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Incêndios: AFLOPS quer apoios UE para recuperar serra d`Ossa

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Set 24, 2006
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Incêndios: AFLOPS quer apoios UE para recuperar serra d`Ossa

A Associação de Produtores Florestais (AFLOPS) defendeu hoje a canalização de apoios da União Europeia para a recuperação e reconversão dos quase 5.400 hectares de área ardida na serra d´ossa (Évora), devastada por incêndios florestais em 2006.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da AFLOPS, Nuno Santos Fernandes, lamentou, contudo, a inexistência de medidas objectivas, ao nível dos fundos comunitários, para a recuperação e reconversão florestal.

«O fundamental seria existirem fundos da União Europeia, através do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), para debelar este problema, que precisa de apoio público. Sozinhos não conseguimos concretizar esta obra», afirmou.

A AFLOPS pretende concretizar um Plano Integrado de Recuperação da Serra d´Ossa, de forma a ordenar o território para tornar «a floresta mais segura e evitar que outros incêndios da dimensão do que ocorreu em 2006 voltem a acontecer».

«A reflorestação da serra tem de ser feita, de forma a que se acautele o mais possível o risco de grandes incêndios», observou o responsável.

«Vamos reunir os proprietários para se avançar com uma candidatura para o plano integrado de recuperação da serra», salientou.

Na serra d´Ossa, os produtores florestais avançaram em primeiro lugar com um projecto para o controlo da erosão e depois com outro, ainda em curso, para eliminação da madeira ardida.

A fase seguinte, de acordo com a associação de produtores, prende-se com um novo planeamento para prevenir o risco de incêndio na serra, terminando o processo com a criação de uma Zona de Intervenção Florestal.

Nuno Santos Fernandes explicou que, para recuperar a serra, a AFLOPS já desenvolveu um projecto para o controlo da erosão, através de uma candidatura, aprovada pelo Ministério da Agricultura, com apoio dos fundos comunitários.

Contudo, salientou o responsável, uma outra candidatura, para remover o material lenhoso ardido, mas sem valor comercial, «não mereceu aprovação, por falta de dotação financeira».

As acções no terreno, para retirada do material lenhoso ardido, frisou, têm estado a ser efectuadas por conta dos proprietários, mas «seria importante» a aprovação da candidatura para apoiar a operação.

A AFLOPS pretende avançar com uma nova candidatura para contemplar a retirada do material lenhoso ardido, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que integra uma medida para este fim.

De acordo com o responsável, a intenção é obter financiamento para limpar o terreno da madeira queimada sem valor comercial, medida prévia e indispensável à rearborização.

As iniciativas da AFLOPS surgiram na sequência de um processo de participação cívica promovido pela Governadora Civil de Évora, Fernanda Ramos, em torno dos grandes incêndios que ocorreram na serra d´Ossa na segunda semana de Agosto de 2006.

Um dos incêndios de grandes dimensões, em Agosto de 2006, que chegou a ameaçar uma aldeia, destruiu 4.779 hectares de floresta na serra d´Ossa e outro devastou 526 hectares na herdade da Contenda, na mesma zona (Redondo).

Cerca de 2.700 hectares, mais de metade da área ardida, pertence ao Grupo Portucel Soporcel.

As chamas, que lavraram ao longo de vários dias, atingiram áreas florestais integradas nos concelhos de Alandroal, Borba, Estremoz e Redondo, no distrito de Évora.


Diário Digital / Lusa
 
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