve-se à neofobia, a recusa de provar novos alimentos. Por outro lado, a sua distribuição ainda não é generalizada.


Das algas vermelhas (ilustradas na fotografia) extrai-se a carragenina, muito utilizada pela indústria alimentar como gelificante, espessante, estabilizante e aglutinante de proteínas.
 

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O mestre do disfarce​


Por trás de uma aparência simpática, esconde-se um predador nocturno perfeitamente adaptado à vida nas florestas e savanas africanas.​


Com a sua cabeça redonda, plumagem eriçada e olhar profundo, o coruja-de-cara-branca-do-norte (Ptilopsis leucotis) é uma ave de rapina com uma aparência muito característica. Durante o dia, costuma permanecer imóvel entre os galhos, inflando a plumagem para conservar o calor. No entanto, quando se sente ameaçado, faz exactamente o contrário: estica-se, alinha as penas e adopta uma postura alongada que o torna imperceptível entre as cascas das árvores. Essa versatilidade na sua aparência permite-lhe sobreviver num ambiente cheio de predadores e demonstra que, na natureza, a versatilidade é fundamental.
 

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Marte na Terra

O Parque Nacional de Timanfaya, em Lanzarote, apresenta-nos uma paisagem, que se assemelha, segundo os geólogos, ao do nosso vizinho do sistema solar.

Existem vários locais na geografia espanhola que, sem referências, poderiam muito bem estar situados no planeta Marte. Um deles é Río Tinto, em Huelva, cujo ambiente agreste e ácido se assemelha, segundo os geólogos, ao do nosso vizinho do sistema solar.

Outra destas paisagens, que é o tema da fotografia do dia de hoje, é a captada pelo fotógrafo canário Juan Méndez no Parque Nacional de Timanfaya, na ilha de Lanzarote, o único da Rede Espanhola de Parques Nacionais com um carácter eminentemente geológico.

Este território é o resultado de uma sucessão de erupções vulcânicas durante os últimos 300 anos. Despojado de vegetação, está despido das suas formas, texturas e uma grande variedade de cores que transportar-nos-iam directamente para o Planeta Vermelho, não fosse a delicadeza com que foi colocada a fila de pedras no primeiro plano da imagem.
 

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Preparando o ninho

Nesta imagem registada numa reserva natural da Flórida, a simetria entre pais e filhos simboliza a perfeita coordenação de uma família unida pelo instinto e pela aprendizagem.

Com os seus longos pescoços inclinados sobre a água, um casal de grous e os seus filhotes parecem reflectir-se na água como num espelho enquanto arrumam o ninho.

Os grous do Canadá são famosos pelos seus fortes laços familiares: eles formam casais para toda a vida e colaboram estreitamente no cuidado dos filhotes. Os pais ensinam os seus filhotes não apenas a procurar comida, mas também a mover-se com prudência. As crias podem andar e nadar poucas horas após o nascimento, seguindo imediatamente os seus progenitores em busca de alimento entre os juncos e a margem. No seu reflexo compartilhado, a natureza mostra-se como um retrato perfeito de ternura e equilíbrio.
 

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Peixe (literalmente) fresco

O sucesso do visão-americano deve-se à sua capacidade de resistir ao frio e não deixar escapar nenhuma oportunidade.

Nas margens do lago Ontário, um visão-americano segura o seu troféu com expressão de orgulho: um peixe coberto de gelo, recém-capturado nas águas frias. O fotógrafo e cientista Jeremy Bridge-Cook conseguiu imortalizar o momento, em pleno Inverno, quando o gelo começa a formar uma camada sobre rios e lagos. Nestas condições extremas, a caça exige reflexos rápidos e um olfato impecável. As martas são especialistas nisso: nadam com facilidade mesmo sob o gelo e podem permanecer submersas por mais de um minuto enquanto procuram presas escondidas.

Assim, após um dia entre neve e água gelada, o visão regressa à sua toca com um prémio entre os dentes. Esta fotografia testemunha uma combinação de ternura e crueza, que lembra até que ponto a vida nas latitudes altas se move num equilíbrio delicado.
 

