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Infecções fúngicas vaginais

maioritelia

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É durante a gravidez, tal como na segunda metade do ciclo menstrual, que o ambiente vaginal está mais propenso a contrair uma infecção. Nestes períodos, o ambiente vaginal apresenta-se com um teor mais elevado em glicogénio, um açúcar, o que propicia o de


As infecções vaginais podem surgir em qualquer período da vida. Todavia, ter contraído uma infecção vaginal durante a gravidez é sempre mais preocupante de que em qualquer outro momento. Para conhecermos melhor quais as causas, os sintomas e os melhores tratamentos deste tipo de infecções fomos ouvir um especialista.

O Dr. Fernando Cirurgião, director do Serviço de Obstetrícia do Hospital São Francisco de Xavier, respondeu-nos às questões mais pertinentes e habitualmente colocadas pelas nossas leitoras. Assim, passamos a transcrever as suas explicações e aconselhamentos.


Segundo sabemos, a maior parte das mulheres considera uma infecção vaginal como um autêntico tabu e dificilmente vai a uma consulta até que a situação se torne dolorosa. Quais as consequências que esta decisão tardia pode trazer para a mulher?
Efectivamente a vergonha e o pudor em falar de infecções fúngicas vaginais continuam a ser uma realidade para muitas mulheres. O atraso no diagnóstico e consequentemente no tratamento desta infecção, motivado pelos factores que referi atrás, trazem muitas vezes complicações como o facto da sintomatologia poder degenerar em problemas permanentes. Estamos a falar de comichão, corrimento mais espesso, de cor branca amarelada e grumoso, ardor e vermelhidão que para além de provocarem incómodo têm implicações na qualidade de vida da mulher, na relação com o parceiro, etc. É importante, por isso, que quem sofre deste tipo de infecções ponha os tabus de lado e procure de imediato orientação médica.


Quando uma mulher começa a sentir algum prurido vaginal isso será sempre um sintoma de infecção?
As principais causas do prurido vulvar têm a ver com infecções, lesões da pele, contacto com substâncias irritativas, atrofia vaginal e, raramente, cancro. Sendo as infecções muito frequentes, há que analisar se há ou não um corrimento vaginal, muitas vezes causado por Cândida (fungos), Thricomonas, ou outros agentes menos frequentes. Esse corrimento vai transportar para o exterior da vagina os agentes infecciosos levando à irritação e inflamação local com o prurido como principal manifestação. Nas mulheres diabéticas ou obesas, por exemplo, pode também haver uma micose local sem que haja corrimento vaginal. Nestes casos é frequente a observação de zonas avermelhadas e com contornos bem definidos mas irregulares, que se podem estender até às virilhas. Por outro lado, algumas das doenças sexualmente transmissíveis como o herpes, HPV e pediculose, são também frequentes causadores de prurido. Também podem aparecer determinadas lesões da pele, muitas vezes com carácter crónico, em que existe uma inflamação mais ou menos intensa, como é o caso da dermatite seborreica, eczemas e líquen plano. Nas mulheres mais velhas, sobretudo após a menopausa, dá-se uma diminuição das secreções normais da vagina e existe uma atrofia dos tecidos e camada subcutânea (debaixo da pele) que podem levar à menor capacidade de resistência da vagina e vulva às agressões. Daí resultam muitas vezes prurido, ardor e dor nas relações.


O uso de roupas demasiado apertadas ou sintéticas pode provocar infecções?
Sim, sem dúvida. A utilização de roupa interior sintética e de calças apertadas estão precisamente entre os principais factores potenciadores de infecção mas não só. Para além destes aspectos acrescem ainda a utilização de agentes químicos para higiene corporal (sabonetes ou gel de banho fortes com pH igual ou superior a 7, podem alterar o equilíbrio natural da vagina), o uso de medicamentos, tais como Antibióticos, Corticosteróides, etc, anticoncepcionais como os preservativos e espermicidas, a Diabetes, as defesas diminuídas causadas por doença, o estado de fadiga excessiva e a alimentação deficiente (dietas ricas em hidratos de carbono). A Pós-menopausa e a gravidez podem também contribuir para desencadear este problema.


Qual o tipo de infecções mais comuns durante a gravidez?
As infecções do tracto urinário (ITUs) são as infecções bacterianas mais comuns durante a gravidez. Estas infecções são provocadas por bactérias do recto que entram para a uretra e fazem todo o caminho até à bexiga, onde continuam a multiplicar-se, causando por vezes uma infecção na bexiga designada por cistite. É provável que níveis mais elevados de progesterona sejam parcialmente responsáveis, já que a hormona relaxa o tracto urinário e a bexiga, mantendo urina no seu sistema e dando às bactérias mais tempo para se desenvolverem. Os sintomas de uma ITU incluem dor, desconforto ou ardor ao urinar e desconforto pélvico ou dores no baixo abdómen. A urina pode ter um aspecto turvo e libertar um odor desagradável, e é possível que sinta vontade de ir frequentemente à casa de banho. Outro tipo de infecção comum na gravidez consiste na vaginose bacteriana (VB). Trata-se de uma infecção do tracto genital, causada por um desenvolvimento excessivo de bactérias que existem normalmente em pequenas quantidades na vagina. A VB pode produzir sintomas, ou não. No caso de manifestar sintomas, poderá notar um corrimento fino e esbranquiçado ou acinzentado, com um odor desagradável ou semelhante a peixe. É possível que sinta também irritação ou prurido na zona da vagina e da vulva, embora pelo menos metade das mulheres com VB não apresente quaisquer sintomas. As infecções por leveduras são também bastante frequentes nas gestantes. Estas infecções são provocadas por fungos microscópicos da família Cândida. Este organismo está presente na vagina de quase um terço de todas as mulheres e só se revela problemático quando se desenvolve tão rapidamente que domina outros microorganismos concorrentes. Devido ao aumento dos níveis de estrogénio na gravidez, a vagina produz mais glicogénio, facilitando ainda mais o desenvolvimento de leveduras.


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