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"O americano", de Anton Corbijn, estreia amanhã, quinta-feira, nas salas de cinema de todo o país.
O realizador notabilizou-se a dirigir videoclips dos Nirvana, Metalica ou Depeche Mode, entre outros, e apresenta um filme pouco convencional. George Clooney é o protagonista.
O filme chama-se "O americano". E muito justamente. Porque normalmente só se chama alguma coisa a alguém quando todos os outros não o são. Na realidade, George Clooney é praticamente o único americano da trama. Tal facto permite, desde logo, perceber que, felizmente, e ao contrário do que a imagem do cartaz poderia dar a entender, não estamos em presença de um filme de acção tipicamente hollywoodiano, ou seja, "made in USA", feito por americanos...
Comece-se pelo realizador. Anton Corbijn, que há dias esteve entre nós a apresentar o filme no Festival do Estoril, é holandês. Distinguiu-se primeiro como fotógrafo de gente do mundo da música pop/rock. Depois, realizou-lhes vídeos musicais. Na passagem para o cinema, a música continuava presente, com "Control", uma biografia de Ian Curtis. Agora, Corbijn passa para um cinema mais mainstream. Mas ninguém duvidava que o seu filme não tivesse um certo estilo pessoal, como que uma assinatura...
Depois, o cenário. A bela Itália, onde por sinal George Clooney está em casa! E é aí que a sua personagem, que tanto se chama Jack como Edward, se encontra agora, após um trabalho que deu para o torto, num outro país europeu, a Suécia. Jack/Edward é especialista em conceber armas para crimes muito especiais e tem de executar uma última missão, antes de se retirar. A trama é conhecida, convencional mesmo. Mas não é necessário ser novo, para se ser bom. O inverso também é verdade.
Além de Clooney, "O americano" inclui na história o patrão de Jack/Edward, significativamente chamado Pavel, uma mulher com quem tem de contactar ao chegar à pequena localidade italiana onde a história se irá desenrolar, um padre com propensão para salvar almas perdidas e uma jovem prostituta que também necessita de ser salva. Mais uma vez, o único americano continua a ser Jack/Edward...
A cerca de seis meses de completar 50 anos de idade, George Clooney continua a passear a sua classe pela tela. A viver da sua imagem, mas de uma imagem solidamente construída. E com uma imensa capacidade de se auto-parodiar, como na fabulosa série de anúncios que nos entra em casa todos os dias através da televisão.Tendo já contracenado com estrelas de primeira grandeza como Nicole Kidman, Jennifer Lopez ou Catherine Zeta-Jones, entre outros, George Clooney tem também a capacidade de aguentar sobre os seus ombros o "peso" quase completo de um filme, como aqui acontece.
JN
O realizador notabilizou-se a dirigir videoclips dos Nirvana, Metalica ou Depeche Mode, entre outros, e apresenta um filme pouco convencional. George Clooney é o protagonista.
O filme chama-se "O americano". E muito justamente. Porque normalmente só se chama alguma coisa a alguém quando todos os outros não o são. Na realidade, George Clooney é praticamente o único americano da trama. Tal facto permite, desde logo, perceber que, felizmente, e ao contrário do que a imagem do cartaz poderia dar a entender, não estamos em presença de um filme de acção tipicamente hollywoodiano, ou seja, "made in USA", feito por americanos...
Comece-se pelo realizador. Anton Corbijn, que há dias esteve entre nós a apresentar o filme no Festival do Estoril, é holandês. Distinguiu-se primeiro como fotógrafo de gente do mundo da música pop/rock. Depois, realizou-lhes vídeos musicais. Na passagem para o cinema, a música continuava presente, com "Control", uma biografia de Ian Curtis. Agora, Corbijn passa para um cinema mais mainstream. Mas ninguém duvidava que o seu filme não tivesse um certo estilo pessoal, como que uma assinatura...
Depois, o cenário. A bela Itália, onde por sinal George Clooney está em casa! E é aí que a sua personagem, que tanto se chama Jack como Edward, se encontra agora, após um trabalho que deu para o torto, num outro país europeu, a Suécia. Jack/Edward é especialista em conceber armas para crimes muito especiais e tem de executar uma última missão, antes de se retirar. A trama é conhecida, convencional mesmo. Mas não é necessário ser novo, para se ser bom. O inverso também é verdade.
Além de Clooney, "O americano" inclui na história o patrão de Jack/Edward, significativamente chamado Pavel, uma mulher com quem tem de contactar ao chegar à pequena localidade italiana onde a história se irá desenrolar, um padre com propensão para salvar almas perdidas e uma jovem prostituta que também necessita de ser salva. Mais uma vez, o único americano continua a ser Jack/Edward...
A cerca de seis meses de completar 50 anos de idade, George Clooney continua a passear a sua classe pela tela. A viver da sua imagem, mas de uma imagem solidamente construída. E com uma imensa capacidade de se auto-parodiar, como na fabulosa série de anúncios que nos entra em casa todos os dias através da televisão.Tendo já contracenado com estrelas de primeira grandeza como Nicole Kidman, Jennifer Lopez ou Catherine Zeta-Jones, entre outros, George Clooney tem também a capacidade de aguentar sobre os seus ombros o "peso" quase completo de um filme, como aqui acontece.
JN