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Hollywood chora a morte de um mestre ‘incorruptível’
Gene Hackman e a mulher foram encontrados mortos, juntamente com um cão, na mansão de Santa Fé, nos EUA.
Rui Pedro Vieira
Apesar de ter chegado aos 95 anos, o ator Gene Hackman conheceu um final trágico no filme da sua longa vida: foi encontrado morto, ao lado da mulher Betsy, 32 anos mais nova, na tarde de quarta-feira, na mansão onde viviam com três cães - um deles também morreu - em Santa Fé, no Novo México (EUA). A polícia afastou, para já, suspeitas de crime, enquanto a investigação avança.
Afastado do cinema há mais de 20 anos, Gene Hackman é um dos nomes mais respeitados e carismáticos de Hollywood. Com uma carreira a ultrapassar os 80 filmes, o californiano impôs-se como rosto respeitável da geração voraz da década de 1970, começando por dar nas vistas ao contracenar com Warren Beatty e Faye Dunaway em ‘Bonnie e Clyde’ (1969). Dois anos depois, consegue um dos seus papéis mais memoráveis, que lhe valeu o Óscar de Melhor Ator: o do incansável detetive da polícia Jimmy Doyle, que tudo faz para travar a máfia de traficantes de droga, no filme de ação ‘Os Incorruptíveis Contra a Droga’, de William Friedkin. Seguiu-se outra presença marcante em ‘O Vigilante’ (1974), de Francis Ford Coppola.
Como vilão, foi Lex Luthor nos dois primeiros filmes de ‘Superman’ (1978 e 1980), e confrontou o amigo Clint Eastwood no western ‘Imperdoável’ (1992), que lhe deu o segundo Óscar, mas como Ator Secundário. Ainda contracenou com o português Joaquim de Almeida no filme de guerra ‘Atrás das Linhas do Inimigo’ (2001). Assim que anunciou a reforma aos 78 anos, deixou de ser visto, mas a fama foi sempre um desconforto: “Preparei-me para ser ator, não uma estrela”, chegou a confessar. Preferia que os filmes falassem por ele.
Casal podia estar morto há semanas
Foi um vizinho que terá estranhado a ausência de Gene Hackman e da mulher e que decidiu dar o alerta para funcionários que costumavam trabalhar na mansão do casal. Estes acabaram por se deparar na tarde de quarta-feira com um cenário trágico: o ator estava caído no chão da cozinha e a companheira foi detetada no quarto, com frascos de comprimidos ao lado. Estariam já cadáveres há pelo menos duas semanas.
Inicialmente, a polícia garantiu não haver indícios de crime mas os contornos algo suspeitos e “perturbadores” destas mortes levaram a uma investigação, que está em curso. Foram afastadas as hipóteses de intoxicação por gás ou monóxido de carbono. Os corpos apresentavam rigidez cadavérica, o que dificultou a identificação nas primeiras horas após o alerta.
Um dos três cães do casal também foi encontrado morto, dentro de um armário, perto de uma das casas de banho. Os outros dois animais foram resgatados com vida.
Gene Hackman era casado há 33 anos com Betsy Arakawa. Deixa três filhos.
Correio da Manhã

Gene Hackman e a mulher foram encontrados mortos, juntamente com um cão, na mansão de Santa Fé, nos EUA.
Rui Pedro Vieira
Apesar de ter chegado aos 95 anos, o ator Gene Hackman conheceu um final trágico no filme da sua longa vida: foi encontrado morto, ao lado da mulher Betsy, 32 anos mais nova, na tarde de quarta-feira, na mansão onde viviam com três cães - um deles também morreu - em Santa Fé, no Novo México (EUA). A polícia afastou, para já, suspeitas de crime, enquanto a investigação avança.
Afastado do cinema há mais de 20 anos, Gene Hackman é um dos nomes mais respeitados e carismáticos de Hollywood. Com uma carreira a ultrapassar os 80 filmes, o californiano impôs-se como rosto respeitável da geração voraz da década de 1970, começando por dar nas vistas ao contracenar com Warren Beatty e Faye Dunaway em ‘Bonnie e Clyde’ (1969). Dois anos depois, consegue um dos seus papéis mais memoráveis, que lhe valeu o Óscar de Melhor Ator: o do incansável detetive da polícia Jimmy Doyle, que tudo faz para travar a máfia de traficantes de droga, no filme de ação ‘Os Incorruptíveis Contra a Droga’, de William Friedkin. Seguiu-se outra presença marcante em ‘O Vigilante’ (1974), de Francis Ford Coppola.
Como vilão, foi Lex Luthor nos dois primeiros filmes de ‘Superman’ (1978 e 1980), e confrontou o amigo Clint Eastwood no western ‘Imperdoável’ (1992), que lhe deu o segundo Óscar, mas como Ator Secundário. Ainda contracenou com o português Joaquim de Almeida no filme de guerra ‘Atrás das Linhas do Inimigo’ (2001). Assim que anunciou a reforma aos 78 anos, deixou de ser visto, mas a fama foi sempre um desconforto: “Preparei-me para ser ator, não uma estrela”, chegou a confessar. Preferia que os filmes falassem por ele.
Casal podia estar morto há semanas
Foi um vizinho que terá estranhado a ausência de Gene Hackman e da mulher e que decidiu dar o alerta para funcionários que costumavam trabalhar na mansão do casal. Estes acabaram por se deparar na tarde de quarta-feira com um cenário trágico: o ator estava caído no chão da cozinha e a companheira foi detetada no quarto, com frascos de comprimidos ao lado. Estariam já cadáveres há pelo menos duas semanas.
Inicialmente, a polícia garantiu não haver indícios de crime mas os contornos algo suspeitos e “perturbadores” destas mortes levaram a uma investigação, que está em curso. Foram afastadas as hipóteses de intoxicação por gás ou monóxido de carbono. Os corpos apresentavam rigidez cadavérica, o que dificultou a identificação nas primeiras horas após o alerta.
Um dos três cães do casal também foi encontrado morto, dentro de um armário, perto de uma das casas de banho. Os outros dois animais foram resgatados com vida.
Gene Hackman era casado há 33 anos com Betsy Arakawa. Deixa três filhos.
Correio da Manhã