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A energia liberada pelos movimentos humanos pode transformar-se em eletricidade e alimentar sistemas de iluminação e ventilação
O conceito, cunhado em inglês, é sugestivo: energy harvest, ou colheita de energia. A técnica consiste em transformar a energia cinética dos movimentos das pessoas em eletricidade, por meio de pequenos geradores instalados sob placas no piso. Estes podem ser mecânicos ou baseados em piezoeletricidade – fenômeno no qual cristais liberam energia quando comprimidos.
Desenvolvida em parceria entre a ONG Enviu e o escritório holandês de arquitetura Döll, a pista da boate do Sustainable Dance Club, em Roterdã, é um exemplo de aplicação. No piso, placas de 65 x 65 cm se movimentam verticalmente sob os passos de dança e geram entre 5 e 10 w, dependendo do vigor do movimento. “A energia alimenta as luzes e o som do local, que ganham potência de acordo com as ações do público, estimulando a geração de mais energia”, explica Vera Verkooijen, uma das gerentes do clube. Ainda em escala experimental, sistemas semelhantes são usados nas bilheterias de uma estação de trem no Japão e em uma academia de ginástica em Hong Kong, abastecendo o sistema de ventilação.
DE ONDE VEIO
Geradores piezoelétricos são normalmente utilizados para substituir materias em eletrônicos de baixo
consumo e difícil acesso, como equipamentos médicos instalados dentro do corpo humano.
PARA ONDE VAI
O mesmo princípio deve se popularizar em espaços de muita circulação, como shoppings e aeroportos. A aposta para o uso doméstico da tecnologia é inserir geradores em sapatos e roupas para carregar eletrônicos portáteis.
Planeta Sustentável