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O que se passa durante a gravidez é mais determinante para a saúde futura dos fetos do que se imaginava até agora. Pelo menos esta é a conclusão de um livro recém-lançado nos Estados Unidos.
Diabetes infantil, obesidade na adolescência, depressão crónica e doenças cardíacas poderão ter raízes em comum. De acordo com Annie Murphy Paul, autora do explosivo "Origins: how the nine months before birth shape the rest of our lives", tudo pode passar pelo comportamento materno durante a gravidez.
A veterana escritora de livros científicos conseguiu, com esta obra, levantar polémica e atrair a atenção dos media. Além do "New York Times" e da "Time", o blogue "Salon" já deu grande espaço ao novo livro.
Entre as afirmações mais contundentes, Annie Maurphy Paul - que estava grávida do seu segundo filho enquanto escrevia o livro - diz que as mulheres que estavam próximas das Torres Gémeas durante os ataques de 11 de Setembro de 2001 desenvolverem desordens de stress pós-traumático, dando a luz a bebés baixos níveis de cortisol, a hormona que regula o stress. E, mulheres deprimidas durante a gravidez têm tendência a dar a luz a prematuros e bebés de baixo peso.
Estes exemplos estão a reforçar a compreensão de que, embora o código genético de uma pessoa determine as balizas do seu desenvolvimento, as condições da gravidez refinam e acentuam as tendências já presentes. Ou seja, a forma como os genes se expressam e o ambiente em que se desenvolvem também terão consequências determinantes na vida futura de uma pessoa.
Assim, alguns conselhos podem ficar: comer chocolate ajuda a ter bebés mais felizes, comer peixe rico em ómega 3 e com baixo teor de mercúrio dá origem a crianças mais espertas, reduzidos níveis de stress ajudam a ter uma vida mais longa. Pelo menos, é o que remomenda Annie Murphy Paul.
Expresso
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