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Leilão de Damien Hirst na net bate recordes de vendas

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Leilão de Damien Hirst na net bate recordes de vendas

Damien Hirst, artista britânico que está a gerar polémica por leiloar mais de 200 obras de arte na internet sem passar pelos habituais intermediários do mercado internacional de arte, ganhou 88 milhões de euros num dia.

Considerada ousada e polémica por quebrar as regras do mercado de arte, a decisão do artista britânico de dispensar os seus habituais galeristas, como a Gagosian Gallery, vendendo as peças num leilão online da Sotheby´s, poderá fazê-lo lucrar mais de 126 milhões quando hoje terminar o leilão.

Num mercado onde os negociantes de arte e galerias cobram habitualmente cerca de cinquenta por cento do preço da obra, o artista britânico, um dos mais cotados internacionalmente, vendeu num dia 56 dos 223 lotes de obras num leilão da Sotheby´s iniciado segunda-feira.

«The Golden Calf» (um touro imerso em formol com cornos em ouro de 18 quilates), por exemplo, foi vendido por 13 milhões de euros, e «The Kingdom» (um tubarão tigre também em formol), por 11 milhões de euros.

A Sotheby´s fez um balanço do primeiro dia de leilão, anunciando que as vendas de obras de Hirst já ultrapassaram o recorde detido por Pablo Picasso, que somou 14 milhões de euros numa venda única de 88 obras.

Considerado o «enfant terrible» do meio artístico britânico, Hirst tem vindo a bater recordes sucessivos com as suas peças.

Foi o caso da célebre obra «For the Love of God», que consiste numa caveira humana coberta por platina e cravejada por 8.600 diamantes, considerada só por si a obra de arte mais cara de sempre, vendida no ano passado por cerca de 70 milhões de euros.

Enquanto que alguns especialistas consideram esta venda inédita de Damien Hirst - apontado como o maior artista britânico da sua geração - uma experiência que irá fazer história e provocar mudanças no mercado de arte, os mais cépticos avisam que o irreverente criador está a provocar uma saturação do mercado com as suas centenas de obras feitas em série por assistentes.

Damien Hirst afirmou, entretanto, sobre o leilão, que esta «é uma forma muito democrática de vender peças e uma evolução natural na arte contemporânea».

«Apesar do risco, abracei este desafio. Não quero deixar de trabalhar com as minhas galerias. Isto é diferente. O mundo está a mudar, e neste momento quero ver onde me conduz este caminho», sustentou, numa declaração inscrita no sítio online da Sotheby´s.

Nascido em 1965 em Bristol, cresceu em Leeds e formou-se em Belas Artes no Goldsmiths College, em Londres, onde se tornou uma figura dominante entre os artistas britânicos da sua geração.Participou até agora em numerosas exposições, algumas delas no Contemporary Art Center, em Nova Iorque, na Tate Britain, em Londres, o Museet fur Moderne Kunst, em Oslo, o Museum of Fine Arts, em Boston, e vive actualmente entre Londres e o México.

Conquistou em 1995 o Prémio Turner, o mais importante no Reino Unido no domínio das artes.




dd/lusa
 
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