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EUA aprovam dose dupla de injeções para combater vírus que causa a sida
Permite o tratamento preventivo contra o VIH para pessoas não infetadas, mas vulneráveis.
Um novo tratamento de prevenção do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), vírus que causa a sida, foi aprovado nos Estados Unidos da América (EUA). Denominado Yeztugo, consiste em duas injeções anuais a serem tomadas por pessoas que não são portadoras do vírus, mas que são mais vulneráveis à exposição, nomeadamente por terem vários parceiros sexuais e não recorrerem ao preservativo.
“É mais um passo no combate à doença com base na prevenção”, disse ao CM a Presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, Maria Eugénia Saraiva. A responsável entende que a toma de “duas injeções por ano facilita a prevenção e poderá ter uma maior adesão de pessoas” face aos medicamentos hoje existentes. Maria Eugénia Saraiva lembra, contudo, que a aprovação pela ‘Food and Drug Administration’ (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, não significa a disponibilidade imediata em Portugal. “É necessária a aprovação na Agência Europeia do Medicamento e também pelo Infarmed”, esclareceu. Há mais de uma década que os fármacos mais utilizados para prevenir a transmissão do VIH são os medicamentos conhecidos como ‘profilaxia pré-exposição’ ou ‘PrEP’, que requerem a toma de um comprimido diário.
De acordo com a Gilead, o novo tratamento com uma eficácia próxima dos 100% está disponível para “adultos e adolescentes com peso mínimo de 35 quilos” que “precisam ou querem PrEP”. “É um dia histórico na luta contra o VIH”, declarou Daniel O’Day, da empresa americana de biotecnologia, ao anunciar a aprovação. No entanto, estas esperanças podem ser frustradas por um potencial preço astronómico. Embora não tenha sido divulgado pela empresa, os analistas estimam que o preço de lançamento nos Estados Unidos poderá atingir os 25 mil dólares (21 732 euros) por ano.
Em março último, a diretora do programa ONUSIDA, Winnie Byanyima, declarou que o Mundo se encontrava “no início de uma nova revolução no tratamento preventivo” e que poderia “ver o fim da sida” se este tratamento, que qualificou de “ferramenta milagrosa”, fosse lançado de forma ambiciosa. O Yeztugo apresenta, contudo, limitações. Embora seja injetável, não é uma vacina, porque com a toma não é ativado o sistema imunológico na produção de defesas. É, sim, um antiviral que bloqueia a eficácia do vírus. Ao deixar de ser tomado, o bloqueio desaparece.
Correio da Manhã

Permite o tratamento preventivo contra o VIH para pessoas não infetadas, mas vulneráveis.
Um novo tratamento de prevenção do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), vírus que causa a sida, foi aprovado nos Estados Unidos da América (EUA). Denominado Yeztugo, consiste em duas injeções anuais a serem tomadas por pessoas que não são portadoras do vírus, mas que são mais vulneráveis à exposição, nomeadamente por terem vários parceiros sexuais e não recorrerem ao preservativo.
“É mais um passo no combate à doença com base na prevenção”, disse ao CM a Presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, Maria Eugénia Saraiva. A responsável entende que a toma de “duas injeções por ano facilita a prevenção e poderá ter uma maior adesão de pessoas” face aos medicamentos hoje existentes. Maria Eugénia Saraiva lembra, contudo, que a aprovação pela ‘Food and Drug Administration’ (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, não significa a disponibilidade imediata em Portugal. “É necessária a aprovação na Agência Europeia do Medicamento e também pelo Infarmed”, esclareceu. Há mais de uma década que os fármacos mais utilizados para prevenir a transmissão do VIH são os medicamentos conhecidos como ‘profilaxia pré-exposição’ ou ‘PrEP’, que requerem a toma de um comprimido diário.
De acordo com a Gilead, o novo tratamento com uma eficácia próxima dos 100% está disponível para “adultos e adolescentes com peso mínimo de 35 quilos” que “precisam ou querem PrEP”. “É um dia histórico na luta contra o VIH”, declarou Daniel O’Day, da empresa americana de biotecnologia, ao anunciar a aprovação. No entanto, estas esperanças podem ser frustradas por um potencial preço astronómico. Embora não tenha sido divulgado pela empresa, os analistas estimam que o preço de lançamento nos Estados Unidos poderá atingir os 25 mil dólares (21 732 euros) por ano.
Em março último, a diretora do programa ONUSIDA, Winnie Byanyima, declarou que o Mundo se encontrava “no início de uma nova revolução no tratamento preventivo” e que poderia “ver o fim da sida” se este tratamento, que qualificou de “ferramenta milagrosa”, fosse lançado de forma ambiciosa. O Yeztugo apresenta, contudo, limitações. Embora seja injetável, não é uma vacina, porque com a toma não é ativado o sistema imunológico na produção de defesas. É, sim, um antiviral que bloqueia a eficácia do vírus. Ao deixar de ser tomado, o bloqueio desaparece.
Correio da Manhã