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Coração de pedra

Esta imagem obtida pelo satélite Copernicus Sentinel-2 da ESA transporta-nos para uma bela formação geológica em forma de coração na espectacular paisagem das terras altas do sul da Bolívia.

As terras altas que integram o Altiplano boliviano estendem-se por quase 1.000 quilómetros entre o Peru e a Bolívia. A paisagem é constituída por uma série de bacias que se encontrama cerca de 3.500 metros acima do nível do mar, formando a maior área de planalto da Terra fora do Tibete.

Esta área em particular é uma transição entre o deserto a oeste e a floresta tropical a leste. A formação em forma de coração foi moldada por várias camadas de diferentes formações geológicas ao longo do tempo. Os numerosos riachos e rios visíveis também contribuíram para moldar a paisagem tal como a vemos atualmente.

Sucre, a capital do departamento de Chuquisaca, é visível na parte superior da imagem a cinzento. Classificada como Património Mundial pela UNESCO, a cidade situa-se a uma altitude de 2.800 metros acima do nível do mar. À esquerda de Sucre, encontra-se a cratera de Maragua, um destino popular para caminhadas.

Satélites como o Sentinel-2 permitem-nos captar belas imagens como estas a partir do espaço, mas também monitorizar locais em mudança na Terra. Voando a uma altitude de 800 quilómetros, os satélites tomam o pulso ao nosso planeta, captando imagens e medindo sistematicamente as mudanças que ocorrem, o que é especialmente importante em regiões como estas que, de outra forma, seriam de difícil acesso. Esta ferramenta pode contribuir para a tomada de decisões mais informadas com vista a proteger o nosso mundo para as gerações futuras e para todos os cidadãos que habitam a nossa querida Terra.
 

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Uma alvorada preguiçosa

Por volta das 7h45, mesmo antes do nascer do Sol, Fernando Sousa já estava a captar esta imagem, a partir do Parque das Nações, em Lisboa.

"No horizonte, as nuvens apresentavam um magnífico colorido. O planeamento prévio indicava que o Sol iria surgir por cima do troço elevado da ponte Vasco da Gama, junto à margem esquerda do rio Tejo", conta-nos o autor da fotografia.

Fernando Sousa optou por uma longa exposição de 20 segundos para "adicionar um ligeiro efeito de fluidez às nuvens e à água do rio, [vergado na altura a uma] corrente rápida da maré vazante". Para obter o efeito pretendido, o fotógrafo usou ainda um filtro de densidade neutra em frente à objectiva, "como se dotasse a objectiva de uns óculos de sol muito escuros".
 

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O grande bazar nocturno do Bangladesh

Milhares de bancas bem iluminadas vendem os seus produtos depois de escurecer no mercado de Kawran Bazaar, o maior mercado grossista do Sul da Ásia.

Este bazar, onde se vendem desde peixe a produtos de higiene pessoal, está aberto da meia-noite às cinco da manhã, dispondo de 1.255 bancas para percorrer com os olhos e a carteira. Se o atravessar de ponta a ponta, poderá deparar-se com 2.500 comerciantes.
As pequenas lojas do mercado do Bangladesh e dos seus arredores recebem as suas mercadorias em camiões, por vezes provenientes do estrangeiro. As compras são depois frequentemente transportadas em carrinhas ou carrinhos de mão para as moradas dos clientes.

Rakibul Alam Khan, o fotógrafo profissional desta imagem, explica que "os comerciantes exportam legumes, peixe e outros produtos agrícolas não só para diferentes mercados médios e pequenos da cidade de Dhaka, no Bangladesh, ou para os subúrbios, mas também para diferentes mercados estrangeiros, especialmente no Médio Oriente".
 

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Paisagem outonal

Das montanhas de Baba às montanhas de Verno, este é o rasto que as folhas caídas podem deixar.

Das montanhas de Baba, na Macedónia do Norte, às montanhas de Verno (ou Vitsi), no Norte da Grécia, a faia e o carvalho dominam a paisagem, criando uma gama impressionante de cores outonais com as suas folhas.

A imagem, captada em 27 de Outubro de 2024 pelosatélite Copernicus Sentinel-2, mostra a fronteira ocidental entre os dois países, onde se misturam tons de castanho, vermelho e verde, com diferenças de intensidade consoante a altitude.
 
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