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Mães adolescentes

Luana

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Mães adolescentes

O apoio familiar é imprescindível para a mãe e para o bebé.

A gravidez que ocorre na fase da adolescência acarreta muitas consequências para a vida futura dos pais adolescentes, do bebé e dos familiares. Contudo, a mãe adolescente será a mais afectada. Ela é assolada por diversos medos e, como consequência, poderá apresentar problemas emocionais e comportamentais, desde o momento que sabe que está grávida. Como tal, é necessário haver um forte apoio por parte do companheiro, dos pais e também dos amigos e professores. Se a jovem mãe se sentir sozinha nesta viagem, a gravidez poderá tornar-se numa experiência traumática.

A gravidez na fase da adolescência produz inevitavelmente um forte impacto psicológico e social

Factores de risco

A adolescência é demarcada por um conjunto de mudanças físicas, psicológicas, emocionais e sociais e, considerada como um período de crise devido à dificuldade de adaptação a essas mudanças. Uma gravidez que ocorra na fase da adolescência implica um esforço acrescido de adaptação às referidas mudanças. Muitos jovens adolescentes ao iniciarem a sua vida sexual, o que se tem vindo a verificar cada vez mais cedo, não sabem os riscos que correm nem tão pouco conhecem os riscos associados a uma gravidez precoce. A grande maioria das adolescentes que engravidam apresentam fracas condições financeiras, provêm de famílias com estatuto social mais baixo, por norma a educação sexual é ausente ou inadequada, não falam com os seus pais sobre esta temática, não são acompanhadas por um ginecologista, não sabem como aceder a métodos contraceptivos e iniciam a sua vida sexual precocemente. Contudo, actualmente, estão disponíveis diversos meios de informação acessíveis a todos. Apesar da maioria destas adolescentes provirem de uma família com estatuto social baixo ou de fracos recursos, têm-se vindo a verificar casos de gravidezes de adolescentes inseridas num seio familiar com estatuto social médio - alto, o que se deve, não à falta de informação, mas sim à irresponsabilidade, rebeldia e até mesmo falta de apoio parental.
A gravidez na adolescência é um grave problema social que apenas será resolvido quando os adolescentes forem esclarecidos e entenderem a importância da prevenção e do sexo seguro. É função dos pais e dos professores transmitirem todas as informações necessárias relativas à sexualidade e esclarecer todas as dúvidas.

A gravidez na adolescência é um grave problema social que apenas será resolvido quando os adolescentes forem esclarecidos e entenderem a importância da prevenção e do sexo seguro.

Reacção dos pais face à gravidez

Algumas destas jovens são descriminadas pelos seus pais que não aceitam a sua gravidez e se sentem envergonhados e, infelizmente, ainda há casos em que os pais expulsama sua filha de casa por considerarem que ela teve um comportamento impróprio. Noutros casos é a própria adolescente que opta por sair de casa para não sofrer represálias e punições ou, por outro lado, opta pelo aborto sem falar com ninguém. Todavia, há pais que compreendem a condição da sua filha e, mesmo sendo uma situação difícil de aceitar e encarar, oferecem todo o apoio necessário, tanto a nível emocional como a nível financeiro. Se a família encarar este facto comcompreensão e harmonia, a adolescente grávida irá sentir-se segura e apoiada, como necessita e, a gravidez decorrerá sem grandes transtornos.

Consequências de uma gravidez precoce

A gravidez na fase da adolescência produz inevitavelmente um forte impacto psicológico e social. As principais consequências de uma gravidez precoce são de ordem psicossocial, visto que os adolescentes não estão preparados para assumir a responsabilidade da paternidade. Com a gravidez precoce, torna-se mais difícil gerir as mudanças e complicações psicossociais, sobretudo por parte da rapariga, que pode passar pela decepção dos pais, abandono do lar, separação do companheiro, descriminação social e interrupção ou abandono dos estudos e alterações nas rotinas das relações sociais. A nível psicológico, poderá ocorrer uma maior incidência de baixa auto-estima, stress e depressão.

A partir de agora, a jovem adolescente vê-se obrigada a crescer. Vai ter que deixar de ser menina para se tornar numa mulher à força, perdendo todas as experiências e aventuras inerentes e necessárias a essa faixa etária

Perspectivas de futuro

Uma adolescente ao perceber ou receber a notícia de que está grávida é assolada por diversos pensamentos. Primeiramente pensa como aconteceu e o que falhou ou o que correu mal. Depois pensa no que irão pensar ou outros, sobretudo os seus pais e o seu companheiro. Será que eles vão aceitar? Será que o meu namorado vai querer ficar comigo? Seremos capazes de ser pais?
Associados a estes pensamentos, as jovens são confrontadas com um turbilhão de emoções. Medo, raiva, culpa e frustração são as reacções mais comuns. A partir de agora, a jovem adolescente vê-se obrigada a crescer.
Vai ter que deixar de ser menina para se tornar numa mulher à força, perdendo todas as experiências e aventuras inerentes e necessárias a essa faixa etária. Rapidamente passa das brincadeiras do faz de conta para se deparar com a dura realidade que é criar um filho.
A responsabilidade de gerar um filho diminui as perspectivas de futuro da adolescente, sobretudo se não houver apoio por parte da família. Para além da responsabilidade de criar e educar o filho, terá a seu encargo as tarefas domésticas. Como consequência, é obrigada a abandonar a escola, o que a irá afastar como desejaria. Felizmente existem famílias harmoniosas que encaram a gravidez de uma forma mais natural, apoiando incondicionalmente a adolescente. Nestes casos, a jovem não tem necessidade de abandonar a escola. Ela poderá prosseguir os seus estudos e, depois do bebé nascer, conta com o apoio da família para cuidar dele.
Como já referido, o insucesso escolar, a baixa expectativa face ao futuro escolar e profissional, o abandono escolar e a entrada precoce no mundo do trabalho são factores que, regra geral, estão associados a uma gravidez indesejada na adolescência. Desta forma, a gravidez precoce transforma-se num problema da sociedade que deve ajudar estas adolescentes, quer na prevenção da gravidez, quer na criação e educação do bebé.

Muitos jovens adolescentes ao iniciarem a sua vida sexual, o que se tem vindo a verificar cada vez mais cedo, não sabem os riscos que correm nem tão pouco conhecem os riscos associados a uma gravidez precoce.
 
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