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Rubiales anuncia que vai apresentar demissão à RFEF após beijo polémico
Confissão do dirigente espanhol foi feita no programa do jornalista Piers Morgan, que entrevistou Cristiano Ronaldo há pouco menos de um ano.
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Três semanas após o escândalo nos festejos da conquista de Espanha no Mundial feminino, com o polémico beijo na boca a Jenni Hermoso, Luis Rubiales anunciou, este domingo, que vai apresentar a sua demissão à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
A confissão foi feita em conversa com o jornalista Piers Morgan, que divulgou, este domingo, um excerto de uma entrevista que será divulgada na íntegra durante esta semana. "Vou demitir-me. Não consigo continuar o meu trabalho", atirou o dirigente que havia sido suspenso de funções pela FIFA, já depois de ter garantido que não se iria demitir do cargo - entretanto ocupado de forma interina por Pedro Rocha.
O jornalista britânico questionou Luis Rubiales acerca dos motivos que conduziram a tal decisão e o dirigente espanhol acabou mesmo por admitir que as conversas que teve com familiares foram cruciais para a decisão.
"Falar com o meu pai, com as minhas filhas. Não é uma questão em relação a mim. Os meus amigos dizem-me 'tens de te focar na tua dignidade, continuar a tua vida porque provavelmente vais prejudicar pessoas que amas', isso tocou-me", confessou.
"Tive de pensar imenso nestas três semanas. Não é uma questão que me afeta apenas a mim, pode afetar outras pessoas. Por isso esta é a decisão mais inteligente a tomar", concluiu no excerto divulgado, sendo que a entrevista conta com cerca de duas horas.
Recorde-se que, antes do incidente do beijo à jogadora que marcou o decisivo golo frente à Inglaterra, ainda na bancada do estádio, Rubiales tinha tocado os próprios genitais para celebrar a vitória espanhola. Os dois comportamentos valeram-lhe queixas do governo de Espanha ao Tribunal Administrativo do Desporto, que decidiu abrir um processo disciplinar a Rubiales, e a suspensão da FIFA do cargo de presidente da RFEF, durante 90 dias.
Aos acontecimentos em Sydney seguiram-se inúmeras críticas a Rubiales, que disse que não iria abandonar o cargo, o que provocou um novo pico de contestação e extremar das posições, com as jogadoras da seleção a anunciarem não estarem disponíveis para voltarem a representar Espanha, enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.
Onze membros da equipa técnica do selecionador feminino, Jorge Vilda, apresentaram a demissão. Por seu lado, o técnico, que condenou o "comportamento impróprio" do presidente da RFEF, foi demitido do cargo na terça-feira pela federação espanhola, depois de críticas de diversos setores por ter aplaudido o discurso em que Rubiales disse que não se demitia e que estava a ser vítima de uma perseguição do "falso feminismo".
Processo da FIFA segue trâmites normais apesar da demissão de Rubiales
O processo disciplinar instaurado pela FIFA a Luis Rubiales seguirá os trâmites normais, apesar da demissão do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), notou hoje fonte do organismo internacional à EFE.
Contactada pela agência noticiosa espanhola, a mesma fonte assinalou que o Código de Ética da FIFA estabelece que a investigação deve prosseguir "independentemente de a pessoa continuar sujeita a esse código", por deixar de desempenhar a função.
No domingo, Luis Rubiales revelou que apresentou a renúncia ao cargo de presidente da RFEF, bem como às funções que desempenhava na UEFA, na sequência da polémica causada pelo beijo na boca que deu à jogadora Jenni Hermoso, após a inédita vitória da Espanha na final do Mundial feminino, em 20 de agosto.
A FIFA anunciou a abertura de um processo disciplinar a Luis Rubiales cinco dias mais tarde, por possível violação do Código de Ética do organismo que rege o futebol mundial, tendo posteriormente suspendido o líder federativo espanhol durante 90 dias.
A futebolista disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma o presidente da federação. Antes, na bancada do estádio, Rubiales tinha tocado os próprios genitais para celebrar a vitória espanhola.
Os dois comportamentos valeram-lhe queixas do governo de Espanha ao Tribunal Administrativo do Desporto, que decidiu também abrir um processo disciplinar a Rubiales.
O presidente da RFEF em funções, Pedro Rocha, avançou com a demissão de Jorge Vilda do cargo de selecionador feminino, sendo substituído por Montse Tomé.
