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Melhor balneário romano ibérico achado no Arrabalde

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Câmara candidatou a património nacional as descobertas arqueológicas


A Câmara de Chaves candidatou a património nacional as descobertas arqueológicas do Arrabalde.

Em causa estão vestígios do mais bem conservado balneário termal da Península Ibérica. O local vai ser um museu.

Já se encontra no Instituto de Gestão do Património Arqueológico e Arquitectónico (IGESPAR) o pedido de classificação do balneário termal romano descoberto nas escavações feitas na praça do Arrabalde, no centro de Chaves, aquando da construção de um parque de estacionamento subterrâneo (entretanto transferido, já em forma de silo-auto, para uma zona próxima). A autarquia pretende que o local, onde irá ser construído um museu, seja classificado como Monumento Nacional, à semelhança da Ponte Romana.

As prospecções arqueológicas feitas no local terminaram há já alguns meses e não deixam margem para dúvidas. "Estamos perante o mais bem conservado balneário termal da Península Ibérica, que nos dá informações de como funcionavam os balneários terapêuticos na época", garante o arqueólogo municipal Sérgio Carneiro.

Um dos vestígios mais visíveis do balneário é a piscina central, que, de acordo com o arqueólogo, foi construída mesmo em cima da nascente termal. Em redor da piscina central, nota-se a existência do que terão sido salas para outros tratamentos. Descoberta foi também a conduta que levaria a água para os tanques do balneário.

O trabalho de prospecção já permitiu igualmente concluir que o balneário foi alvo de uma derrocada, o que terá acontecido no século IV. Segundo Sérgio Carneiro, dentro da piscina, foram encontradas a cúpula e a parede do edifício e ainda o esqueleto de duas pessoas que terão sido vítimas do derrube. "Neste momento, está a ser analisado e inventariado todo o material", explicou ainda o mesmo responsável.

Definido está já que o local será transformado num museu. O projecto está já a ser elaborado num gabinete de arquitectura de Vila Nova de Gaia. Segundo o presidente da Câmara, João Batista, o museu terá uma cave visitável, mas a praça ficará na mesma pedonal. "Ao andar em cima da praça, as pessoas poderão ver os vestígios, graças ao recurso de materiais que o permitiam. É aquilo a que se poderá chamar a democratização da visão", explica Batista.

Na sequência da descoberta, e tendo em conta a o elevado número vestígios romanos na cidade, a autarquia está a preparar a realização de um congresso sobre o assunto que terá lugar no próximo ano. De resto, será também com base nos vestígios da era romana e em todo o património classificado que a autarquia está a preparar um dossiê para uma futura candidatura da cidade a património do mundo.



JN
 
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