B@eta
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Jovem de 18 anos inventa cadeira para ajudar pai tetraplégico a ficar em pé
Pai do estudante sofreu um acidente em 2006 e lesionou a medula Divulgação
Estudante de Engenharia Biomédica desenvolveu projeto quando ainda estava na escola
Quando tinha apenas 16 anos, Walef Robert Ivo Carvalho desenvolveu sua primeira invenção, enquanto ainda cursava ETE (Escola Técnica de Eletrônica), em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas. O projeto tem um significado especial: para ajudar o pai, que ficou tetraplégico há quase dez anos, o jovem elaborou a COD (Cadeira Ortostática Dinâmica), quer proporciona ao deficiente físico a chance de ficar em pé.
Era véspera de Natal de 2006 quando o pai de Walef, Leandro, sofreu um acidente ao bater a cabeça no fundo da piscina. Ele sofreu uma lesão na medula entre as vértebras c5 e c6. O diagnóstico era desanimador: os médicos disseram que ele tinha somente 3% de chances de recuperar os movimentos. A força de vontade de Leandro, no entanto, superou qualquer expectativa da Ciência.
—Ele transformou 3% em 97% e hoje consegue andar no andador, recuperou os movimentos dos braços, é independente, dirige, leva uma vida normal. Ele sempre falou: vontade de querer andar é bom, mas primeiro é preciso ficar em pé.
Foi inspirado no exemplo do pai que Walef teve a ideia de projetar a cadeira para o trabalho de final de ano no segundo ano da escola, com o apoio de uma equipe de colegas e de uma professora que abraçou a causa do estudante. Antes de colocar a mão na massa, no entanto, foi necessário se aprofundar em cada detalhe sobre as consequências da tetraplegia para o organismo.
—Constatei que meu pai tinha essa necessidade de ficar em pé e pensei: tenho que solucionar um problema que está do meu lado, era difícil, mas não impossível. Começamos a estudar, conversar com deficientes para ver se a ideia era viável ou não, quais materiais deveriam ser utilizados, o que iria interferir no corpo humano, porque a lesão medular afeta tudo na pessoa.
A montagem começou em maio de 2012 e, desde então, o protótipo foi aperfeiçoado. Walefe concluiu o curso na ETE, ingressou no Inatel (Instituto Nacional de Telcomunicações), mas nunca deixou a COD de lado. Desde 2013, ele vem participando de feiras, congressos e premiações, em busca de melhorias e parcerias. Agora, o universitário sonha com o dia em que outras pessoas como seu pai terão acesso ao equipamento.
— Sentado, nosso organismo reage de forma diferente do que em pé, ele trabalha melhor em pé, traz uma série de benefícios. Minha vontade é que seja acessível para quem precisa, que atenda essas pessoas, promova esperança na vida dos desacreditados.
Fonte: R7