Rubiales: "O beijo a Jenni é como o que daria a uma das minhas filhas"
Antigo presidente da RFEF garante não ter existido qualquer "agressão sexual".
Luis Rubiales voltou a defender-se das críticas reforçando que o polémico beijo a Jenni Hermoso não teve qualquer natureza "sexual" e que teria dado o mesmo beijo a uma das suas filhas. Na segunda parte da entrevista a Piers Morgan, o agora ex-presidente da Real Federación Española de Fútbol continua a afirmar estar inocente ainda que admita que se deveria ter tido um comportamento diferente durante a cerimónia da entrega das medalhas do Mundial Feminino.
"As minhas intenção eram nobres, entusiastas e 100% não sexuais. Eu repito 100%. Não há conteúdo sexual, não há agressão. Não há nada. O beijo a Jenni é como o que daria a uma das minhas filhas. Entre amigos e família isto é muito comum", defendeu-se Rubiales, num excerto da entrevista à qual o The Sun teve acesso antecipado.
"Foi um momento de celebração e euforia, mas deveria ter agido de forma mais solene, fria e diplomática. Peço desculpa, mas sejamos claros, isto não é agressão sexual", explicou o agora ex-presidente da RFEF.
No domingo, Luis Rubiales revelou que apresentou a renúncia ao cargo de presidente da RFEF, bem como às funções que desempenhava na UEFA, na sequência da polémica causada pelo beijo na boca que deu à jogadora Jenni Hermoso, após a inédita vitória da Espanha na final do Mundial feminino, em 20 de agosto.
A FIFA anunciou a abertura de um processo disciplinar a Luis Rubiales cinco dias mais tarde, por possível violação do Código de Ética do organismo que rege o futebol mundial, tendo posteriormente suspendido o líder federativo espanhol durante 90 dias.
A futebolista disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma o presidente da federação. Antes, na bancada do estádio, Rubiales tinha tocado os próprios genitais para celebrar a vitória espanhola.
Os dois comportamentos valeram-lhe queixas do governo de Espanha ao Tribunal Administrativo do Desporto, que decidiu também abrir um processo disciplinar a Rubiales.
O presidente da RFEF em funções, Pedro Rocha, avançou com a demissão de Jorge Vilda do cargo de selecionador feminino, sendo substituído por Montse Tomé.
FIFA considera 'caso Rubiales' "a maior desgraça no mundo do futebol"
Fatma Samoura avisa que "não se pode aceitar este tipo de comportamento".
A secretária geral da FIFA, Fatma Samoura, concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista à rádio espanhola Onda Cero, na qual lamentou a polémica que 'assombrou' a final do Campeonato do Mundo de futebol feminino.
Luis Rubiales deu um beijo consentido na boca a Jenni Hermoso, tendo acabado por se demitir de funções e sido obrigado a responder em tribunal. Como consequência, as jogadoras declararam um boicote total a La Roja, que acabaram por levantar, devido a um acordo alcançado com a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
"É positivo que, finalmente, haja um acordo entre as jogadoras e a Federação, mas também com o Conselho Superior de Desportos, para, finalmente, colocar ponto final nesta saga, que, para mim, foi a maior desgraça no mundo do futebol, porque não deixou Espanha gozar este sucesso no Mundial", começou por afirmar.
"Não se pode aceitar este tipo de comportamento no futebol, e não se pode aceitar numa sociedade como responsáveis do futebol. Temos de demonstrar respeito para com todos os jogadores, e também tratar os jogadores como iguais e como seres humanos que merecem o nosso respeito", acrescentou.
A terminar, Fatma Samoura fez questão de enviar uma mensagem a Jenni Hermoso: "Ela vai seguir em frente, vai demonstrar ao resto do mundo que, depois daquilo que aconteceu, tem a fé para continuar a jogar e a ganhar, acima de tudo, e desejo-lhe o melhor".
FIFA arrasa Luis Rubiales: "Danificou a integridade do futebol"
El Mundo traz a público o processo aberto pelo organismo ao ex-presidente da RFEF.
O jornal espanhol El Mundo traz, este sábado, a público detalhes relativos ao processo disciplinar aberto pela FIFA a Luis Rubiales, com o qual o suspendeu de todas as funções relacionadas com o futebol a 26 de agosto, por um período total de 90 dias.
