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Literatura: Manuel Alegre é autor em análise na revista "Latitudes-Cahiers lusophones"
Lisboa, 17 Set (Lusa) - Uma entrevista, poemas, textos sobre a sua obra poética e a sua militância política preenchem um dossier sobre Manuel Alegre publicado no último número da revista bilingue "Latitudes - cahiers Lusophones", que sai três vezes por ano em França.
O dossier, intitulado "A obra poética de Manuel Alegre: do exílio à liberdade", estende-se por 51 das 120 páginas desta edição da revista, bilingue (com textos em português e em francês).
Do livro "As doze naus", Prémio Dom Dinis, a "Latitudes" publica, a abrir, seis poemas, escolhidos pelo autor.
Sobre este livro, num artigo, incluído na revista, a que deu o título de "Doze Naus, a curva insondável de Manuel Alegre", o professor da universidade de Coimbra Abílio Hernandez Cardoso escreve tratar-se de "um dos mais belos" que o autor já assinou.
É, argumenta, "um livro que em cada página nos interpela, nos inquieta e nos comove de um modo que só a palavra poética, justa e precisa, consegue produzir".
A par deste artigo de Hernandez Cardoso, completam o dossier uma entrevista conduzida por Daniel Lacerda e textos de Carlos Ascenso André, Catherine Dumas, Ana Paula Coutinho Mendes, Daniel Lacerda, Maria Graciete Besse, Vladimir Romano e João Carlos V. Pereira sobre o compromisso político e a condição de exilado de Manuel Alegre, tantas vezes reflectidos na sua poesia e na sua fic��ão.
"A literatura pode o que sempre pôde: incomodar-se e incomodar, colocar sem medo as grandes perguntas sobre o destino do homem, não se conformar.E continuar a ser, como queria Rimbaud, 'liberdade livre'", afirma o poeta a dado passo da entrevista.
Fora da sequência do dossier, a revista inclui ainda uma análise crítica de Dominique Stoenesco ao livro de poemas de Alegre sobre a guerra colonial, "Nambuangongo, meu amor", recentemente reeditado.
As restantes páginas da "Latitudes" são consagradas à obra do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, a Fernando Pessoa, com uma entrevista a um dos mais profundos conhecedores estrangeiros da poética pessoana, Robert Bréchon, a Maria Gabriela Llansol, ao poeta angolano Viriato da Cruz e ao seu "destino trágico", a questões artísticas e literárias e a livros recentemente publicados.
RMM.
Lusa/fim
Lisboa, 17 Set (Lusa) - Uma entrevista, poemas, textos sobre a sua obra poética e a sua militância política preenchem um dossier sobre Manuel Alegre publicado no último número da revista bilingue "Latitudes - cahiers Lusophones", que sai três vezes por ano em França.
O dossier, intitulado "A obra poética de Manuel Alegre: do exílio à liberdade", estende-se por 51 das 120 páginas desta edição da revista, bilingue (com textos em português e em francês).
Do livro "As doze naus", Prémio Dom Dinis, a "Latitudes" publica, a abrir, seis poemas, escolhidos pelo autor.
Sobre este livro, num artigo, incluído na revista, a que deu o título de "Doze Naus, a curva insondável de Manuel Alegre", o professor da universidade de Coimbra Abílio Hernandez Cardoso escreve tratar-se de "um dos mais belos" que o autor já assinou.
É, argumenta, "um livro que em cada página nos interpela, nos inquieta e nos comove de um modo que só a palavra poética, justa e precisa, consegue produzir".
A par deste artigo de Hernandez Cardoso, completam o dossier uma entrevista conduzida por Daniel Lacerda e textos de Carlos Ascenso André, Catherine Dumas, Ana Paula Coutinho Mendes, Daniel Lacerda, Maria Graciete Besse, Vladimir Romano e João Carlos V. Pereira sobre o compromisso político e a condição de exilado de Manuel Alegre, tantas vezes reflectidos na sua poesia e na sua fic��ão.
"A literatura pode o que sempre pôde: incomodar-se e incomodar, colocar sem medo as grandes perguntas sobre o destino do homem, não se conformar.E continuar a ser, como queria Rimbaud, 'liberdade livre'", afirma o poeta a dado passo da entrevista.
Fora da sequência do dossier, a revista inclui ainda uma análise crítica de Dominique Stoenesco ao livro de poemas de Alegre sobre a guerra colonial, "Nambuangongo, meu amor", recentemente reeditado.
As restantes páginas da "Latitudes" são consagradas à obra do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, a Fernando Pessoa, com uma entrevista a um dos mais profundos conhecedores estrangeiros da poética pessoana, Robert Bréchon, a Maria Gabriela Llansol, ao poeta angolano Viriato da Cruz e ao seu "destino trágico", a questões artísticas e literárias e a livros recentemente publicados.
RMM.
Lusa/fim