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Notícias "Fui violada todos os dias durante dois anos": Jovem raptada pelo Daesh relata terror vivido como escrava sexual

Roter.Teufel

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Out 5, 2021
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"Fui violada todos os dias durante dois anos": Jovem raptada pelo Daesh relata terror vivido como escrava sexual

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Kovan tem dois filhos nascidos de violações perpetradas por dois membros da organização.

Kovan tinha 14 anos quando foi raptada por membros do Daesh em Sinjar, no Iraque. Fazia parte dos Yazidis, um antigo grupo étnico e religioso de língua curda, e foi mantida em cativeiro com a família durante poucos dias até ser vendida. Nesse momento, o pesadelo da jovem começou. Foi forçada a viver como escrava sexual e conta que durante dois anos foi violada e espancada. Agora, aos 24 anos, finalmente livre e de regresso a casa com a família que lhe resta, Kovan quer justiça pelos horrores que ela e tantos outros sofreram.

O primeiro homem que comprou Kovan tinha o dobro da sua idade. A rapariga ainda nem sequer tinha começado a menstruar. Chegou a tentar a fuga, mas foi apanhada e arrastada pelos cabelos. "Ele disse que me matava e me enterrava no quintal se eu não fizesse o que ele queria. Fui violada todos os dias durante dois anos", disse à Sky News.

A jovem tem dois filhos - uma menina de quatro anos e um menino de seis - nascidos de violações perpetradas por dois membros da organização.

Durante o período em que foi escravizada, também testemunhou a violação de uma criança de 10 anos.

Segundo Kovan, as mulheres eram igualmente más. "Sabiam o que os maridos estavam a fazer. Vestiam-nos e maquilhavam-nos para que pudéssemos ser violadas pelos maridos", contou.

Depois de ser libertada, Kovan foi levada para uma casa de abrigo yazidi onde conseguiram localizar os sobreviventes da sua família. Duas das irmãs de Kovan e o seu irmão mais velho já tinham sido libertados, mas os pais e a irmã mais nova, que tinha apenas oito anos quando ela foi levada, continuavam desaparecidos. Enquanto procurava os familiares, a jovem deixou os filhos aos cuidados das autoridades curdas. Tomar essa decisão foi destrutiva para Kovan: Eu amo-os, claro".

Pouco tempo depois, Kovan reuniu-se finalmente com o resto da sua família alargada. Mas nenhum desses familiares regressou ao distrito de Sinjar. Estão divididos em tendas espalhadas pelo Iraque, entre Duhook e Erbil. Muitos dos cemitérios da sua região natal de Sinjar têm filas de covas vazias, com familiares que ainda desconhecem o destino dos seus entes queridos.

O Daesh considera os yazidis um grupo "sem Deus" e começou a assassiná-los, torturá-los e violá-los sistematicamente. Só a justiça trará paz a Kovan.


Correio da Manhã
 
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