- Entrou
- Ago 29, 2007
- Mensagens
- 5,124
- Gostos Recebidos
- 0
Morreu o escritor Alçada Baptista
O escritor e jornalista António Alçada Baptista morreu hoje, aos 81 anos.
O escritor António Alçada Baptista morreu hoje cerca das 15:00, aos 81 anos, disse à Agência Lusa fonte editorial.
Licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, António Alçada Baptista distinguiu-se como escritor e editor, tendo sido dos fundadores da revista O Tempo e o Modo e director da Moraes Editora entre 1957 e 1972. Dirigiu o jornal O Dia (1975) após a Revolução de Abril e foi presidente do Instituto Português do Livro.
Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo em 1995.
O corpo vai ser velado na Igreja das Mercês, em Lisboa, sendo segunda-feira levado para o Cemitério dos Prazeres.
Ensaísta e ficcionista, António Alçada Baptista, hoje falecido em Lisboa, aos 81 anos, admitiu ter na sua escrita uma sensibilidade feminina e ser dos poucos escritores que não tinha vergonha dos afectos.
«A minha obra escrita vende-se muito por uma razão simples, porque eu sou talvez o primeiro escritor que não teve vergonha dos afectos», disse um dia o escritor sobre a sua obra - ao todo 14 títulos - que percorreu o ensaio, crónica, novela e o romance.
Nascido na Covilhã em 1927, frequentou o colégio de jesuítas, onde foi profundamente influenciado pelo Cristianismo e por pensadores como Emmanuel Mounier e Teillard de Chardin, vindo a formar-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e exerceu advocacia entre 1950 e 1957.
«A Pesca à Linha - Algumas Memórias«, obra assumidamente de memórias e recordações, revelou o profundo sentido afectivo que caracteriza a escrita de Alçada Baptista, enquanto em »Um Olhar à Nossa Volta« deixou o testemunho de uma vivência colectiva registada na década de 70 e 80 marcada por inquietações político-sociais.
Mas foi com »Peregrinação Interior - Reflexões sobre Deus» (1971) e »Peregrinação Interior II - O Anjo da Esperança« (1982) que obteve a unanimidade da crítica e do público.
Da sua obra constam ainda «Documentos Políticos» (crónicas e ensaios, 1970), «O Tempo das Palavras» (1973), «Conversas com Marcello Caetano» (1973), «Os Nós e os Laços» (romance, 1985), «Catarina ou o Sabor da Maçã» (novela, 1988), «Tia Suzana, meu Amor» (romance, 1989) e «O Riso de Deus» (romance, 1994).
Em 1961 e 1969 foi candidato pela Oposição Democrática nas eleições para a Assembleia Nacional e, de 1971 a 1974, foi assessor para a Cultura do então ministro da Educação Nacional, Veiga Simão.
Funcionário da Secretaria de Estado da Cultura desde 1978, presidiu aos trabalhos da criação do Instituto Português do Livro, a que presidiu até 1986.
Recebeu das mãos do Presidente da República Ramalho Eanes a Ordem Militar de Cristo, em 1983, e a Grã-Cruz da Ordem do Infante entregue pelo Presidente Mário Soares, em 1995, de quem foi colaborador.
Escreveu inúmeras crónicas na rádio, na televisão e em diversos jornais e revistas.
Sócio da Academia Brasileira de Letras, da Academia das Ciências de Lisboa, e da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, foi também presidente da Comissão de Avaliação do Mérito Cultural e administrador da Fundação Oriente.
lusa
O escritor e jornalista António Alçada Baptista morreu hoje, aos 81 anos.
O escritor António Alçada Baptista morreu hoje cerca das 15:00, aos 81 anos, disse à Agência Lusa fonte editorial.
Licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, António Alçada Baptista distinguiu-se como escritor e editor, tendo sido dos fundadores da revista O Tempo e o Modo e director da Moraes Editora entre 1957 e 1972. Dirigiu o jornal O Dia (1975) após a Revolução de Abril e foi presidente do Instituto Português do Livro.
Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo em 1995.
O corpo vai ser velado na Igreja das Mercês, em Lisboa, sendo segunda-feira levado para o Cemitério dos Prazeres.
Ensaísta e ficcionista, António Alçada Baptista, hoje falecido em Lisboa, aos 81 anos, admitiu ter na sua escrita uma sensibilidade feminina e ser dos poucos escritores que não tinha vergonha dos afectos.
«A minha obra escrita vende-se muito por uma razão simples, porque eu sou talvez o primeiro escritor que não teve vergonha dos afectos», disse um dia o escritor sobre a sua obra - ao todo 14 títulos - que percorreu o ensaio, crónica, novela e o romance.
Nascido na Covilhã em 1927, frequentou o colégio de jesuítas, onde foi profundamente influenciado pelo Cristianismo e por pensadores como Emmanuel Mounier e Teillard de Chardin, vindo a formar-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e exerceu advocacia entre 1950 e 1957.
«A Pesca à Linha - Algumas Memórias«, obra assumidamente de memórias e recordações, revelou o profundo sentido afectivo que caracteriza a escrita de Alçada Baptista, enquanto em »Um Olhar à Nossa Volta« deixou o testemunho de uma vivência colectiva registada na década de 70 e 80 marcada por inquietações político-sociais.
Mas foi com »Peregrinação Interior - Reflexões sobre Deus» (1971) e »Peregrinação Interior II - O Anjo da Esperança« (1982) que obteve a unanimidade da crítica e do público.
Da sua obra constam ainda «Documentos Políticos» (crónicas e ensaios, 1970), «O Tempo das Palavras» (1973), «Conversas com Marcello Caetano» (1973), «Os Nós e os Laços» (romance, 1985), «Catarina ou o Sabor da Maçã» (novela, 1988), «Tia Suzana, meu Amor» (romance, 1989) e «O Riso de Deus» (romance, 1994).
Em 1961 e 1969 foi candidato pela Oposição Democrática nas eleições para a Assembleia Nacional e, de 1971 a 1974, foi assessor para a Cultura do então ministro da Educação Nacional, Veiga Simão.
Funcionário da Secretaria de Estado da Cultura desde 1978, presidiu aos trabalhos da criação do Instituto Português do Livro, a que presidiu até 1986.
Recebeu das mãos do Presidente da República Ramalho Eanes a Ordem Militar de Cristo, em 1983, e a Grã-Cruz da Ordem do Infante entregue pelo Presidente Mário Soares, em 1995, de quem foi colaborador.
Escreveu inúmeras crónicas na rádio, na televisão e em diversos jornais e revistas.
Sócio da Academia Brasileira de Letras, da Academia das Ciências de Lisboa, e da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, foi também presidente da Comissão de Avaliação do Mérito Cultural e administrador da Fundação Oriente.
lusa