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Livro é ajuste de contas com a estupidez

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Maria Amélia Campos apresenta «Ana, a lúcida» em Vila Nova de Gaia

Livro é ajuste de contas com a estupidez

«Ana, a lúcida» é um 'ajuste de contas', de Maria Amélia Campos com a época em que não era dada à mulher a opção de pensar.

Isabel Pinto




'Mulher de uma vontade determinada, uma amante com «A» maiúsculo', Assim é Ana Plácido, segundo Maria Amélia Campos, que no próximo dia 24 lança, na Livraria Almedia, no Arrábida Shopping, a biografia «Ana, a lúcida».
O livro faz, pela primeira vez, o retrato a corpo inteiro de Ana Plácido, uma extraordinária figura feminina do século XIX, a mulher fatal de Camilo Castelo Branco.
'Fiz algo de muito importante, um documento que coloca no lugar da frente uma mulher que esteve quase sempre na sombra e em grande destaque as injustiças sociais da época perante as mulheres', diz a autora, a O PRIMEIRO DE JANEIRO.
Maria Amélia Campos demorou quase um ano a terminar esta biografia, que, confessa, 'foi um trabalho muito difícil e exaustivo', mas também 'um desafio',
'O que se sabia de Ana Plácido era que teve um papel muito importante na vida de Camilo, mas, surpreendentemente, verifiquei que não era nada do que consta', sublinha.
Depois de 'analisar as obras de vários estudiosos, ler e reler obras de Camilo', Maria Amélia Campos traçou 'o esqueleto de Ana Plácido', formando 'o corpo com informações recolhidas na obra de Camilo, vários artigos publicados na Imprensa da época, e nos próprios livros de Ana, nomeadamente o seu diário',
Ana Plácido, segundo a autora, 'era uma figura diferente do comum, muito mais interessante, pois enfrentou as regras da sociedade do seu tempo', ao entregar-se ao amor de Camilo.
'Sofreu muito, sobretudo quando esteve na cadeia', mas foi nessa altura que 'fez um percurso interior, um processo de maturação', mostrando 'grande capacidade para dar a volta por cima',
'Quis também revelar-se escritora, ter um salão literário, mas a vida trocou-lhe as voltas, quando o primeiro filho morreu de pneumonia, aos 19 anos', diz Maria Amélia Campos.
Neste brevíssimo resumo do livro, 'pois ainda há muito por contar', a autora termina dizendo que a biografia foi, a nível pessoal, 'um ajuste de contas com a estupidez, por verificar que não era dada às mulheres a possibilidade de pensar',
'Ana lutou por isso, mostrando uma mulher muito generosa e amadora no sentido de amar, amando perdidamente Camilo, que deve tê-la tratado mal muitas vezes', conclui.

«Ana, a lúcida». Biografia de Ana Plácido, de Maria Amélia Campos, é lançada no dia 24, na Livraria Almedina, em Gaia

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Fonte: o primeiro de janeiro
 
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