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Esquerda francesa promete indicar primeiro-ministro até ao final da semana
Coligação criada à pressa não tem um líder claro e não anunciou antes das eleições quem seria o seu candidato à chefia do Governo.
A coligação de esquerda que venceu as eleições legislativas francesas prometeu na segunda-feira apresentar o seu candidato à chefia do Governo até ao final da semana, mas ainda não há candidatos claros nem sequer foi definida a forma como será feita a escolha.
“Não vai ser simples, não vai ser fácil, e não vai ser confortável. Vai levar algum tempo”, admitiu Marine Tondellier, líder dos Verdes, um dos partidos que fazem parte da Nova Frente Popular (NFP), a aliança de esquerda que venceu as eleições, mas que não terá maioria no Parlamento.
Criada à pressa antes das eleições para tentar travar a extrema-direita, a NFP inclui, além dos Verdes, outros partidos com ideias e propostas radicalmente diferentes, como o Partido Socialista, o Partido Comunista e a França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon, de extrema-esquerda.
O líder socialista, Olivier Faure, defendeu que a escolha do candidato a PM deve ser feita “por consenso”, mas admitiu a possibilidade de uma votação interna caso isso não seja possível.
Já o partido de Mélenchon lembra que a “tradição republicana” indica que deve ser o maior partido da coligação a nomear o candidato. Neste caso, seria a França Insubmissa, que elegeu 74 deputados, contra 59 dos socialistas, 28 dos ecologistas e 9 dos comunistas, a indicar o próximo primeiro-ministro.
No entanto, os parceiros de coligação consideram Mélenchon uma figura “demasiado divisiva” para chefiar o Governo e vários partidos fora do arco da esquerda rejeitaram a possibilidade de trabalharem no Parlamento com um Executivo liderado pela França Insubmissa.
Além de Mélenchon, também Faure e Tondellier foram apontados como possíveis candidatos da Nova Frente Popular à chefia do Governo, mas não é de descartar a possibilidade de ser escolhida uma figura mais consensual.
Perante a indefinição da esquerda, o Presidente, Emmanuel Macron, pediu na segunda-feira ao PM, Gabriel Attal, para continuar no cargo de forma interina de modo a garantir a estabilidade governativa até ser escolhido o seu sucessor.
EXTREMA-DIREITA ASSUME ERROS
O candidato da extrema-direita, Jordan Bardella, assumiu “parte da responsabilidade” na derrota e admitiu “erros” na escolha de alguns candidatos e na clarificação de várias propostas do partido, incluindo a proibição de acesso de pessoas com dupla nacionalidade a determinados cargos.
LE PEN “VITÓRIA É INEVITÁVEL”
A líder da União Nacional, Marine Le Pen, agradeceu aos 10 milhões de eleitores que votaram no partido e garantiu que a vitória “é inevitável”.
NOVA CALEDÓNIA SEPARATISTA ELEITO
O território ultramarino da Nova Caledónia elegeu pela primeira vez um candidato pró-independência para o Parlamento francês.
Correio da Manhã
Coligação criada à pressa não tem um líder claro e não anunciou antes das eleições quem seria o seu candidato à chefia do Governo.
A coligação de esquerda que venceu as eleições legislativas francesas prometeu na segunda-feira apresentar o seu candidato à chefia do Governo até ao final da semana, mas ainda não há candidatos claros nem sequer foi definida a forma como será feita a escolha.
“Não vai ser simples, não vai ser fácil, e não vai ser confortável. Vai levar algum tempo”, admitiu Marine Tondellier, líder dos Verdes, um dos partidos que fazem parte da Nova Frente Popular (NFP), a aliança de esquerda que venceu as eleições, mas que não terá maioria no Parlamento.
Criada à pressa antes das eleições para tentar travar a extrema-direita, a NFP inclui, além dos Verdes, outros partidos com ideias e propostas radicalmente diferentes, como o Partido Socialista, o Partido Comunista e a França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon, de extrema-esquerda.
O líder socialista, Olivier Faure, defendeu que a escolha do candidato a PM deve ser feita “por consenso”, mas admitiu a possibilidade de uma votação interna caso isso não seja possível.
Já o partido de Mélenchon lembra que a “tradição republicana” indica que deve ser o maior partido da coligação a nomear o candidato. Neste caso, seria a França Insubmissa, que elegeu 74 deputados, contra 59 dos socialistas, 28 dos ecologistas e 9 dos comunistas, a indicar o próximo primeiro-ministro.
No entanto, os parceiros de coligação consideram Mélenchon uma figura “demasiado divisiva” para chefiar o Governo e vários partidos fora do arco da esquerda rejeitaram a possibilidade de trabalharem no Parlamento com um Executivo liderado pela França Insubmissa.
Além de Mélenchon, também Faure e Tondellier foram apontados como possíveis candidatos da Nova Frente Popular à chefia do Governo, mas não é de descartar a possibilidade de ser escolhida uma figura mais consensual.
Perante a indefinição da esquerda, o Presidente, Emmanuel Macron, pediu na segunda-feira ao PM, Gabriel Attal, para continuar no cargo de forma interina de modo a garantir a estabilidade governativa até ser escolhido o seu sucessor.
EXTREMA-DIREITA ASSUME ERROS
O candidato da extrema-direita, Jordan Bardella, assumiu “parte da responsabilidade” na derrota e admitiu “erros” na escolha de alguns candidatos e na clarificação de várias propostas do partido, incluindo a proibição de acesso de pessoas com dupla nacionalidade a determinados cargos.
LE PEN “VITÓRIA É INEVITÁVEL”
A líder da União Nacional, Marine Le Pen, agradeceu aos 10 milhões de eleitores que votaram no partido e garantiu que a vitória “é inevitável”.
NOVA CALEDÓNIA SEPARATISTA ELEITO
O território ultramarino da Nova Caledónia elegeu pela primeira vez um candidato pró-independência para o Parlamento francês.
Correio da Manhã