Luz Divina
GF Ouro
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O desejo ou obrigação da presença do pai?
Até há umas décadas colocar esta questão era impensável. O pai esperava à porta do quarto ou caminhava pelos corredores do hospital até que se abrisse uma porta e aparecesse uma enfermeira vestida de branco dizendo: “Parabéns, é um menino”.
O parto era uma coisa de mulheres, e os únicos homens que poderiam estar presentes eram os que faziam parte da equipa clínica que assistia ao parto.
Todavia, ao longo dos anos, esta realidade foi-se alterando e hoje raros são os pais que não querem assistir ao nascimento dos filhos.
No entanto, estar presente nomomento do parto é uma decisão individual e ainda existem alguns futuros pais que, quando chega o momento do parto, devido à carga emocional que sentem, acabam por desistir.
Especialmente aqueles que esperam o seu primeiro filho, mesmo que tenham acompanhado as mulheres nos cursos de preparação para o parto, podem sentir-se ridículos quando têm de praticar junto com as suas mulheres os exercícios de respiração que fazem parte do curso de preparação para o parto.
Também o sofrimento da mulher é agora real e, para alguns, pode ser difícil enfrentá-lo.
Os homens que foram pais há mais de trinta anos nem sequer pensavam em estar presentes no nascimento dos seus filhos e não foi por isso que foram piores pais no momento do nascimento, outros – embora não o digam – não sentem desejos nem capacidade para vivenciarem esse momento.
Em cena...
Desde o dia em que a mulher fica grávida, e mesmo que todos os momentos tenham sido partilhados pelo futuro pai, as consultas, as ecografias, a sua frequência do Curso de Preparação para o Parto, a verdade é que futuro pai vive a experiência do exterior, como se realmente o bebé chegasse de Paris.
O pai pode não estar emocionalmente tão envolvido na gravidez porque ele não sentiu o bebé dentro de si.
O parto apresenta-se então como um momento de ser também protagonista e poder partilhar com a mulher o nascimento do seu filho.
Alguns papás desejam estar junto das suas mulheres, no momento do nascimento, outros – embora não o digam – não sentem desejos nem capacidade para vivenciarem esse momento.
É, contudo, importante não tornar a sua presença como uma obrigação. É fundamental ter em consideração que uma presença imposta pode tornar-se um obstáculo para a parturiente, para os médicos e uma tortura para o pai.
Muitas vezes, pode ser a mulher a condicionar o marido, sem lhe dar hipótese de dizer que não quer assistir.
Contudo, há mulheres que preferem estar sozinhas com a equipa médica. Cada casal tem as suas preferências e capacidades e não poderemos recriminar esta ou aquela decisão.
“Quando o futuro pai decide não estar presente no parto, isso não significa que seja menos pai do que aqueles que assistem ao nascimento dos filhos”
Não se é um "pai menor"
Quando o futuro pai decide não estar presente no parto, isso não significa que seja menos pai do que aqueles que assistem ao nascimento dos filhos.
De igual forma, amará o seu bebé e criá-lo-á com o mesmo amor e dedicação. Poderemos equipará-lo a uma mãe que foi obrigada a fazer uma cesariana e não viu o seu bebé nascer.
Essa também não será menos mãe por isso e amará o seu filho como se o tivesse visto nascer.
Muitas vezes os pais que não assistem ao nascimento dos seus filhos, fazem-no porque o sofrimento os incomoda ou até os assusta.
A forma como se encara o sofrimento varia de pessoa para pessoa e os homens não são excepção nem a sua virilidade fica em causa por isso.
É assim importante que ninguém, nem a própria mulher, obrigue a que o seu companheiro esteja presente nem que o pai imponha a sua presença se a sua companheira não o desejar.
Os homens que foram pais há mais de trinta anos nem sequer pensavam em estar presentes no nascimento dos seus filhos e não foi por isso que foram piores pais.
Sempre existiram pais bons e menos bons, não dependendo isso de terem estado presentes na altura do nascimento dos seus filhos. Esta ausência não impede o pai de ter uma conduta adequada na criação e educação dos filhos.
fonte:sapofamilia