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Gravidez Anembriónica ou «óvulo cego»

estela

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O mais certo era nem saber que estava gravida, ou ter acabado de descobrir, quando recebeu a notícia que não era visível um embrião em desenvolvimento na ecografia.

Dependendo do número de tentativas que já fez para engravidar, ou se era a primeira gravidez, sentirá de forma diferente e única o que lhe está a acontecer. Está provavelmente confusa e à procura de respostas e deve procurar algum conforto no facto de que não está sozinha.


O que é um «óvulo cego»?

Também conhecida por «gravidez anembriónica», acontece quando um óvulo fecundado se agarra às paredes do útero mas não sofre qualquer desenvolvimento. O saco amniótico surge mas não o embrião. Um óvulo cego ocorre normalmente, no primeiro trimestre, mesmo antes da mulher saber que está grávida. Um alto nível de anormalidades cromossomáticas leva o corpo da mulher a rejeitar e a abortar de forma espontânea.


Como saber se teve ou tem um «óvulo cego»?

Um óvulo cego pode ocorrer muito cedo na gravidez. Os sintomas que se manifestam são em tudo semelhantes a uma gravidez normal: falha no período ou menstruação atrasada, e teste de gravidez positivo. É possivel que tenha câimbras abdominais e algumas hemorragias vaginais.


Muitas mulheres julgam ter uma gravidez normal, só porque os seus níveis de HCG estão a aumentar. A placenta pode continuar a crescer e a suportar-se sem o bebé por um curto período de tempo, e as hormonas podem aumentar, o que leva as mulheres a crerem que estão mesmo grávidas. Não existe diagnóstico conclusivo até que a ecografia confirme útero ou saco amniótico vazio.


O que causa um «óvulo cego»?

O óvulo cego é causa para cerca de 50% dos abortos espontâneos no primeiro trimestre, e é normalmente o resultado de problemas nos cromossomas. O corpo da mulher reconhece os cromossomas anormais no feto e de forma natural, não tenta continuar com a gravidez, porque o feto não evolui para um bebé saudável.

Isto pode ser causado por divisões anormais das células, ou por esperma e óvulos de baixa qualidade.


Raspagem cirúrgica ou aborto espontâneo?

Esta é uma decisão que lhe cabe somente a si. A maioria dos médicos não aconselha a raspagem para perdas ocorridas ainda cedo. Muitos acreditam que o coroo da mulher é capaz de se desfazer do tecido por si só, não havendo necessidade de procedimentos cirúrgicos invasivos, com risco de complicações.

A raspagem por outro lado permitiria a análise dos tecidos para determinar as causas. Algumas mulheres consideram a raspagem uma forma de colocar um fim à situação, de forma mental e física.


Como pode um «óvulo cego» ser prevenido?


Infelizmente na maioria dos casos, não se pode prevenir o aparecimento de um óvulo cego. Alguns casais fazem testes genéticos, no caso de já terem passado por múltiplas gravidezes falhadas. Raramente uma mulher tem mais que uma vez uma gravidez anembriónica, o que torna o aparecimento do óvulo cego um acontecimento único. Os médicos aconselham os casais que estão a tentar engravidar e a quem teve um óvulo cego ou qualquer outro tipo de aborto espontâneo, que esperem entre 1 a 3 ciclos menstruais regulares, até voltarem a tentar.
 
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