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Arte: Exposição "The Blues Quartet", de João Paulo Feliciano, explora relação entre música e artes visuais, no Museu do Chiado
Lisboa, 04 Set (Lusa) - Uma exposição de João Paulo Feliciano criada em torno da escultura "The Blues Quartet" vai ser inaugurada sexta-feira no Museu do Chiado com sete trabalhos do artista que exploram a fusão entre a música e as artes visuais.
As obras, criadas desde o início dos anos 90 até à actualidade, foram hoje apresentadas aos jornalistas durante uma visita-guiada com o director do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Pedro Lapa, e João Paulo Feliciano.
"The Blues Quartet" (2004-2007), que esteve quatro meses em exposição no Contemporary Arts Center de Cincinnati, nos EUA, em 2007, e este ano no Centro de Artes Visuais de Coimbra, é a peça central da exposição, instalada numa sala do Museu do Chiado.
"Esta escultura tornou-se um elo de relação intrínseco entre o trabalho de João Paulo Feliciano como músico e artista", observou Pedro Lapa.
A instalação é composta por uma mesa de madeira sobre a qual o espaço é dividido em quatro áreas por um acrílico azul, e cada uma dessas áreas é ocupada por uma lâmpada accionada por moduladores de luz e som que variam de intensidade com o efeito da música.
Dia 03 de Outubro, pelas 22:00, está prevista a realização de um concerto no museu com os músicos Aki Onda, César Burago, Sei Miguel e os The Blues Quartet, com a participação de João Paulo Feliciano, que darão vida à escultura com o mesmo nome.
A escultura é uma "metáfora visual dos músicos a tocar uns com os outros", descreveu Pedro Lapa, enquanto que João Paulo Feliciano resumiu: "Eu sou músico e sou artista. Esta peça é a minha banda".
Questionado pela Lusa sobre o critério que precedeu a escolha das outras peças, o artista assinalou que algumas têm uma ligação directa a "The Blues Quartet", como é o caso de uma composição de fotografias das lâmpadas da escultura, intitulada "Blues for Christmas (The Album)" (2005) e a peça "No sound is Inocent", com um Ipod que o visitante pode ligar e ver imagens antigas do artista a tocar.
João Paulo Feliciano, 45 anos, antigo membro da banda Tina & The Top Ten, tem vindo, desde os anos 80, a dedicar-se às artes visuais, mas sempre em ligação com a música.
No exterior da parede da sala do forno do Museu do Chiado, onde estão todas as peças da exposição, o artista fez colagens de dezenas de posters feitos a partir de capas de discos de vinil que tem vindo a coleccionar.
Outra peça, "Caleidoscopic Blues", apresenta imagens de concertos num monitor de televisão que são projectadas num acrílico azul e multiplicadas como se fosse um caleidoscópio.
"A palavra blues surge nas obras com vários significados: desde o estilo de música, a nostalgia evocada pelo vinil e a própria cor azul", observou Pedro Lapa.
João Paulo Feliciano disse aos jornalistas que a passagem da exposição nos EUA foi "muito boa quer a nível de organização quer de público, porque The Blues Quartet estava no espaço do hall de entrada do centro de artes em Cincinnatti, por onde entravam todos os visitantes".
Na altura também teve a possibilidade de editar um livro em inglês sobre a exposição, apoiado pelo Ministério da Cultura português.
Depois do Museu do Chiado, onde estará até 26 de Outubro, a exposição deverá passar por Elvas, o Centro Cultural Vila Flor, Casa da Música, e no próximo ano na Feira de Arte Contemporânea de Madrid.
AG.
Lusa/Fim
Lisboa, 04 Set (Lusa) - Uma exposição de João Paulo Feliciano criada em torno da escultura "The Blues Quartet" vai ser inaugurada sexta-feira no Museu do Chiado com sete trabalhos do artista que exploram a fusão entre a música e as artes visuais.
As obras, criadas desde o início dos anos 90 até à actualidade, foram hoje apresentadas aos jornalistas durante uma visita-guiada com o director do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Pedro Lapa, e João Paulo Feliciano.
"The Blues Quartet" (2004-2007), que esteve quatro meses em exposição no Contemporary Arts Center de Cincinnati, nos EUA, em 2007, e este ano no Centro de Artes Visuais de Coimbra, é a peça central da exposição, instalada numa sala do Museu do Chiado.
"Esta escultura tornou-se um elo de relação intrínseco entre o trabalho de João Paulo Feliciano como músico e artista", observou Pedro Lapa.
A instalação é composta por uma mesa de madeira sobre a qual o espaço é dividido em quatro áreas por um acrílico azul, e cada uma dessas áreas é ocupada por uma lâmpada accionada por moduladores de luz e som que variam de intensidade com o efeito da música.
Dia 03 de Outubro, pelas 22:00, está prevista a realização de um concerto no museu com os músicos Aki Onda, César Burago, Sei Miguel e os The Blues Quartet, com a participação de João Paulo Feliciano, que darão vida à escultura com o mesmo nome.
A escultura é uma "metáfora visual dos músicos a tocar uns com os outros", descreveu Pedro Lapa, enquanto que João Paulo Feliciano resumiu: "Eu sou músico e sou artista. Esta peça é a minha banda".
Questionado pela Lusa sobre o critério que precedeu a escolha das outras peças, o artista assinalou que algumas têm uma ligação directa a "The Blues Quartet", como é o caso de uma composição de fotografias das lâmpadas da escultura, intitulada "Blues for Christmas (The Album)" (2005) e a peça "No sound is Inocent", com um Ipod que o visitante pode ligar e ver imagens antigas do artista a tocar.
João Paulo Feliciano, 45 anos, antigo membro da banda Tina & The Top Ten, tem vindo, desde os anos 80, a dedicar-se às artes visuais, mas sempre em ligação com a música.
No exterior da parede da sala do forno do Museu do Chiado, onde estão todas as peças da exposição, o artista fez colagens de dezenas de posters feitos a partir de capas de discos de vinil que tem vindo a coleccionar.
Outra peça, "Caleidoscopic Blues", apresenta imagens de concertos num monitor de televisão que são projectadas num acrílico azul e multiplicadas como se fosse um caleidoscópio.
"A palavra blues surge nas obras com vários significados: desde o estilo de música, a nostalgia evocada pelo vinil e a própria cor azul", observou Pedro Lapa.
João Paulo Feliciano disse aos jornalistas que a passagem da exposição nos EUA foi "muito boa quer a nível de organização quer de público, porque The Blues Quartet estava no espaço do hall de entrada do centro de artes em Cincinnatti, por onde entravam todos os visitantes".
Na altura também teve a possibilidade de editar um livro em inglês sobre a exposição, apoiado pelo Ministério da Cultura português.
Depois do Museu do Chiado, onde estará até 26 de Outubro, a exposição deverá passar por Elvas, o Centro Cultural Vila Flor, Casa da Música, e no próximo ano na Feira de Arte Contemporânea de Madrid.
AG.
Lusa/Fim