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Literatura:Colóquio em Lisboa recorda Machado de Assis, no centenário da sua morte
Lisboa acolhe este mês um colóquio internacional dedicado ao escritor Machado de Assis, considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira, mas pouco conhecido em Portugal, disse à Lusa Carlos Reis, um dos responsáveis pelo encontro.
A propósito dos cem anos da morte de Machado de Assis, que se cumprem no próximo dia 29, especialistas sobre o autor de "Dom Casmurro" reúnem-se na Fundação Calouste Gulbenkian, mas o colóquio é destinado "a todos quantos queiram conhecer" o escritor.
"Pretendemos reflectir em termos actuais sobre a obra de Machado de Assis, apresentar os recentes estudos machadianos e perceber também a projecção do escritor em Portugal", disse Carlos Reis, professor catedrático.
No colóquio, nos dias 29 e 30, estarão presentes, por exemplo, o crítico e especialista em literatura brasileira Abel Barros Baptista, o poeta e ensaísta Hélder Macedo e o docente inglês John Gledson.
Contemporâneo de Eça de Queirós, Machado de Assis foi um autor inovador que abordava os "grandes temas intemporais, da questão do homem e da morte, do ciúme, da frustração e do poder social", sublinhou Carlos Reis.
Apesar disso, o docente lamenta que a obra do escritor e, em geral, a literatura brasileira "não tenha a projecção devida nos programas escolares em Portugal".
"Foi suplantado por escritores como Jorge Amado e Eurico Veríssimo, cujas obras foram também representadas na televisão, por exemplo", sublinhou Carlos Reis.
O colóquio em Lisboa será uma oportunidade de conhecer melhor um escritor "que não é fácil", mas cuja obra foi escrita "antes do seu tempo".
Haverá debates sobre a presença feminina na obra de Machado de Assis, a relação entre a obra do escritor e a ficção brasileira, bem como a ligação do autor com Portugal.
No dia 30 serão exibidos também um documentário sobre a vida e obra de Machado de Assis, de Maria Maia, e a longa-metragem "Memórias póstumas de Brás Cubas", de André Klotzel, a partir de um romance homónimo do autor brasileiro.
Fernando Cupertino e Consuelo Quireze irão interpretar em piano e voz música brasileira do tempo de Machado de Assis e o actor José Mauro Brant interpretará dois contos e fragmentos de "Dom Casmurro".
Joaquim Machado de Assis morreu com 69 anos, a 29 de Setembro de 1908, no Rio de Janeiro.
É hoje considerado um dos mais importantes nome da literatura brasileira, deixando obra repartida em romances, poesia, contos, teatro e crítica literária.
Da sua obra destacam-se os romances "Ressurreição" (1872), "Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881), "Quincas Borba" (1891) e "Dom Casmurro" (1899). Machado de Assis distinguiu-se também como contista.
lusa
Lisboa acolhe este mês um colóquio internacional dedicado ao escritor Machado de Assis, considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira, mas pouco conhecido em Portugal, disse à Lusa Carlos Reis, um dos responsáveis pelo encontro.
A propósito dos cem anos da morte de Machado de Assis, que se cumprem no próximo dia 29, especialistas sobre o autor de "Dom Casmurro" reúnem-se na Fundação Calouste Gulbenkian, mas o colóquio é destinado "a todos quantos queiram conhecer" o escritor.
"Pretendemos reflectir em termos actuais sobre a obra de Machado de Assis, apresentar os recentes estudos machadianos e perceber também a projecção do escritor em Portugal", disse Carlos Reis, professor catedrático.
No colóquio, nos dias 29 e 30, estarão presentes, por exemplo, o crítico e especialista em literatura brasileira Abel Barros Baptista, o poeta e ensaísta Hélder Macedo e o docente inglês John Gledson.
Contemporâneo de Eça de Queirós, Machado de Assis foi um autor inovador que abordava os "grandes temas intemporais, da questão do homem e da morte, do ciúme, da frustração e do poder social", sublinhou Carlos Reis.
Apesar disso, o docente lamenta que a obra do escritor e, em geral, a literatura brasileira "não tenha a projecção devida nos programas escolares em Portugal".
"Foi suplantado por escritores como Jorge Amado e Eurico Veríssimo, cujas obras foram também representadas na televisão, por exemplo", sublinhou Carlos Reis.
O colóquio em Lisboa será uma oportunidade de conhecer melhor um escritor "que não é fácil", mas cuja obra foi escrita "antes do seu tempo".
Haverá debates sobre a presença feminina na obra de Machado de Assis, a relação entre a obra do escritor e a ficção brasileira, bem como a ligação do autor com Portugal.
No dia 30 serão exibidos também um documentário sobre a vida e obra de Machado de Assis, de Maria Maia, e a longa-metragem "Memórias póstumas de Brás Cubas", de André Klotzel, a partir de um romance homónimo do autor brasileiro.
Fernando Cupertino e Consuelo Quireze irão interpretar em piano e voz música brasileira do tempo de Machado de Assis e o actor José Mauro Brant interpretará dois contos e fragmentos de "Dom Casmurro".
Joaquim Machado de Assis morreu com 69 anos, a 29 de Setembro de 1908, no Rio de Janeiro.
É hoje considerado um dos mais importantes nome da literatura brasileira, deixando obra repartida em romances, poesia, contos, teatro e crítica literária.
Da sua obra destacam-se os romances "Ressurreição" (1872), "Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881), "Quincas Borba" (1891) e "Dom Casmurro" (1899). Machado de Assis distinguiu-se também como contista.
lusa