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Ministro quer abrir universidades a mais estudantes

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Set 24, 2006
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O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, disse hoje, quarta-feira, em Braga, que o Governo dá prioridade ao desenvolvimento do ensino superior, nomeadamente abrindo-o a mais estudantes e alargando a sua base social de origem.

"Queremos reforçar a qualificação dos portugueses, a internacionalização, a qualidade do ensino ministrado no sector, a ligação entre a capacidade científica das universidades e a dos centros de investigação", afirmou, em conferência de imprensa, na Universidade do Minho (UMinho).

O governante, cujas relações com a anterior Reitoria da Universidade foram marcadas por alguma tensão por causa do financiamento estatal e da relação com o Instituto Ibérico de Nanotecnologias, disse que vai haver diálogo com a instituição minhota e com todas as outras, "através da fórmula de um contrato de confiança".

O responsável governamental deslocou-se à Universidade do Minho, em Braga, e ao AvePark-Parque de Ciência e Tecnologia, em Guimarães, onde visitou o Instituto de Medicina Regenerativa de Tecidos.

O ministro esteve acompanhado pelo novo reitor da UMinho, António Cunha, e pelo presidente do Conselho Geral da instituição, Braga da Cruz.

Considerou que Portugal está na média dos países desenvolvidos em termos de estudantes que frequentam o ensino superior - 36 por cento dos jovens com 20 anos -, mas lembrou que há um "défice acumulado", já que apenas 10 por cento dos portugueses tem um curso superior.

"Há agora que reforçar as qualificações, a formação avançada, as pós-graduações e a relação com a actividade social e económica", frisou, lembrando que anualmente já se fazem 1500 doutoramentos no país.

José Mariano Gago sustentou que o país precisa que os milhares de pessoas e famílias que nunca frequentaram ou mesmo já o abandonaram, se dirijam ao ensino superior, que se deve alargar à generalidade das pessoas e não apenas aos jovens.

Questionado sobre um alegado afastamento entre o Instituto Ibérico de Nanotecnologias (INL) - que tem sede em Braga - e a Universidade, Mariano Gago rejeitou a tese anunciando que vai ser assinado um protocolo de cooperação entre as duas instituições.

"A proximidade entre a UMinho e o INL justifica um acordo específico", salientou, frisando que deverá, entre outros aspectos, conter as normas de abertura dos laboratórios a investigadores e docentes universitários.

Frisou que o mesmo "acordo específico" poderá vir a ser rubricado com a Universidade espanhola de Santiago de Compostela, revelando que um outro, de carácter geral, será subscrito por todas as universidades ibéricas, no quadro de um convite já feito pela direcção do INL.

Mariano Gago desmentiu que haja atrasos na construção e instalação do INL - inaugurado em Julho pelos chefes de Estado e do Governo dos dois países -, frisando que se está na fase de instalação de equipamentos pesados e de recrutamento de cientistas a nível mundial.

Fonte: Jornal de Notícias
 
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