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Mães, quais aspectos mudam conforme a idade avança?

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GF Bronze
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Existe idade ideal para ter filho? Veja a opinião de especialistas e mulheres que foram mães em diferentes fases da vida sobre os aspectos físico e emocional que mudam conforme a idade avança.

Ter um filho implica em fazer escolhas, concessões e, no início da vida do bebê, se resume em viver quase que totalmente para ele. Ou seja, é preciso de energia e disposição extra.

Algumas mulheres planejam esse momento na faixa dos 20 anos, pois acreditam que terão mais “pique” para acompanhar o filho. Outras adiam para depois dos 40, quando tiverem concretizado seus sonhos profissionais e financeiros. A maioria, no entanto, acha que a faixa dos 30 anos é a ideal para ser mãe. Segundo Roger Abdelmassih, especialista em reprodução humana, a melhor idade biológica para a mulher ter um filho é antes dos 30. A partir dos 35, a quantidade dos óvulos diminui e a qualidade deles também, reduzindo as chances de uma gestação natural.

O fato é que está aumentando o número de mulheres que escolhe esta época da vida para trocar fraldas. Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de mães com mais de 35 anos cresceu no País. Na região Sudeste, em 1997, foram 105.079 mulheres e, em 2004, este número passou para 126.334. Emocionalmente falando, a maternidade é encarada de maneiras distintas dependendo da idade segundo a psicanalista Rosemary Araújo. Ela ressalta que apesar de muitas condições infl uenciarem, há pontos em comum entre as mulheres da mesma faixa etária. Veja a seguir quais são essas características:

MÃE AOS 20

São mulheres jovens, com a vida toda por descobrir e também em fase de escolhas, como curso universitário, opção por carreira e uma série de outras decisões fundamentais a serem tomadas, inclusive no âmbito amoroso. A idéia de ter um filho pode causar um certo medo, no entanto, ela tende a ser otimista e acreditar que tudo vai dar certo. Afinal, nesta idade costuma-se ter uma visão mais romântica da situação. Ao dar à luz, é normal não se sentir segura para administrar tantas novidades, pois existem diversos receios quanto aos cuidados, como trocar, dar banho, etc. e, mesmo assim, não costuma solicitar a ajuda do companheiro (que na maioria das vezes também é jovem e inexperiente). Prefere a presença de pessoas mais velhas como a mãe ou a avó para auxiliá-la. Costuma divertir-se com o bebê e, por ter muita energia, está sempre disposta a brincar. Já na hora em que a criança dá um certo trabalho, quando chora ou acorda durante a noite, ela se mostra menos paciente.

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Apesar de jovem, Giselle diz que conseguiu lidar bem com sua nova condição de mãe e que amadureceu muito com a chegada do filho Kaíque

Uma maneira de amadurecer

A jornalista Giselle Pedroso de 24 anos engravidou aos 21. Se achava nova e não tinha qualquer pretensão de ser mãe naquela época. Cursando o primeiro ano da faculdade, sabia que um filho naquele momento poderia adiar seus objetivos. Por isso, no dia em que viu o resultado positivo do exame ficou apavorada. Chegou a pensar que não seria capaz de levar a gravidez adiante. Mas no dia seguinte, seu medo mudou de foco. Com um princípio de aborto, Giselle foi levada ao hospital. Começaria então sua luta pela vida do filho. “Naquela hora pedi muito a Deus que protegesse meu bebê. Foi quando tive certeza de que desejava meu filho”, comenta. Mesmo grávida ela se esforçava para não faltar à faculdade. Apesar de ouvir de alguns professores que iria abandonar os estudos, deu à luz ao Kaíque e concluiu o curso, mas admite que não foi nada fácil. “Quando meu fi lho nasceu me questionei se saberia cuidar dele. Tinha medo até de segurá-lo no colo. Não queria a ajuda do meu marido porque achava que ele também não saberia o que fazer. Então, pedi ajuda à minha mãe e à minha sogra, que me inspiravam confi ança. E peço socorro até hoje”, diz Giselle. Depois de um início conturbado com sentimentos como insegurança e ansiedade, tudo foi entrando nos eixos. Apesar de não saber preparar as papinhas, trocar fraldas ou dar os remédios, sempre esteve junto de quem podia ajudá-la, mas querendo aprender e participar de todas a etapas. Com o fi lho completando dois anos e sete meses, Giselle já retornou ao mercado de trabalho. Ela fala sobre o ganho que teve com a experiência: “o Kaíque pode não ter sido planejado, mas foi muito esperado. Sabia que apesar de não ser a hora ideal para ser mãe, ele serviria para mudar minha vida. E mudou. Amadureci, mesmo que na marra e conheci o amor pleno e incondicional.”

