Matapitosboss
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O Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (Igespar) publicou hoje, em Diário da República, o seu parecer positivo à reclassificação como monumento nacional de todo o espaço da Fundação de Serralves, no Porto.
«Estamos extremamente satisfeitos com o parecer positivo do Igespar quanto à classificação da Fundação de Serralves como Monumento Nacional, que significa o reconhecimento da relevância e singularidade do seu património, tanto arquitectónico, como de arte dos jardins, sendo ainda de salientar o seu estado de conservação que resulta de um investimento continuado no seu restauro e manutenção», afirmou hoje à Lusa Odete Patrício, directora-geral da Fundação de Serralves.
Esta responsável considerou ainda: «Este foi um processo em que nos empenhámos muito durante os últimos anos e esta decisão é um marco importante na história de Serralves».
O processo vai estar agora durante 30 dias disponível para consulta pública nas páginas electrónicas da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), Igespar e Câmara do Porto, podendo os interessados apresentar qualquer observação junto dos serviços da DRCN, a quem cabe avaliá-las num prazo de 15 dias.
Caso não sejam apresentadas nenhumas objecções, a classificação e a constituição de uma Zona Especial de Protecção deverão ser publicadas após este processo de consulta pública.
«É de sublinhar que não foi apenas a Casa de Serralves, ou o Museu de Serralves, que foram objecto deste parecer positivo, mas sim todo o conjunto edificado da Fundação de Serralves e a sua envolvente, ou seja, o Parque de Serralves», acrescentou Odete Patrício.
Aquilo que hoje é corrente designar por Casa de Serralves e onde se destaca o Museu de Arte Contemporânea desenhado por Álvaro Siza, era originalmente a moradia do segundo Conde de Vizela, Carlos Alberto Amaral.
O desenho do conjunto, de uma casa com capela, um parque de grandes dimensões, zonas de lazer e agrícolas, e edifícios anexos, foi encomendado ao prestigiado arquitecto portuense José Marques da Silva, autor, entre outros, do teatro de S. João e da estação ferroviária de São Bento, na mesma cidade.
O resultado final acabou por ser um dos mais interessantes exemplares de arquitectura Art Deco do país, com os contributos de Jacques Gréber nos jardins e supostamente de Charles Siclis na decoração. As obras ficaram concluídas em 1940.
In' SOL