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Lisboa é um inferno para invisuais e cadeiras de rodas
Capital está recheada de perigos e obstáculos à mobilidade dos peões
ROBERTO RIBEIRO
"Construída para os carros e não para os peões, a cidade de Lisboa é um caos para quem se desloca a pé". É essa a convicção das pessoas com mobilidade reduzida que o JN ouviu numa visita aos obstáculos da capital.
Passeios com largura insuficiente e com buracos, carros mal estacionados, sinalização mal colocada, passadeiras irreconhecíveis e que terminam em passeios de altura elevada. Estes são apenas alguns dos obstáculos que quem se aventura a circular a pé pela cidade de Lisboa pode encontrar.
"Todos os dias, quando tenho que me deslocar para a loja, deparo-me com dificuldades. Ou são os carros estacionados mesmo à porta, ou os passeios que estão intransitáveis", lamenta Natalino Dinis, proprietário de um estabelecimento comercial na Rua de São José. "Ainda assim, vou conseguindo passar, mas imagino as dificuldades que sentem as pessoas invisuais ou com problemas de mobilidade", acrescenta.
Natalino Dinis, 67 anos, considera que em Portugal, especialmente em Lisboa, ainda há muito a fazer para melhorar as condições de mobilidade para os peões. "Na Alemanha, por exemplo, existem quilómetros de corredores próprios para os peões. Podemos andar na rua sem nos preocupar-mos com os carros", refere.
Peter Colwell, técnico de acessibilidades da ACAPO, considera que "a situação chega a ser um inferno. As cidades são construídas para os carros e não para os peões. A burocracia no poder político torna difícil encontrar soluções para estes problemas", conclui.
A Câmara Municipal de Lisboa contrapõe, dizendo que " uma das prioridades deste executivo camarário tem sido o priveligiar da qualidade de vida dos peões, através de medidas concretas, nomeadamente o rebaixamento de passeios junto às passadeiras". Fonte da autarquia adiantou, ainda, que "o combate ao estacionamento nos passeios, e em segunda fila, tem sido outra das prioridades do executivo".
JN
Capital está recheada de perigos e obstáculos à mobilidade dos peões
ROBERTO RIBEIRO
"Construída para os carros e não para os peões, a cidade de Lisboa é um caos para quem se desloca a pé". É essa a convicção das pessoas com mobilidade reduzida que o JN ouviu numa visita aos obstáculos da capital.
Passeios com largura insuficiente e com buracos, carros mal estacionados, sinalização mal colocada, passadeiras irreconhecíveis e que terminam em passeios de altura elevada. Estes são apenas alguns dos obstáculos que quem se aventura a circular a pé pela cidade de Lisboa pode encontrar.
"Todos os dias, quando tenho que me deslocar para a loja, deparo-me com dificuldades. Ou são os carros estacionados mesmo à porta, ou os passeios que estão intransitáveis", lamenta Natalino Dinis, proprietário de um estabelecimento comercial na Rua de São José. "Ainda assim, vou conseguindo passar, mas imagino as dificuldades que sentem as pessoas invisuais ou com problemas de mobilidade", acrescenta.
Natalino Dinis, 67 anos, considera que em Portugal, especialmente em Lisboa, ainda há muito a fazer para melhorar as condições de mobilidade para os peões. "Na Alemanha, por exemplo, existem quilómetros de corredores próprios para os peões. Podemos andar na rua sem nos preocupar-mos com os carros", refere.
Peter Colwell, técnico de acessibilidades da ACAPO, considera que "a situação chega a ser um inferno. As cidades são construídas para os carros e não para os peões. A burocracia no poder político torna difícil encontrar soluções para estes problemas", conclui.
A Câmara Municipal de Lisboa contrapõe, dizendo que " uma das prioridades deste executivo camarário tem sido o priveligiar da qualidade de vida dos peões, através de medidas concretas, nomeadamente o rebaixamento de passeios junto às passadeiras". Fonte da autarquia adiantou, ainda, que "o combate ao estacionamento nos passeios, e em segunda fila, tem sido outra das prioridades do executivo".
JN