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Esquizofrenia na adolescência
Se o seu filho não tem amigos e apresenta ideias e comportamentos algo “estranhos”, talvez tenha chegado a hora de o levar a uma consulta de psiquiatria.
Quando falamos em loucura, associamo-la de imediato à esquizofrenia. É de todas as doenças mentais a mais terrível e destrutiva. Contudo, não é fácil enumerar-lhe os sintomas, já que quase todas as manifestações são possíveis.
O esquizofrénico é, ele próprio, um autêntico manual de psicopatologia sem que disso tenha consciência.
Diz-nos a observação de vários casos que a doença pode avançar lenta ou rapidamente. O seu desenvolvimento acarreta sempre um grande sofrimento para a família e para o doente.
Felizmente, sabemos também que quando a doença é descoberta atempadamente, as hipóteses de haver algum equilíbrio mental são razoáveis.
Quais as causas?
Actualmente, considera-se que a doença é resultado de uma combinação entre factores genéticos e de experiência pessoal, sendo que a genética desempenha um importante papel tanto no surgimento como no desenrolar da doença.
É habitual que na história clínica do doente fique registrada a existência de outros casos na família. Noutras ocasiões, a pessoa não sabe ao certo se existem outros esquizofrénicos, mas já ouviu falar numa história de alguém que tinha comportamentos estranhos ou que cometeu suicídio sem que as causas tenham sido apuradas.
Um meio familiar disfuncional assim como problemas durante a gestação também poderão estar na origem de uma esquizofrenia. Não se trata, como muitas vezes é dito, de uma doença dos pobres e dos meios rurais. Pode acontecer a qualquer pessoa independentemente do seu estrato socio-económico.
A ideia instalada de que seria uma doença dos pobres explica-se pelo facto de tradicionalmente as pessoas com mais posses terem um acesso mais fácil a apoio médico, o que já não acontece com as famílias mais desfavorecidas.
Além disto, a doença mental é melhor tolerada na província, sendo que em todas as aldeias há o personagem “louco”, que convive livremente com os outros habitantes. Nas grandes cidades, esta situação altera-se por completo, com a exclusão imediata de todos aqueles cujo comportamento foge um pouco às regras vigentes.
Também não se pode designar a droga como factor desencadeante da doença, já que apenas potencializa os sintomas, mas não desencadeia a esquizofrenia propriamente dita.
continua
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