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Ex-senador bolsonarista é preso sob suspeita de encomendar assassinato de sua ex-companheira

Roter.Teufel

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Ex-senador bolsonarista é preso sob suspeita de encomendar assassinato de sua ex-companheira

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Cabo eleitoral de Bolsonaro em RR, Telmário Mota teria ordenado a execução da mãe de sua filha, que o acusa de estrupro; assassinato ocorreu três dias antes dela depor sobre o caso

A Polícia Militar de Goiás prendeu, na madrugada desta terça-feira (31), em Nerópolis, município localizado a 36 quilômetros de Goiânia, o ex-senador Telmário Mota, suspeito de ser o mandante do assassinato de sua ex-companheira, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, que também é mãe de uma de suas filhas. Ele era considerado foragido após deixar Boa Vista, em Roraima, numa rota de fuga.

Antônia foi executada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro, em Boa Vista (RR), três dias antes de prestar depoimento no processo em que a filha, de 18 anos, acusa o pai, Telmário, de estupro. O suposto crime foi denunciado no ano passado, quando a vítima tinha 17 anos. Antônia era uma das principais testemunhas sobre as investigações que envolviam a acusação de abuso.

“Por ele ser meu pai, por eu ter saído várias vezes com ele, eu nunca imaginei [que isso aconteceria]. Desde pequena a gente mantinha contato, ele era distante, mas eu era a filha mais próxima dele. Ele nunca tinha dado sinal de um comportamento assim comigo, nunca. Nem para mim, nem para as outras filhas dele. Abalou todo o meu mundo”, disse a filha de Telmário Mota, ao G1, na época.

Conforme a investigação, Mota deu a ordem para o assassinato da ex após uma reunião em sua fazenda, a Caçada Real. A propriedade, avaliada em R$ 3,3 milhões, também teria sido usada como uma espécie de centro de treinamento para a execução do assassinato de Antônia.

"Com a apuração dos fatos, foi apontado o ex-Senador da República Telmário Mota de Oliveira da morte da vítima, Antônia Araújo Sousa, com quem tem uma filha. Ocorre que [...], filha da vítima com o Representado Telmário, acusou o pai de estupro, quando ainda tinha 17 anos, no ano de 2022", diz a investigação da Polícia. "A audiência havia sido designada para o dia 2 de outubro do corrente ano. A morte da vítima, mãe de [...], testemunha chave neste processo, certamente beneficiaria Telmário", prossegue.

Além de Telmário, a juíza Lana Leitão Martins, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, determinou a prisão do sobrinho dele, Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", que teria organizado o crime, e de Leandro Luz, que teria atirado em Antônia. Leandro foi preso em Caracaraí, no interior de Roraima. O sobrinho do senador segue foragido.

Já a assessora do ex-senador, Cleidiane Gomes Costa, responsável por entregar a motocicleta e a arma para o assassinato, também é investigada e deve usar tornozeleira eletrônica. A polícia tem imagens da funcionária entregando o veículo aos assassinos um dia antes do crime.

Antônia foi executada a tiros quando saía de casa para trabalhar. No dia do crime, Telmário divulgou uma nota à imprensa em que dizia ter recebido com consternação a notícia da morte.

"Esclareço para aquelas pessoas que de forma sórdida estão usando uma tragédia de tamanha natureza para atacar a minha imagem que, apesar das acusações falsas contra mim, jamais tive rancor, raiva ou qualquer sentimento de vingança com relação à Sra. Antônia", diz a nota divulgada pelo ex-senador em 29 de setembro.

Suspeito se declara inocente

Ao ser preso, o ex-parlamentar, de 65 anos, alegou inocência. Argumentou "que essa versão apresentada pela polícia de lá [Roraima] não procede e não tem provas", explicou. Segundo a polícia, Telmário usou um voo comercial para chegar a Brasília e depois pegou um ônibus para Goiás.

À polícia, Telmário disse que chegou a Goiás na última quinta-feira (26) e estava escondido na casa de uma amiga. A prisão aconteceu após uma troca de informações entre a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil (PC).

"Por volta das 21h de ontem, o Coronel Lívio, da Polícia Militar, recebeu a informação sobre o paradeiro do ex-senador. Ele entrou em contato comigo e nos reunimos ontem à noite", disse.

Durante a madrugada, o ex-senador passou pelos exames necessários após a prisão e deve ser transferido para Goiânia nesta terça-feira (31).

Jornal do Brasil
 
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