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As aventuras do feiticeiro Harry Potter estão a chegar ao fim com a estreia, amanhã, quinta-feira, do último filme da saga cinematográfica, e desta vez a direcção de fotografia tem a assinatura de um português, Eduardo Serra.
É o mais internacional e conceituado dos directores de fotografia portugueses, há várias décadas que trabalha sobretudo fora de Portugal, entre projectos de grandes estúdios e produções independentes, entre os Estados Unidos e a Europa.
O currículo, com filmes como "Protegido", "Rapariga com brinco de pérola" e "Diamante de sangue", e as duas nomeações para os Óscares fizeram com que um dia recebesse uma chamada telefónica que o deixou "completamente surpreendido", como contou em entrevista à Agência Lusa.
"Chego a casa, telefonam-me [e perguntam], 'Queres fazer os dois últimos Harry Potter por um orçamento de 450 milhões de dólares?", recordou Eduardo Serra.
Esses dois últimos filmes são "Harry Potter e os talismãs da morte", com realização de David Yates, cuja primeira parte se estreia esta semana e a segunda em Julho de 2011.
São os capítulos finais de uma saga escrita por JK Rowling sobre um jovem aprendiz de feiticeiro, Harry Potter, que luta contra o Mal, personificado por Valdemort.
"Temos todos os brinquedos"
Nesta primeira parte, a história desenrola-se sobretudo fora do ambiente protegido da escola de magia Hogwarts, com Harry Potter e os amigos Ron e Hermione à solta no mundo.
Há grandes planos de paisagens montanhosas, de praia, cidade, florestas densas e negras, um desafio tendo em conta uma produção que vive dos efeitos especiais.
Para Eduardo Serra, trabalhar numa produção como esta, de um grande estúdio, foi "uma coisa única", uma espécie de paraíso para um profissional que é responsável pela imagem de um filme, que conta a história através da luz.
"Tecnicamente há tudo, todas as gruas, todas as técnicas, seja o que for é utilizado, temos todos os brinquedos", disse Eduardo Serra.
A isto junta-se a qualidade humana da equipa técnica e elenco com os quais trabalhou e cujo ambiente considerou familiar. Tudo isso pesou na decisão de entrar na produção.
"Fiz uma coisa diferente"
Quanto à marca que pode ter deixado nos filmes, comparando com todas as outras seis longas-metragens que já estrearam, Eduardo Serra admitiu que tinha pouca margem de manobra para deixar um cunho pessoal.
"Mas parece que o que eu fiz é reconhecido como uma coisa diferente do que havia, [em particular as cenas] das noites em floresta e coisas assim. É o mais pessoal que eu pus ali", defendeu.
Apesar da experiência, Eduardo Serra diz que não quer repetir tão cedo um trabalho assim, porque foram dois anos intensos de trabalho no Reino Unido, em que "a vida pessoal desaparece", embora o filho adolescente o tenha acompanhado para Londres.
Eduardo Serra, de 67 anos, nasceu em Lisboa, fixou residência em Paris, mas está onde estiver o cinema para o qual o convidam a trabalhar.
JN
É o mais internacional e conceituado dos directores de fotografia portugueses, há várias décadas que trabalha sobretudo fora de Portugal, entre projectos de grandes estúdios e produções independentes, entre os Estados Unidos e a Europa.
O currículo, com filmes como "Protegido", "Rapariga com brinco de pérola" e "Diamante de sangue", e as duas nomeações para os Óscares fizeram com que um dia recebesse uma chamada telefónica que o deixou "completamente surpreendido", como contou em entrevista à Agência Lusa.
"Chego a casa, telefonam-me [e perguntam], 'Queres fazer os dois últimos Harry Potter por um orçamento de 450 milhões de dólares?", recordou Eduardo Serra.
Esses dois últimos filmes são "Harry Potter e os talismãs da morte", com realização de David Yates, cuja primeira parte se estreia esta semana e a segunda em Julho de 2011.
São os capítulos finais de uma saga escrita por JK Rowling sobre um jovem aprendiz de feiticeiro, Harry Potter, que luta contra o Mal, personificado por Valdemort.
"Temos todos os brinquedos"
Nesta primeira parte, a história desenrola-se sobretudo fora do ambiente protegido da escola de magia Hogwarts, com Harry Potter e os amigos Ron e Hermione à solta no mundo.
Há grandes planos de paisagens montanhosas, de praia, cidade, florestas densas e negras, um desafio tendo em conta uma produção que vive dos efeitos especiais.
Para Eduardo Serra, trabalhar numa produção como esta, de um grande estúdio, foi "uma coisa única", uma espécie de paraíso para um profissional que é responsável pela imagem de um filme, que conta a história através da luz.
"Tecnicamente há tudo, todas as gruas, todas as técnicas, seja o que for é utilizado, temos todos os brinquedos", disse Eduardo Serra.
A isto junta-se a qualidade humana da equipa técnica e elenco com os quais trabalhou e cujo ambiente considerou familiar. Tudo isso pesou na decisão de entrar na produção.
"Fiz uma coisa diferente"
Quanto à marca que pode ter deixado nos filmes, comparando com todas as outras seis longas-metragens que já estrearam, Eduardo Serra admitiu que tinha pouca margem de manobra para deixar um cunho pessoal.
"Mas parece que o que eu fiz é reconhecido como uma coisa diferente do que havia, [em particular as cenas] das noites em floresta e coisas assim. É o mais pessoal que eu pus ali", defendeu.
Apesar da experiência, Eduardo Serra diz que não quer repetir tão cedo um trabalho assim, porque foram dois anos intensos de trabalho no Reino Unido, em que "a vida pessoal desaparece", embora o filho adolescente o tenha acompanhado para Londres.
Eduardo Serra, de 67 anos, nasceu em Lisboa, fixou residência em Paris, mas está onde estiver o cinema para o qual o convidam a trabalhar.
JN