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História de mulher que sobreviveu a Auschwitz
F. CLETO E PINA
Três dos maiores nomes dos comics norte-americanos juntaram-se para contar em banda desenhada o caso de Dina Babbitt, uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz.
Trata-se de Stan Lee, criador, entre outros, do Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e X-Men, Neal Adams, responsável nos anos 70 pela modernização de Lanterna Verde e Batman, e Joe Kubert, veterano autor de Sgt. Rock e de uma aplaudida versão de Tarzan.
Dina, nascida Gottliebova, foi levada como prisioneira para Auschwitz em 1943, devido à sua origem judia, tendo escapado à morte por ter pintado um painel com uma cena do filme "Branca de Neve e os 7 anões", na zona destinada às crianças. O seu talento despertou a atenção de Joseph Mengele, tristemente célebre pelas experiências com seres humanos, que forçou Dina - em troco da vida da mãe - a fazer retratos que captassem o exacto tom da pele dos ciganos, aspecto que era parte da sua teoria sobre a sua inferioridade em relação à raça ariana. As pinturas - onze, no total - perderam-se aquando da libertação do campo pelas tropas soviéticas, em 1945.
Em 1963, seis dos retratos foram propostos ao Museu Memorial de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, que compraria ainda uma sétima tela anos mais tarde, todas assinadas "Dina 1944".
Dina viria a casar com Arthur Babbitt, um animador norte-americano, indo viver para Hollywood, onde trabalhou em animação na Warner Brothers, desenhando Daffy Duck ou Speedy Gonzalez.
Em 1973, deslocou-se ao museu a expensas próprias, para identificar as suas pinturas. Desde então, Dina Babbitt, hoje com 85 anos, tem desenvolvido esforços para recuperar as suas obras, perante a intransigência do Museu que, conjuntamente com o Governo polaco, tem ignorado, inclusive, diligências do Governo norte--americano nesse sentido.
A BD em seis pranchas de Lee, Adams, e Kubert, que conta a história de Dina Babbitt e é mais um contributo para a sua causa, foi oferecida para publicação à Marvel e à DC Comics , as duas maiores editoras de comics dos EUA, para já sem qualquer reacção, estando disponível gratuitamente na Internet.
JN
F. CLETO E PINA
Três dos maiores nomes dos comics norte-americanos juntaram-se para contar em banda desenhada o caso de Dina Babbitt, uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz.
Trata-se de Stan Lee, criador, entre outros, do Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e X-Men, Neal Adams, responsável nos anos 70 pela modernização de Lanterna Verde e Batman, e Joe Kubert, veterano autor de Sgt. Rock e de uma aplaudida versão de Tarzan.
Dina, nascida Gottliebova, foi levada como prisioneira para Auschwitz em 1943, devido à sua origem judia, tendo escapado à morte por ter pintado um painel com uma cena do filme "Branca de Neve e os 7 anões", na zona destinada às crianças. O seu talento despertou a atenção de Joseph Mengele, tristemente célebre pelas experiências com seres humanos, que forçou Dina - em troco da vida da mãe - a fazer retratos que captassem o exacto tom da pele dos ciganos, aspecto que era parte da sua teoria sobre a sua inferioridade em relação à raça ariana. As pinturas - onze, no total - perderam-se aquando da libertação do campo pelas tropas soviéticas, em 1945.
Em 1963, seis dos retratos foram propostos ao Museu Memorial de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, que compraria ainda uma sétima tela anos mais tarde, todas assinadas "Dina 1944".
Dina viria a casar com Arthur Babbitt, um animador norte-americano, indo viver para Hollywood, onde trabalhou em animação na Warner Brothers, desenhando Daffy Duck ou Speedy Gonzalez.
Em 1973, deslocou-se ao museu a expensas próprias, para identificar as suas pinturas. Desde então, Dina Babbitt, hoje com 85 anos, tem desenvolvido esforços para recuperar as suas obras, perante a intransigência do Museu que, conjuntamente com o Governo polaco, tem ignorado, inclusive, diligências do Governo norte--americano nesse sentido.
A BD em seis pranchas de Lee, Adams, e Kubert, que conta a história de Dina Babbitt e é mais um contributo para a sua causa, foi oferecida para publicação à Marvel e à DC Comics , as duas maiores editoras de comics dos EUA, para já sem qualquer reacção, estando disponível gratuitamente na Internet.
JN