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Idosos e pessoas com deficiência de Abrantes ganham serviço de teleassistência

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Idosos e pessoas com deficiência de Abrantes ganham serviço de teleassistência
Câmara de Abrantes instalou um serviço de teleassistência para os mais idosos e pessoas com deficiência para garantir uma resposta imediata em situações de urgência bem como o apoio nos momentos de solidão.

O serviço consiste na instalação de um aparelho em casa, que funciona 24 horas por dia, através do qual os utentes podem contactar o "call center" da Cruz Vermelha, parceira da autarquia no âmbito deste projecto e que acciona os meios convenientes em caso de necessidade.

As primeiras 16 pessoas seleccionadas são idosos, doentes e dependentes ou pessoas que vivem sozinhas em locais isolados e em situação de carência social.

Um investimento considerado "insignificante" pela presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, "tendo em conta as condições que o mesmo cria em relação aos idosos" que estão sozinhos ou desamparados, observou.

"É um investimento que se justifica, não só para se sentirem mais acompanhados, mas também tendo em conta que, com um simples toque num botão, é garantida uma resposta imediata em situações de risco ou urgência, como uma queda ou um acidente".

Joaquina Catarino, 83 anos, reside desde sempre numa pequena herdade familiar, num local isolado da freguesia de Alvega, tendo sempre "amanhado a terra" na companhia do marido, hoje com 86 anos e com graves problemas auditivos.

Amparada numa bengala, depois de uma queda na horta que lhe "deu cabo de uma perna", Joaquina não tira do pescoço o pequeno fio com o transmissor, que lhe permitirá pedir auxílio em caso de aflição.

"Dantes não tinha medo de viver aqui no campo, mas agora, com tudo aquilo que vemos e ouvimos, sinto medo. As portas e janelas são de ferro e à noite tenho sempre tudo fechado", contou à Lusa, exibindo o colar com o transmissor da teleassistência.

"Tenho um cão que dá sinal, mas a qualquer barulho mais esquisito ligo logo o botão", afiançou.

Felismina Bernardo, 72 anos, vive em pleno centro histórico de Abrantes, "triste e muito só, na companhia de Jesus, Nossa Senhora e um anjo da guarda".

Quando a solidão aperta, conta, liga o botão que permite estabelecer o contacto com os operadores de serviço e, "em boa companhia" ali fica à conversa. "Sinto-me mais acompanhada. Agora tenho também algo do outro lado do telefone. As senhoras da teleassistência, que são sempre muito simpáticas comigo".

Fonte: O Mirante
 
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