O organismo que rege o futebol mundial defende que o agora antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) "danificou consideravelmente a integridade e a reputação", face ao comportamento denotado no passado verão.
Em causa está o facto de ter beijado Jenni Hermoso e agarrado os próprios genitais, durante os festejos da histórica conquista do Campeonato do Mundo de futebol feminino, algo que, alega, provocou um "prejuízo irreparável" à modalidade.
A FIFA acusa, ainda, o ex-dirigente de ter "pressionado" a jogadora e pessoas que a rodeiam para que "declarassem a seu favor", quando o escândalo 'rebentou'. Uma atitude tida como "intolerável", visto que fez valer a sua "posição predominante como presidente".
"Tendo em conta como se desenrolou a Assembleia Geral da RFEF e, particularmente, os comunicados da Futpro e da jogadores, que continuam graves acusações contra Rubiales, fica justificada a adopção de medidas cautelares", pode ler-se.
"Ameaçar a jogadora com medidas legais simplesmente porque expressou a sua opinião sobre o sucedido ou, o que é mais grave, pressionar a jogadora e quem a rodeia, é intolerável e obstrui os procedimentos disciplinares", completa o documento.
Rubiales explica beijo a Hermoso e usa a Ucrânia: "Algo tão natural..."
Ex-presidente da RFEF já testemunhou perante um juiz da Audiência Nacional.
O jornal El Español revela, esta quarta-feira, novas informações relacionadas com o caso do beijo polémico de Luis Rubiales a Jenni Hermoso nos festejos do Mundial feminino ganho na Austrália em agosto.
O antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) já foi ouvido na Audiência Nacional, onde já tinham falado duas internacionais pelo país vizinho, numa audiência que demorou 54 minutos. Nela, Luis Rubiales voltou a defender o seu comportamento, tal como o tinha feito em ocasiões anteriores, sublinhando que o beijo foi "algo natural entre duas pessoas que conviviam há muito tempo".
Rubiales, que enfrenta uma denúncia do Ministério Público, explicou que Jenni Hermoso "faltou à verdade quando diz que tenho duas filhas, porque são três". Além disso, o ex-dirigente da RFEF ressalvou que Hermoso desvalorizou o assunto pouco depois da cerimónia de entrega de medalhas, falando em "consentimento e respeito."
"Eu estava a abraçar as jogadoras, o treinador, quando ela passou. Ela veio na minha direção para me dar um abraço. Abraçámo-nos, ela pegou-me ao colo e eu fiz um gesto para não cair. Tudo isto no meio de uma conversa em que lhe lembro que sem ela não teríamos vencido o Mundial.
Então pergunto-lhe [se a posso beijar]. E ela diz ok. Ela agarra como pode, eu a ela e nada mais. Dois ou três minutos depois, todos me levantaram. E nesse momento não vou dizer que não me devem tocar - com licença - no rabo, nos joelhos ou nas costas. Tínhamos ganhado um Mundial, sentíamos enorme euforia, uma alegria indescritível. É tão tremendo", prosseguiu Rubiales.
“Aconteceu tão naturalmente como quando ganhas a lotaria ou quando a guerra na Ucrânia termina ou quando ganhas um Campeonato do Mundo, essa efusividade, essa espontaneidade. Ela mesma disse isso, ela disse-me que estava tudo bem. Tudo surgiu na hora", finalizou.
Testemunho de Hermoso revelado: "Não tive capacidade de reação..."
Uma televisão revelou o testemunho da jogadora espanhola ao tribunal.
O programa "Código 10" da Telecinco espanhola teve acesso ao testemunha que Jenni Hermoso fez à procuradora-adjunta do Tribunal Nacional de Espanha, Marta Durántez, para formalizar a sua queixa contra o antigo presidente da RFEF.
A futebolista, visivelmente afetada, contou magistrada como viveu os acontecimentos que a levaram a apresentar uma queixa contra o ex-presidente Luis Rubiales e como isso a está a afetar.
"Quando estávamos na cerimónia de entrega de medalhas, ele colocou-me a medalha. Cumprimentei a rainha, abracei a filha e o próximo era Rubiales. Abracei-o e a primeira coisa que lhe disse quando o abracei foi 'que confusão que fizemos' e ele saltou para cima de mim e eu mantive-me firme. Quando ele desce, a única coisa de que me lembro é que me disse 'este Mundial foi ganho graças a ti'. A seguir, lembro-me das suas mãos na minha cabeça e do beijo na minha boca", contou.
