B@eta
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Família suspeita que foi embebedado e abandonado
Deficiente deixado a morrer
Um deficiente mental, de 46 anos, foi encontrado morto numa vala com água, em Benavente, horas depois de ter estado a beber copos de bagaço pagos por dois homens mais novos. A família não acredita que Carlos Alberto Martins tenha morrido afogado ou com frio - e está convicta de que sucumbiu por falta de auxílio.
Os familiares de Carlos querem ver investigadas as circunstâncias que envolveram a sua morte. "Temos a certeza absoluta de que nunca iria para aquele local sozinho. Houve de certeza falta de auxílio", disse ao CM Augusto João, cunhado da vítima. "Não acredito que tenha morrido afogado ou de hipotermia", acrescenta o mesmo familiar, que é bombeiro voluntário em Benavente e foi quem retirou o cadáver da água.
A família sabe que esteve até às 02h00 de sábado a beber bagaço num café que não costumava frequentar. O estabelecimento situa-se a 500 metros da vala onde foi encontrado, pela manhã. Trata-se de um sítio isolado e mal frequentado, sobretudo à noite, junto a um afluente do rio Sorraia. A vítima costumava a pescar nas redondezas e conhecia bem a zona.
"Ele esteve a beber com dois indivíduos muito mais novos, na casa dos 20 anos, que lhe pagaram os copos. A partir daí, não sabemos o que se passou, até porque as pessoas com quem esteve ainda não vieram dar uma palavra à família", explicou Augusto João, frisando que o cunhado "não foi sozinho para junto da água". A vítima foi encontrada gelada numa margem da vala, junto a um barco, com a cabeça parcialmente dentro da água, segundo o bombeiro, e não tinha marcas visíveis de agressões. As investigações sobre o que aconteceu estão a decorrer sob coordenação do Ministério Público de Benavente. O resultado da autópsia não foi divulgado, nem à família.
Carlos Martins, que sofria de um ligeiro atraso mental, era muito estimado em Benavente e conhecido por "Carlitos". O funeral realizou-se ontem.
O popular que encontrou o corpo vive na zona do Calvário e disse ao "CM" que, nessa noite, acordou pelas 02h30 com "barulhos e vozes", mas não se levantou para ir ver o que se estava a passar. O Ministério Público está a analisar o caso, para ver se o arquiva ou manda fazer mais investigações.
Carlos Alberto Martins foi autopsiado na segunda-feira de manhã, no Hospital Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira. Contudo, a família só deverá conhecer os resultados da autópsia num prazo não inferior a dois meses.
A vítima foi a enterrar no cemitério de Benavente, num funeral que juntou cerca de 700 pessoas. "É a prova do enorme carinho que a população sentia por ele", afirmou o cunhado de Carlos Martins, Augusto João.
Fonte:Correio dos Açores
Deficiente deixado a morrer
Um deficiente mental, de 46 anos, foi encontrado morto numa vala com água, em Benavente, horas depois de ter estado a beber copos de bagaço pagos por dois homens mais novos. A família não acredita que Carlos Alberto Martins tenha morrido afogado ou com frio - e está convicta de que sucumbiu por falta de auxílio.
Os familiares de Carlos querem ver investigadas as circunstâncias que envolveram a sua morte. "Temos a certeza absoluta de que nunca iria para aquele local sozinho. Houve de certeza falta de auxílio", disse ao CM Augusto João, cunhado da vítima. "Não acredito que tenha morrido afogado ou de hipotermia", acrescenta o mesmo familiar, que é bombeiro voluntário em Benavente e foi quem retirou o cadáver da água.
A família sabe que esteve até às 02h00 de sábado a beber bagaço num café que não costumava frequentar. O estabelecimento situa-se a 500 metros da vala onde foi encontrado, pela manhã. Trata-se de um sítio isolado e mal frequentado, sobretudo à noite, junto a um afluente do rio Sorraia. A vítima costumava a pescar nas redondezas e conhecia bem a zona.
"Ele esteve a beber com dois indivíduos muito mais novos, na casa dos 20 anos, que lhe pagaram os copos. A partir daí, não sabemos o que se passou, até porque as pessoas com quem esteve ainda não vieram dar uma palavra à família", explicou Augusto João, frisando que o cunhado "não foi sozinho para junto da água". A vítima foi encontrada gelada numa margem da vala, junto a um barco, com a cabeça parcialmente dentro da água, segundo o bombeiro, e não tinha marcas visíveis de agressões. As investigações sobre o que aconteceu estão a decorrer sob coordenação do Ministério Público de Benavente. O resultado da autópsia não foi divulgado, nem à família.
Carlos Martins, que sofria de um ligeiro atraso mental, era muito estimado em Benavente e conhecido por "Carlitos". O funeral realizou-se ontem.
O popular que encontrou o corpo vive na zona do Calvário e disse ao "CM" que, nessa noite, acordou pelas 02h30 com "barulhos e vozes", mas não se levantou para ir ver o que se estava a passar. O Ministério Público está a analisar o caso, para ver se o arquiva ou manda fazer mais investigações.
Carlos Alberto Martins foi autopsiado na segunda-feira de manhã, no Hospital Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira. Contudo, a família só deverá conhecer os resultados da autópsia num prazo não inferior a dois meses.
A vítima foi a enterrar no cemitério de Benavente, num funeral que juntou cerca de 700 pessoas. "É a prova do enorme carinho que a população sentia por ele", afirmou o cunhado de Carlos Martins, Augusto João.
Fonte:Correio dos Açores