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Guimarães 2012 corta 30% nos ordenados

florindo

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Os membros da Fundação Cidade de Guimarães (FCG), que organiza a Capital Europeia da Cultura/2012, vão ver os seus vencimentos cortados em 30%.

O anúncio foi feito hoje, quinta-feira, por António Magalhães, presidente da Câmara Municipal de Guimarães e, por inerência, líder da Comissão de Vencimentos da FCG.

Cristina Azevedo, presidente da estrutura, auferia 14300 euros mensais, enquanto os outros dois membros da administração, Carla Morais e João Serra, recebiam 12500.

Assim, Cristina Azevedo passará a receber, mensalmente, 10 mil euros, os restantes dois administradores 8750; Jorge Sampaio, presidente do Conselho Geral, passará a receber uma senha de presença de 350 euros, ao invés dos 500 iniciais, e os restantes membros daquele órgão passam de 350 para 210 euros. "Esta decisão vale para 2011 e no final de cada ano a Comissão de Vencimentos reunirá e analisará a situação", afirmou o edil.

Recentemente, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, tinha considerado inaceitáveis os valores praticados pela Fundação.
"O valor é semelhante ao que se pratica noutras fundações e que não têm a característica desta porque são fundações com trabalho de rotina e esta tem um trabalho específico, conjuntural", explicou António Magalhães. O autarca vimaranense apresentou na Comissão de Vencimentos a proposta para este corte e foi aprovada por unanimidade pelos restantes dois membros, o director do Museu da Electricidade, de Lisboa, e o director da Casa da Música, no Porto. "O assunto, para nós, está encerrado.

A decisão tinha 14 meses e ninguém entendeu que fosse exagerado. Agora, pelo que se passou no país, entendemos fazer esta revisão", referiu.

A oposição autárquica foi informada e concordou com o corte dos vencimentos. "A redução foi significativa e, sinceramente, não esperava uma diferença tão substancial", disse André Coelho Lima. O vereador social-democrata entende que os valores continuam a ser altos, mas considera que era impossível reduzi-los para 3 mil ou 4 mil euros. "Havia o risco de as pessoas saírem, e como ficava o projecto?", questionou.

Salgado Almeida, da CDU, também considerou que o valor continua a ser exagerado e que a solução ideal era colocar um vencimento igual ao do presidente da Câmara, mas que "o mal já está feito".

O JN tentou obter um comentário de Cristina Azevedo, mas a assessoria de imprensa da FCG fez saber que a responsável não queria prestar declarações.

JN
 
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