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É um aparelho que permite o controlo electrónico das contracções. É muito útil, mas deve fazer-se bom uso dele para que as suas vantagens superem os inconvenientes que pode ter.


O CTG (Cadiotocógrafo) regista a regularidade e intensidade das contracções, mas também a forma como o ritmo cardíaco fetal reage a cada contracção. É preciso colocar eléctrodos na barriga da grávida, presos com umas faixas elásticas, e ligados por fios ao aparelho. Os resultados surgem em dois gráficos diferentes: um relativo à intensidade das contracções, o outro relativo ao batimento cardíaco do feto.
Estes dados são importantes para avaliar a forma como o trabalho de parto está a progredir e permitem também avaliar o bem-estar fetal. De resto, o CTG não é usado apenas durante o parto, mas também no final da gravidez, para avaliar o bem-estar do bebé.

Contínuo ou intermitente?

O registo contínuo das contracções através do CTG é a rotina nos hospitais portugueses. Ou seja, assim que a grávida chega é ligada ao CTG e só depois de o bebé nascer é liberta dos eléctrodos. No entanto, a Organização Mundial de Saúde considera que o CTG não deve ser usado de forma contínua em gravidezes de baixo risco. O CTG limita os movimentos da grávida o que pode ter mais desvantagens do que a monitorização contínua, sobretudo quando se trata de gravidezes de baixo risco.

Se não existe risco acrescido no parto para si e para o seu bebé, pode solicitar no seu plano de parto que a monitorização com o CTG não seja contínua, mas apenas esporádica, de forma a avaliar pontualmente a intensidade das contracções e o bem-estar fetal.

«Fazer monitorização fetal com auscultação intermitente» é uma das recomendações da Organização Mundial de Sáude para o Atendimento ao Parto Normal. A monitorização electrónica fetal é considerada no mesmo documento uma conduta frequentemente usada de forma inapropriada.
As melhores provas
No livro «As melhores provas» (Temas e Debates) pode ler-se:
«Não há dúvida de que a utilização de um monitor electrónico fetal para observar continuamente os ritmos cardíacos dos bebés durante o parto aumenta o número de cesarianas sem benefício para os bebés. Isso significa que alguns bebés monitorizados de forma contínua nascem por cesariana sem que seja necessário. Infelizmente, não sabemos quais. As pesquisas estão a tentar definir quais os ritmos cardíacos fetais que indicam asfixia fetal. Até à data, todos os ritmos considerados "preocupantes" continuam a incluir muitos bebés saudáveis.
A recomendação mais correcta destinada a reduzir as cesarianas desnecessárias (...) parece ser a seguinte: não utilizar a monitorização contínua durante o parto em casos de gravidez normal.»
 
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