A jogadora admite ao Ministério Público que ficou surpreendida com o beijo de Luís Rubiales: "Se consegui reagir? Não, nem sequer estava à espera. Como é que eu podia esperar isso naquele palco, numa final do Campeonato do Mundo? Há muita emoção e alegria, mas eu não estava à espera desse momento e não sei nada sobre isso. Vi-me naquele momento e, quando desci, contei aos meus colegas de equipa".
Quando questionada por Marta Durántez sobre "como se sentiu com a situação", a jogadora respondeu: "Naquele momento, fiquei em choque com a celebração. Foi um acontecimento histórico que nos custou a vida para o conseguir. Em nenhum momento poderia esperar que aquilo acontecesse. Abracei-o por causa da adrenalina, era uma pessoa em quem confiava e ninguém esperaria aquilo, por mais espontâneo que fosse.
Não tive tempo para reagir. Foram segundos e desci imediatamente para o palco com os meus companheiros. A primeira coisa que disse à Alexia e à Irene foi "ei, o Rubiales deu-me um beijo na boca". A Alexia disse "o que é que estás a dizer" e eu disse "sim, sim. Com muita força".
Jenni Hermoso deixa recado após polémica com Luis Rubiales: "Acabou"
Jogadora da seleção espanhola foi homenageada no México, após toda a polémica nos festejos da conquista do Mundial de futebol feminino.
Algumas horas depois de ter sido revelado o seu testemunho ao Ministério Público, Jenni Hermoso marcou presença, na noite desta terça-feira, na cerimónia 'Soccer Hall of Fame', no México, onde foi homenageada entre nomes como os de Francesco Totti, Xavi Hernández ou Carlos Ancelotti, tendo acabado por abordar - ainda que não diretamente - a polémica com Luis Rubiales nos festejos da conquista do Mundial feminino.
"Na noite de 20 de agosto de 2023, quando levantei a Taça com as minhas companheiras, pude sentir as mãos do meu pai quando ele me levava para os treinos, o sorriso da minha mãe a ver-me jogar e, claro, a alegria de toda a minha família que tinha partilhado o sonho de uma menina que queria ser campeã mundial. Ganhámos o título, demos a volta ao mundo e tornámo-nos numa das melhores equipas da história, mas no fundo conquistamos algo muito mais humano", começou por dizer em declarações citadas no jornal La Razón.
“Muitas coisas aconteceram desde então, talvez tenhamos sacrificado algumas alegrias e comemorações. Sofremos muito num momento histórico para nós, mas tenho certeza que temos uma enorme responsabilidade para com as novas gerações", vincou de seguida, recordando a polémica do beijo não consentido dado por Luis Rubiales, na altura na condição de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
"Digiro-me a todas aquelas pessoas que não têm um altifalante para se fazerem ouvir. Quero dizer-lhes que esta luta é de todos, vencemos dentro e fora de campo para garantir um desporto e uma sociedade inclusiva que nos proteja a todos. E quero dizer a todos que acabou. Sou Jenni Hermoso, sou jogadora de futebol e sou aquela menina que conseguiu ser campeã mundial, muito obrigado", completou, abandonando o palco.
Recorde-se que, após toda a polémica no passado mês de agosto, Luis Rubiales recusou-se a abandonar o cargo de presidente do organismo que tutela o futebol espanhol, acabando por ser suspenso pela FIFA, tendo depois cedido à pressão sentida em Espanha e no Mundo, ao ponto de deixar o cargo.
FIFA afasta Luis Rubiales do futebol durante três anos
Medida foi conhecida esta segunda-feira.
O Comité Disciplinar da FIFA comunicou, esta segunda-feira, o afastamento de Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), de "todas as atividades relacionadas com o futebol a nível nacional e internacional".
A decisão surge na sequência dos incidentes ocorridos nos festejos do Mundial de futebol feminino, no passado dia 20 de agosto, quando o dirigente espanhol beijou a atleta Jenni Hermoso de forma não consentida, acabando por ser alvo de muitas críticas.
"Rubiales foi notificado hoje dos termos da decisão do Comitê Disciplinar da FIFA. De acordo com as disposições pertinentes do Código Disciplinar da FIFA, ele tem dez dias para solicitar uma decisão fundamentada, que, se solicitada, será posteriormente publicada em legal.fifa.com. A decisão permanece sujeita a um possível recurso perante o Comitê de Apelações da FIFA. A FIFA reitera o seu compromisso absoluto em respeitar e proteger a integridade de todas as pessoas e em garantir que as regras básicas de conduta decente sejam respeitadas", pode ler-se no comunicado.
