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Os pulmões, o cérebro e os rins são os três órgãos mais afetados pela Covid longa, condição pós Covid-19 em que os sintomas da infeção, como perda de olfato, dificuldade em respirar e dor no peito, persistem por semanas, meses e, em alguns casos, anos. A descoberta foi feita por cientistas britânicos, que contaram com o apoio do National Institute for Health and Care Research.
As conclusões, publicadas na revista científica The Lancet Respiratory Medicine, revelam que os doentes internados apresentavam um risco 14 vezes superior de complicações no pulmão. Já as hipóteses de alterações no cérebro eram três vezes maiores e nos rins duas vezes superiores. Por outro lado, o coração e o fígado foram associados a risco inferior de danos.
Os cientistas analisaram 259 doentes hospitalizados com a infeção. Cinco meses depois, os voluntários foram instruídos a realizar exames de ressonância e análises ao sangue. Além disso, também responderam a questionários. De seguida, os dados recolhidos foram comparados com os de 52 pessoas que não haviam contraído Covid-19. Num terço dos doentes internados, foram identificados danos em mais de um órgão.
Entre as limitações do estudo, está o facto de os indivíduos terem estado infetados com Covid-19 entre os anos 2020 a 2021. Nesse período, a maioria das pessoas não tinha recebido sequer a primeira dose da vacina, sendo que outros estudos já demonstraram que a imunização é um importante fator de proteção contra a Covid longa.
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