Feito Ou IncompetÊncia?
A sorte não bafejou a Fundação Nortecoope na Taça da Europa de Clubes, que decorreu na Mealhada e teve o ponto alto no passado domingo com a atribuição do título. As maiatas começaram por ficar no Grupo mais competitivo, em que se encontravam as campeãs espanholas em título do Biesca Gijón, mas, ainda assim, seguiram invictas até à final onde mediram forças com outra «armada» do país vizinho: Voltregá. Perderam por 2-1 e terminaram num muito honroso e meritório segundo lugar, mas a vitória esteve a(s) um(s) simples… apito(s)! “A arbitragem não foi digna de uma final europeia, não sei se de forma propositada, ou por incompetência. Quem esteve presente pode comprovar pela atitude dos cartões mostrados, pelas faltas que não foram assinaladas ou até mesmo pelos penáltis não marcados”, começou por adiantar ao ND a «capitã» das maiatas, Paula Castro.
A camisola 2 da Fundação assumiu que “a equipa fisicamente não estava nas melhores condições”, sobretudo por que está “em competição desde Outubro e há cansaço”, ao contrário, por exemplo, das adversárias espanholas que “têm um Campeonato curtíssimo e, portanto, tiveram bastante mais tempo para preparar a prova”. Mas afirmou: “Não era aposta inicial conquistarmos a Taça, até porque tomamos conhecimento de que a iríamos disputar já a época decorria. De qualquer maneira, a nossa filosofia é igual em todos os jogos: ganhar e tudo fizemos por isso. E se fisicamente estávamos algo debilitadas, a verdade é que nada disso pesou na final, que apenas foi manchada por uma dupla de arbitragem sem categoria para tal [Enriço Armati (Suíço) e Thomas Ullrich (Alemão)]”.
Os responsáveis
têm que agir
E a revolta é ainda maior porque “tiveram influência no resultado” e “impediram que, após sofrermos o 2-1, seguíssemos, como até então, o rumo da baliza”, tal como recordou a professora de profissão: “O espectáculo acabou por ficar manchado desnecessariamente já que em rinque estiveram duas excelentes equipas. Aliás, o Voltregá tem uma formação muito boa e nada há a apontar, quer à atitude que tiveram, quer ao valor. O problema foi mesmo a dupla de arbitragem. Eu bem propus um árbitro espanhol e outro português, porque tenho a certeza da imparcialidade que teriam, mas não quiseram saber e depois foi o que se viu. As entidades competentes têm que fazer alguma coisa. Esta final reduz-se a essa fraca exibição”.
Foi uma desilusão
Recorde-se que a Fundação esteve a perder 1-0 ao intervalo e a avançada brasileira Patrícia Albuquerque empatou logo no reatamento do encontro. As maiatas assumiram as despesas do jogo e, quando tinham a partida controlada, acabaram por sofrer o 2-1. “A partir daí não nos deixaram jogar. Foi constante o anti-jogo, as faltas não assinaladas, incluindo grandes penalidades. Foi uma desilusão total depois de tanto suor, tanta luta. A verdade é que não nos deixaram vencer o jogo”.
Sílvia Soares