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Invisuais ensaiaram surf no mar de Ofir
MIGUEL RODRIGUES
Cerca de 70 pessoas portadoras de deficiência visual tiveram, na praia de Ofir, em Esposende, a oportunidade de praticar surf. Vindos de Braga e Viseu, aceitaram o desafio de enfrentar as ondas frias do litoral norte.
Vestindo o fato apropriado à prática de surf, Sidónio Faria, de 59 anos, sorria ignorando o vento que se fazia sentir na praia de Ofir, Esposende. "Há um tempo para tudo, independentemente da idade", dizia enquanto se metalizava para o desafio de surfar. "Vai ser difícil, é a primeira vez que o vou fazer", confessa ao JN.
Cada invisual foi acompanhado por um surfista profissional. Para melhor terem noção das dimensões das pranchas, nestas foi colocada uma saliência de uma extremidade à outra que permitia aos invisuais detectarem através do tacto o ponto mediano das pranchas. Antes de entrarem na água, os exercícios de aquecimento foram obrigatórios, assim como a escuta dos conselhos dos profissionais. Depois, já no mar, foi a sério. As ondas fizeram a vontade aos surfistas amadores e foram dando bons motivos para quedas mais ou menos aparatosas na água. À saída, o cansaço e o sorriso eram comuns.
"É cansativo, mas valeu a pena. Gostava de voltar a experimentar", disse Manuel Augusto, de 47 anos, vindo de Prado.
A iniciativa foi promovida pelo Instituto Superior de Saúde do Alto Ave e da empresa de surf H3o e juntou mais de 70 invisuais da Acapo de Viseu e da Associação de Deficientes Visuais de Braga.
"Foi uma forma de permitirmos a estes cidadãos uma experiência única e que nunca tinha sido efectuada em Portugal", disse Vasco Carvalho do ISAVE.
No fundo, aquilo que se fez foi sustentada naquilo que ficou conhecido no surf como o "Go For it", criado nas décadas de 70 e 80, em que os surfistas enfrentavam as ondas de grandes dimensões, de olhos fechados, sem saber onde iriam parar.
JN
MIGUEL RODRIGUES
Cerca de 70 pessoas portadoras de deficiência visual tiveram, na praia de Ofir, em Esposende, a oportunidade de praticar surf. Vindos de Braga e Viseu, aceitaram o desafio de enfrentar as ondas frias do litoral norte.
Vestindo o fato apropriado à prática de surf, Sidónio Faria, de 59 anos, sorria ignorando o vento que se fazia sentir na praia de Ofir, Esposende. "Há um tempo para tudo, independentemente da idade", dizia enquanto se metalizava para o desafio de surfar. "Vai ser difícil, é a primeira vez que o vou fazer", confessa ao JN.
Cada invisual foi acompanhado por um surfista profissional. Para melhor terem noção das dimensões das pranchas, nestas foi colocada uma saliência de uma extremidade à outra que permitia aos invisuais detectarem através do tacto o ponto mediano das pranchas. Antes de entrarem na água, os exercícios de aquecimento foram obrigatórios, assim como a escuta dos conselhos dos profissionais. Depois, já no mar, foi a sério. As ondas fizeram a vontade aos surfistas amadores e foram dando bons motivos para quedas mais ou menos aparatosas na água. À saída, o cansaço e o sorriso eram comuns.
"É cansativo, mas valeu a pena. Gostava de voltar a experimentar", disse Manuel Augusto, de 47 anos, vindo de Prado.
A iniciativa foi promovida pelo Instituto Superior de Saúde do Alto Ave e da empresa de surf H3o e juntou mais de 70 invisuais da Acapo de Viseu e da Associação de Deficientes Visuais de Braga.
"Foi uma forma de permitirmos a estes cidadãos uma experiência única e que nunca tinha sido efectuada em Portugal", disse Vasco Carvalho do ISAVE.
No fundo, aquilo que se fez foi sustentada naquilo que ficou conhecido no surf como o "Go For it", criado nas décadas de 70 e 80, em que os surfistas enfrentavam as ondas de grandes dimensões, de olhos fechados, sem saber onde iriam parar.
JN