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Morreu compositor argentino Mauricio Kagel

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Morreu compositor argentino Mauricio Kagel

O compositor argentino Mauricio Kagel morreu hoje em Colónia aos 76 anos, informou a CF Musikverlag, que publica as suas partituras.

«O melhor músico europeu é um argentino, Mauricio Kagel», disse um dia o compositor de vanguarda norte-americano John Cage.

Kagel, nascido em Buenos Aires em 1931, formou-se autodidacticamente e com professores particulares, pelo facto de não ter sido aprovado no exame de admissão ao Conservatório. Ao mesmo tempo, frequentava os cursos de Filosofia e História de Literatura.

Antes de sair da Argentina, contribuiu para criar a cinemateca nacional, escreveu artigos sobre cinema e fotografia e compôs peças musicais para diversas películas.

Em 1957, durante uma digressão pela América do Sul, o músico francês Pierre Boulez sugeriu-lhe, depois examinar as suas partituras, que partisse para a Europa. Kagel aceitou o conselho e partiu, com uma bolsa para artistas do Serviço Alemão de Intercâmbio Académico, DAAD.

Kagel instalou-se em Colónia, que na altura era a Meca da música de vanguarda na Europa, e rapidamente se converteu numa das principais referências do movimento.

Em 1969, passou a dirigir o Instituto de Nova Música na Rheinische Musikschule de Colónia e sucedeu a Karlheinz Stockhausen à frente dos Kölner Kurse für Neue Musik.

Um dos aspectos mais característicos em Kagel é a original combinação de instrumentos que as suas composições exigem.

Uma das suas obras mais conhecidas, estreada em 2003, é «Torre de Babel», um trabalho coral para 18 vozes e 18 diferentes idiomas.

É também muito comentada a sua «Paixão segundo São Bach». Johann Sebastian Bach é o autor das duas mais célebres Paixões da história da música: Segundo São Mateus e segundo São João.

O compositor recebeu ao longo da sua carreira vários importantes prémios na Europa, entre os quais Prémio Erasmus (1998), o Prémio Ernst von Siemens da Música (2000) e o Grande Prémio Renano da Arte (2002).

Em 2007 recebeu um doutoramente honoris causa pela Universidade alemão de Siegen.





Diário Digital / Lusa
 
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