FIFA revela 'tentação' de impor sanções mais severas a Rubiales
A Comissão Disciplinar da FIFA explicou hoje, em relatório, as razões da suspensão de Luis Rubiales por três anos e revelou que esteve tentada a impor sanções mais severas ao ex-presidente da Federação espanhola de futebol (RFEF).
Adecisão da comissão foi tomada no final de outubro, a culminar o processo disciplinar aberto contra Rubiales no dia 24 de agosto, na sequência dos acontecimentos ocorridos após a final do Mundial feminino da Austrália e da Nova Zelândia, na qual a Espanha se sagrou campeã ao vencer a Inglaterra.
O ex-presidente da RFEF tocou nos seus órgãos genitais na tribuna do estádio no final do jogo e, mais tarde, durante a cerimônia de entrega da medalha beijou a jogadora Jennifer Hermoso na boca.
Inicialmente, Rubiales foi suspenso provisoriamente por um período de 90 dias e, em 30 de outubro, recebeu a notificação da decisão da Comissão Disciplinar de sancioná-lo por três anos de todas as atividades relacionadas com o futebol nacional e internacional.
A Comissão revela que "foi tentada a impor sanções mais severas face à gravidade dos incidentes em causa, bem como ao profundo impacto negativo que causaram".
Numa referência ao beijo não consensual com Jennifer Hermoso após a final do Mundial, a FIFA ressalta que "o acusado não pediu desculpas à jogadora, nem pública nem privadamente" e que "persistiu na sua negação (publicamente e no âmbito deste procedimento), sustentando (contra a declaração inequívoca do jogador) que o beijo foi consensual".
No entendimento da comissão Rubiales "insultou publicamente todos aqueles que viram este incidente de forma diferente", ao afirmar que foi "um beijo entre dois amigos comemorando algo", e chamou-lhes "idiotas e estúpidos".
Sublinha ainda que "o arguido utilizou a sua posição de presidente da RFEF de forma agressiva e totalmente inadequada para publicar - em nome da RFEF - declarações com citações da jogadora que não foram escritas ou autorizadas por ela, e emitiu, através de um comunicado oficial, uma declaração (que foi posteriormente excluída) a ameaçar a jogadora (entre outros) com uma ação legal".
Além disso, a Comissão salienta que Rubiales utilizou a assembleia geral da RFEF "como um fórum para se defender e distorcer a realidade do beijo a seu favor" e que "não poderia ignorar o impacto da actuação dos arguidos na saúde mental e na carreira da jogadora", tendo esta última sublinhado que ainda se sente "verdadeiramente humilhada por tudo o que aconteceu e pela exposição mediática e escrutínio público a que ela e sua família foram submetidas".
A Comissão lembra que Hermoso "tem estado em contato com os psicólogos do Clube Pachuca, bem como com um psicólogo de sua confiança".
Em conclusão, a FIFA diz estar firmemente convencida de que o arguido, pelo seu comportamento, trouxe descrédito ao desporto futebol e/ou à FIFA a nível mundial, e como tal as sanções que lhe foram impostas refletem todas as circunstâncias agravantes acima mencionadas".
"Igualdade não é a voz de uma mulher valer mais que a de um homem"
Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), voltou a dar que falar a propósito do polémico caso do beijo não consentido a Jenni Hermoso, na final do Mundial de futebol feminino.
Praticamente quatro meses após o polémico caso do beijo não consentido a Jenni Hermoso, nos festejos do Mundial feminino conquistado pela seleção espanhola, Luis Rubiales - que deixou o cargo de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e ainda foi afastado do futebol por parte da FIFA por um período de três anos - voltou a dar que falar ao tocar num dos temas que mais sensibilizou o desporto.
“Lembro-me bem de como tudo foi [com Jenni Hermoso]. No meu caso, durante dois ou três meses, falou-se muito de mim e pouco de outras coisas importantes. A Amnistia é uma separação de poderes. Todos os espanhóis a lamentam, muitos eleitores de esquerda não a compreendem. Não havia necessidade de o fazer a nível social. Não me oponho ao que os juízes dizem, mas também estão a tentar elaborar uma Lei de Amnistia com aqueles que foram condenados. É tudo um disparate”, frisou numa entrevista com Alvise Pérez, cujas declarações foram citadas no jornal Mundo Deportivo.