Entre uma pílula e outra

A coordenadora de produção de TV, Ana Neibi, de 33 anos estava decidida a não ter filhos. Mas quando casou começou a repensar o assunto. O motivo era o desejo que o marido tinha de ser pai. “Quando ele vinha com a história de termos um fi lho, eu dizia que ainda não era a hora. Pensava nas contas que tínhamos de saldar, no apartamento que ainda não estava pago, nas viagens que poderíamos fazer. Colocava outras coisas como prioridade”, relembra Ana. Mas, aos 31 anos, mesmo tomando regularmente o anticoncepcional ela engravidou. Num primeiro momento, veio o susto e em seguida sua reação foi chorar, chorar... a ponto do marido perguntar se ela não estava feliz. Feliz ela estava mas, na mesma proporção, sentia o desespero de não saber como seria dali para frente. O período da gravidez serviu para amadurecer a idéia, para se convencer de que seria uma boa mãe e que faria as coisas certas. Chegou a se sentir confi ante, com a certeza de que “tiraria de letra”. Mas quando o filho Gabriel nasceu veio a insegurança. Sentiu medo e muitas dúvidas de como deveria agir. “Lembro que nos primeiros três dias, fi quei quase sem dormir. Eu cochilava, logo acordava assustada e só queria fi car olhando pra ele”. Reconhece que no começo foi complicado,mas aos poucos foi deixando o instinto materno falar. Hoje, com um ano e seis meses, Gabriel recebe tanto os cuidados da mamãe, quanto do papai (além de uma babá de plantão), já que o emprego de Ana consome praticamente o dia inteiro. “Sinto falta de estar mais perto de meu fi lho e só Deus sabe de onde tiro fôlego para brincar um pouco com ele quando chego em casa”, comenta. Ana já até pensa em dar um irmãozinho a Gabriel. “Mesmo precisando de vitaminas para resistir à rotina estafante, é fato que tenho adorado a experiência em ser mãe”, finaliza.

MÃE AOS 30

Nessa idade é comum que a mulher esteja a todo o vapor, almejando e lutando por seus objetivos. Idade em que vive intensamente suas relações amorosas, familiares e no trabalho. Por isso, esta fase costuma ser estressante. A vinda de um filho representa mais uma responsabilidade. Ela se esforça para dar conta da tarefa de ser mãe sem ter que deixar de lado a profissão e outros afazeres. Com esse ritmo intenso, ela quase sempre está sem energia, tempo ou isposição para brincar. Também se mostra menos paciente nos cuidados com o bebê. Geralmente, é exigente com o marido e estabelece uma divisão das tarefas, além da presença dele. Ela precisa se sentir mulher, além de mãe. Por isso, é comum pedir ao pai que fique com o filho por algumas horas para que ela possa realizar tarefas simples, como ir ao cabeleireiro, encontrar as amigas ou mesmo tomar um banho mais demorado.
Em geral, esta é uma fase de plena maturidade emocional e ambições já conquistadas. Isso porque a mulher vivenciou inúmeras experiências e alcançou boa parte de seus objetivos pessoais e profi ssionais. Então, encara a maternidade como um projeto de vida, uma realização. Para ela deixar de lado as outras áreas da vida não será nenhum sacrifício. Decide engravidar, luta por isso e normalmente se doa por inteiro ao bebê. Algumas chegam a ser super protetoras. Nessa fase, a mulher tende a ser bem paciente e se sentir segura desde os primeiros dias com o recém-nascido. Aliás, cuidar do bebê é algo que, na cabeça dela, ninguém mais pode fazer a não ser ela. Por isso, não costuma solicitar a ajuda de ninguém, nem mesmo do companheiro. Ela se condiciona a ter energia. Senta no chão, brinca e dificilmente reclama do cansaço. Afinal, ela já sabe da sua condição como pessoa e agora descobre, de forma prazerosa, suas habilidades como mãe.

