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Mortalidade materna diminui a um ritmo baixo
Um relatório da UNICEF salienta que mais de meio milhão de mulheres morrem, todos os anos, na sequência de complicações durante a gravidez ou no momento do parto. O mesmo organismo da ONU estima que dez milhões sofrem lesões, infecções, doenças ou deficiências.
Intitulado de «Progress for Children: A Report Card on Maternal Mortality», a análise do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) adianta que mais de 99% do total de mortes relacionadas com a maternidade ocorrem nos países em desenvolvimento e 84% nos países da África subsariana e do Sul da Ásia.
Quase dois terços da mortalidade materna concentram-se em apenas dez países, sendo que a Índia é líder, com 22% do global, o que representa 177 mil mortes.
Conforme noticia a agência Lusa, nos países em desenvolvimento, uma em cada 76 mulheres morre devido a complicações na gravidez, enquanto que, nos países industrializados, ocorre uma morte por cada oito mil mulheres.
A causa mais comum de falecimento é a hemorragia, principalmente no Continente Africano, que soma 34%, seguindo-se a Ásia, com 31%. Outras complicações que originam a morte entre mulheres grávidas são infecções, como a sepsia e a anemia.
Além destes problemas, também se verificam estados nutricionais precários e casos de infecção de VIH/sida, aos quais se juntam factores sociais, como a pobreza, a desigualdade de género e práticas culturais tradicionais.
O relatório da UNICEF diz que a mortalidade materna desce a um ritmo de apenas 0,4% ao ano, muito longe dos 5,5% que seriam necessários para cumprir as metas estabelecidas no Objectivo de Desenvolvimento do Milénio de reduzir em 75% os números da mortalidade materna até 2015.
Nesse sentido, a UNICEF adverte que a maior parte das mortes maternas pode ser evitada, sendo necessária uma melhoria dos cuidados de saúde, em particular durante a gravidez, o parto e no período pós-parto.
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