“A demagogia está a ganhar o dia. Por exemplo, aponto desde logo a questão da igualdade. Temos de trabalhar para que mais mulheres tenham acesso aos cargos? Sim, mas não havia nenhuma mulher vice-presidente da RFEF até à minha chegada. Temos de trabalhar para que aqueles que maltratam sejam condenados? Sim, mas também para que as falsas denúncias não voltem a acontecer. A igualdade não significa que a voz de uma mulher valha mais do que a de um homem. Nem o contrário, claro", acrescentou de seguida.
"A Jenni disse que eu lhe coloquei pressão depois do beijo. Ela sabe que está a mentir e está rodeada de gente que a apoia porque estão dentro de uma esfera de medo", completou, já depois de se ter contrariado ao assumir a culpa e ao 'empurrá-la' para a estrela do futebol feminino.
FIFA confirma suspensão de três anos imposta a Luis Rubiales
A FIFA confirmou hoje a suspensão por três anos imposta a Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), pelo beijo dado à jogadora Jenni Hermoso na final do Campeonato do Mundo de 2023.
Em comunicado, a FIFA explica que decidiu "rejeitar o recurso" apresentado por Rubiales, mantendo a suspensão por três anos de toda as atividades relacionadas com futebol, imposta ao ex-presidente da RFEF em 30 de outubro passado.
O organismo indica que a decisão pode ser objeto de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), garantindo, no entanto, a sua determinação em "proteger a integridade de todos e garantir o cumprimento das regras de conduta básicas".
A final do Mundial feminino de futebol, disputada em 20 de agosto, ficou marcada pelo beijo na boca que o então presidente da RFEF deu à jogadora Jenni Hermoso, durante as celebrações da vitória espanhola (1-0 frente à Inglaterra) no estádio de Sydney, e que a avançada tem reiterado não ter sido consentido.
O comportamento de Rubiales, que entretanto de demitiu da presidência da RFEF, valeu-lhe a abertura de processos disciplinares pelo Tribunal Administrativo do Desporto de Espanha e por parte da FIFA, e uma queixa na justiça, apresentada pela jogadora.
Rubiales demitiu-se, entretanto, da presidência da RFEF, e foi suspenso pela FIFA, decisão da qual anunciou que iria recorrer, prometendo ir "até à última instância para que se faça justiça e se reponha a verdade".
Na quinta-feira, o juiz da Audiência Nacional anunciou que Luís Rubiales vai a julgamento, considerando que o beijo "não foi consentido", decisão que ainda é passível de recurso.
Caso Hermoso: MP pede dois anos e meio de prisão para Rubiales
Em causa o beijo não consentido a Jenni Hermoso.
O Ministério Público espanhol solicitou, esta terça-feira, um apena de dois anos e meio de prisão para Luis Rubiales, antigo presidente Real Federação Espanhola de Futebol, alegando um crime de abuso sexual e coação por conta do caso do beijo não consentido a Jenni Hermoso, após a final do Mundial Feminino.
"Espero que fiques sozinha". Revelada mensagem de intimidação a Hermoso
Jogadora da seleção espanhol foi pressionada por várias figuras da RFEF.
Depois de ser conhecido o pedido do Ministério Público espanhol, de uma pena de dois anos e meio de prisão para Rubiales, antigo presidente Real Federação Espanhola de Futebol, alegando um crime de abuso sexual e coação por conta do caso do beijo não consentido a Jenni Hermoso, surgiram, esta quinta-feira, novos detalhes que constam na acusação do MP. A jogadora espanhola foi pressionada por várias figuras da RFEF, tal como consta no documento a que o AS teve acesso.
Hermoso sofreu "uma situação de assédio que a impediu de viver em paz, de forma tranquila e livre", sendo que Rubiales depressa foi "pedir à jogadora para participar numa declaração pública para aceitar o beijo recebido", algo que a internacional espanhola recusou.
A pressão sob Hermoso prosseguiu para o autocarro e para o voo de regresso a Espanha, depois da final do Mundial Feminino, em Sydney, na Austrália.
