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Lesa Pátria: PF prende cantora gospel, pastor e mais seis que usaram codinome 'festa da Selma' no 8/1

Roter.Teufel

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Lesa Pátria: PF prende cantora gospel, pastor e mais seis que usaram codinome 'festa da Selma' no 8/1

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Termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta (17), 10 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão na 14ª fase da operação Lesa Pátria, que mira golpistas que incitaram e participaram dos ataques do dia 8 de janeiro. Até o fechamento desta reportagem, oito pessoas já haviam sido presas.

A Operação Lesa Pátria tem o aval do Supremo Tribunal Federal. Os mandados desta quinta foram cumpridos após serem expedidos pela Corte, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

As medidas são cumpridas nos estados de Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal. Segundo a PF, os alvos desta fase "são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de "Festa da Selma", que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões".

"O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído", diz a PF.

No dia 15 de janeiro – uma semana após os atos que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e a sede do STF –, o Fantástico mostrou que os extremistas usavam esse termo, "Festa da Selma", em trocas de mensagens em grupos golpistas.

Os presos

Um dos presos é o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC). Em redes sociais, ele aparece em fotos ao lado de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e com placas pedindo "intervenção federal".

Dias antes dos atos golpistas, o pastor usou as suas redes sociais para promover as viagens a Brasília, dizendo que aquele fim de semana seria uma "data do povo patriota". Em vídeo postado em 6 de janeiro, ele dá instruções sobre como embarcar em ônibus em cidades catarinenses para ir à capital federal.

De Blumenau, no interior de Santa Catarina, o pastor articulou as caravanas pelas redes sociais, mas não compareceu às manifestações em Brasília.

"Entendemos que esse é o momento que o povo precisa se aglutinar em Brasília em busca da sua liberdade, buscando a transparência naquilo que nós não concordamos na eleição de 2022. (...) O Brasil todo está se movimentando para esse ato de sábado, domingo, segunda-feira. Nós estamos conversando em alguns grupos. A estimativa é chegar a 4, 5 milhões em Brasília", disse ele, no vídeo.

Em Goiânia, foi presa a cantora gospel Fernanda Ôliver, que tem mais de 130 mil seguidores no Instagram. Ela fez sucesso nos acampamentos ilegais montados em frente aos quarteis de Brasília ao gravar uma música que ficou conhecida como o "hino das manifestações".

Ela também produziu uma live do ato golpista de 8 de janeiro, com imagens da passeata na Esplanada dos Ministérios e a invasão ao Congresso Nacional. Natural de Araguaçu (TO), ela morava em Goiânia, onde foi cumprido o mandado de prisão. Diferente do pastor, a cantora apagou das suas redes sociais as postagens relacionadas aos atos golpistas.

Na Paraíba, a PF prendeu Rodrigo Lima, que se apresenta nas redes sociais como "gestor público". Ele também publicou mensagens em redes sociais falando da "Festa da Selma", dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro.

No Distrito Federal, a polícia prendeu dois suspeitos: Isac Ferreira, que se apresenta em redes sociais como "gerente" e vende cursos, e Juliana Gonçalves Lopes Barros, de 33 anos. Ela é apontada como uma das organizadoras dos atos e chegou a fazer vídeos convocando pessoas para a "festa da Selma". Outros três presos ainda não tiveram suas identidades reveladas.

Fases anteriores

A 13ª fase foi realizada em 27 de junho. Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão em Itapetininga (SP) contra um possível financiador. Tratava-se de Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio ex-afiliada à Jovem Pan no município paulista.

A 12ª fase foi realizada em 23 de maio. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no Distrito Federal.

A 11ª fase foi realizada em 11 de maio. Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, além do bloqueio de R$ 40 milhões em bens dos envolvidos.

A 10ª fase foi realizada em 18 de abril. Foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão em sete Estados e no DF.

A 9ª fase foi cumprida em 23 de março. Na ocasião, o major da reserva Polícia Militar do Distrito Federal, Cláudio Mendes dos Santos, de 49 anos, foi preso. Ele foi acusado de administrar o dinheiro usado para financiar os atos extremistas. ...

A 8ª fase foi deflagrada em 17 de março com objetivo de prender 32 extremistas do 8 de Janeiro. A ação policial foi realizada em 9 Estados e no Distrito Federal.

A 7ª fase foi realizada em 7 de março. Foram presos três extremistas e os policiais cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e no Paraná.

A 6ª fase cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Sergipe. ...

A 5ª fase, em 7 de fevereiro, levou à prisão de quatro agentes da PM-DF que estariam supostamente envolvidos nos atos extremistas do 8 de Janeiro.

Em 3 de fevereiro, agentes realizaram a 4ª fase da operação em cinco Estados e no Distrito Federal. Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nos Estados de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal.

Em 27 de janeiro, a corporação realizou a 3ª fase da operação no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal. Os agentes cumpriram 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão. ...

A 2ª fase da Lesa Pátria foi realizada em 23 de janeiro com a prisão de Antônio Cláudio Alves Ferreira, que invadiu o Palácio do Planalto e destruiu um relógio do século 17 durante os atos do 8 de Janeiro. Ferreira foi preso em Uberlândia (MG) e encaminhado para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. ...

A operação foi deflagrada em 20 de janeiro. Na 1ª fase, foram cumpridos 8 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. ...

Jornal do Brasil
 
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