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Apesar de uma gravidez inesperada, Ana teve maturidade para cuidar do pequeno Gabriel e já pensa em ter o segundo filho.

MÃE AOS 40

Em geral, esta é uma fase de plena maturidade emocional e ambições já conquistadas. Isso porque a mulher vivenciou inúmeras experiências e alcançou boa parte de seus objetivos pessoais e profissionais. Então, encara a maternidade como um projeto de vida, uma realização. Para ela deixar de lado as outras áreas da vida não será nenhum sacrifício. Decide engravidar, luta por isso e normalmente se doa por inteiro ao bebê. Algumas chegam a ser super protetoras. Nessa fase, a mulher tende a ser bem paciente e se sentir segura desde os primeiros dias com o recém-nascido. Aliás, cuidar do bebê é algo que, na cabeça dela, ninguém mais pode fazer a não ser ela. Por isso, não costuma solicitar a ajuda de ninguém, nem mesmo do companheiro. Ela se condiciona a ter energia. Senta no chão, brinca e dificilmente reclama do cansaço. Afinal, ela já sabe da sua condição como pessoa e agora descobre, de forma prazerosa, suas habilidades como mãe.

Uma questão de intimidade

Depois de se dedicar à carreira, a especialista em visual merchandising, Célia Barros, de 42 anos, decidiu que era hora de ser mãe. Ela conta que foi deixando o tempo passar, colocando as obrigações, a profi ssão e os relacionamentos em primeiro lugar e quando percebeu estava com 38 anos. Então, por que esperar mais? Pensou. Já se sentia realizada e madura o suficiente para saber bem o que queria. “Além da vontade, senti meu lado biológico falar alto”,comenta. Decidiu então engravidar, mas não foi tão fácil como pensava. Submeteu-se a um tratamento que durou quase dois anos e depois engravidou. Apesar das surpresas, respirou fundo e levou a gestação até o final de forma tranqüila. Quando a pequena Helena nasceu, Célia estava com 40 anos e nenhuma experiência no assunto, porém segura para cuidar de sua bebezinha. “Desde os primeiros dias cuidei da Helena sozinha. Não queria a ajuda de ninguém”, comenta.
Esse era um fato delicado para o marido, já que ela deixava claro que ele nem precisava se aproximar quando estivesse cuidando da menina. “Minha sorte é que ele é compreensivo e sempre entendeu que eu precisava daquele espaço para me sentir mãe. Ter nossa filha era uma realização minha e cuidar dela, era uma questão de intimidade”, explica. Ela não se arrepende de ter esperado tanto para ter um filho. Pelo contrário, acredita que não poderia ter sido numa época melhor. Hoje Helena está com dois anos e Célia consegue conciliar seu trabalho com a função de mãe. Sempre disposta, costuma brincar e encher de mimos a filha tão planejada. “Pensei que quando me tornasse mãe já saberia tudo da vida e teria muito a ensinar. Mas descobri que sou eu que tenho muito a aprender com minha filha”.

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Célia acredita que a filha Helena não poderia ter nascido em melhor hora e ainda garante que, apesar da idade, tem muita coisa a aprender.

Fonte: Meu nenê.
 
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