O clima de coação manteve-se em Ibiza, onde a seleção espanhola esteve durante alguns dias para festejar a conquista do Mundial, e nesta fase foi Albert Luque, ex-diretor da seleção masculina, a entrar em ação, tentando tirar proveio da boa relação pessoal que matinha com Jenni Hermoso.
Luque deslocou-se, inclusive, ao hotel em Ibiza para tentar convencer Hermoso a participar num vídeo que Luis Rubiales mais tarde viria a partilhar nas redes sociais, mas a "jogadora negou". O antigo dirigente insistiu através de mensagens no WhatsApp, mas acabou por falar com uma amiga da jogadora, para "expressar a sua raiva" acusando-a de ser "má pessoa" desejando-lhe que ficasse "sozinha" e que "ficaria feliz se isso acontecesse".
Recorde-se que o Ministério Público também pede um ano e meio de prisão para Albert Luque, pelo crime de coação, tal como para Jorge Vilda, ex-selecionador, Rúben Rivera, ex-diretor de marketing da RFEF.
Luis Rubiales libertado. Recusou testemunhar perante a Guardia Civil
Antigo presidente da RFEF foi detido no seu regresso a Espanha, na manhã desta quarta-feira.
Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), foi libertado, esta quarta-feira, após se ter recusado a testemunhar perante a Guardia Civil. O antigo presidente da RFEF vai agora aguardar até ser notificado por um juiz para depor, avança o El Mundo.
Rubiales tinha sido detido na manhã desta quarta-feira quando chegou ao aeroporto de Barajas, oriundo de Punta Cana. Foi interpelado pela Guardia Civil e pela Unidade Central de Operações ainda dentro do avião.
Recorde-se que em causa está uma investigação por supostas irregularidades em contratos, administração desleal, branqueamento de capitais e pertença a uma organização criminosa.
A Guardia Civil espanhola acredita que Rubiales desviou pelo menos 3,8 milhões de euros para a construtora Gruconsa e para uma outra empresa, entre 2020 e 2022. O dinheiro terá sido depois transferido para uma empresa dirigida por um amigo e sócio de Luis Rubiales.
"Rubiales disse-me que era duro ver passar milhões e não ficar com nada"
Tio e antigo chefe de gabinete aponta o dedo ao sobrinho.
Juan Rubiales, tio e antigo chefe do gabinete de Luis Rubiales, acusou, esta quinta-feira, o sobrinho de ser "mentiroso, racista e machista" ao abordar as recentes acusações de corrupção enquanto presidente da Real Federação Espanhola de Futebol.
"Tem uma ambição tremenda. É um senhor comido pelo desejo do dinheiro, do poder...", começou por dizer Juan Rubiales, à Telecinco, com quem Luis Rubiales não mantém qualquer tipo de relação.
"Avisei-o que havia coisas que não gostavam. Ele disse-me que era muito duro ver os milhões a passarem lhe pelas mãos e não ficar com nada... Foi quando comecei a ver que um Rubiales que eu não conhecia. Um homem muito ambicioso, obcecado pelo dinheiro, pelo luxo, pelo sexo... Foi aí que nos afastámos e quando percebeu que eu não iria ser seu cúmplice", explicou Juan Rubiales, que garante não ter ficado surpreendido com as suspeitas em torno do sobrinho.
Refira-se que Luis Rubiales, suspeito de corrupção, foi detido, na manhã de quarta-feira, pela polícia no aeroporto de Madrid, quando regressou a Espanha proveniente da República Dominicana, tendo sido mais tarde libertado.
Recurso rejeitado. Rubiales vai a julgamento por beijo não consentido
Antigo presidente da RFEF será presente a juiz.
A Sala de lo Penal da Audiencia Nacional rejeitou os recursos apresentados por Luis Rubiales e o ex-presidente da Real Federación Española de Fútbol vai ser julgado pelo polémico beijo não consentido a Jenni Hermoso, após a final do Mundial Feminino, a 20 de agosto de 2023, revela a imprensa espanhola esta segunda-feira.
De recordar que o Ministério Público espanhol solicitou uma pena de dois anos e meio de prisão para Luis Rubiales, alegando um crime de abuso sexual e coação por conta do caso do beijo não consentido a Jenni Hermoso.
O MP também terá feito um pedido especial no âmbito desportivo, defendendo que se aplique uma medida que impeça Rubilaes de comunicar com Jenni Hermoso e de se aproximar da jogadora espanhola num raio de 200 metros durante quatro anos.