• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Espião seduzia mulheres ricas em tempo de guerra

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Espião seduzia mulheres ricas em tempo de guerra

ng1038809.jpg

foto The Telegraph

Roald Dahl, famoso autor de livros infantis como "Charlie e a fábrica de chocolate", foi durante a Segunda Guerra Mundial um agente secreto com enorme poder de sedução sobre norte-americanas ricas.

Dahl, que trabalhava na embaixada britânica em Washington, tinha uma extraordinária habilidade para as "relações especiais" anglo-norteamericanas, um talento que passava pela cama, segundo uma nova biografia do escritor britânico de origem norueguesa, escrita pela jornalista norte-americana Jennet Connant e da qual deu conta "The Sunday Times".

"As mulheres rendiam-se-lhe", explicou Antoinette Marsh Haskell, filha de um magnate da imprensa íntimo amigo do escritor. "Creio que foi para a cama com todas as mulheres da costa leste e do oeste dos Estados Unidos cujos rendimentos superassem os 50 mil dólares", acrescentou.

Entre outras, Dahl "conquistou" Millicent Rogers, herdeira de uma grande fortuna da Standard Oil, e Clare Boothe Luce, congressista conservadora e mulher do famoso editor da revista "Time", Henry Luce.

Sacrifício em nome da pátria

Esta última, 13 anos mais velha do que Dahl, era, ao que parece, uma autêntica "fera" na cama, ao ponto de, segundo queixa do próprio, o deixar totalmente exausto ao cabo de três noites de amor. Dahl (1916-1990) chegou mesmo a pedir aos seus superiores que não o obrigassem a continuar com Clare. A resposta foi que ele continuasse, que fizesse esse sacrifício por patriotismo.

Ferido durante treinos como piloto da Royal Air Force britânica, Dahl combateu no Médio Oriente antes de o declararem incapacitado para voar e o enviarem em 1942 para a embaixada do Reino Unido em Washington.

Na capital norte-americana, estabeleceu relações de amizade com Charles Marsh, magnate da imprensa de origem texana e admirador do primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, que apoiaria os esforços britânicos para convencer os Estados Unidos a aderirem à sua causa contra a Alemanha de Adolf Hitler.

Com a ajuda de Marsh, Dahl conheceu de perto destacados jornalistas e altos funcionários dos Estados Unidos.

A sua capacidade de atracção sobre as mulheres chamou a atenção de William Stephenson, chefe de espionagem canadiano encarregado de coordenar os esforços clandestinos britânicos para conseguir que os Estados Unidos entrassem na guerra contra Hitler.

Com Ian Fleming e Noel Coward

Entre os agentes que trabalhavam para Stephenson e se moviam nos círculos da alta sociedade como peixes na água havia outros escritores, tais como Ian Fleming, o criador de James Bond, e o dramaturgo Noel Coward.

A biógrafa de Dahl centra-se no seu papel de sedutor que conseguiu conquistar, inclusivamente, a simpatia de Eleanor Roosevelt, mulher do presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt, o que lhe permitiu converter-se num convidado habitual da Casa Blanca.

Dahl, autor de obras como "Matilde", "As bruxas" e "James e o pêssego gigante", gostava de se exibir com as mulheres que conquistava, segundo conta Antoinette Marsh. Em certa ocasião, apresentou-se em casa dos Marsh com uma mulher que se dizia ser a amante do general Dwight Eisenhower.

Durante a sua etapa de espião, escreveu o "Sunday Times", Dahl passou aos seus superiores uma série de segredos e documentos úteis.

Com base nas visitas à casa de família dos Roosevelt em Yude Park, no estado de Nova Iorque, Dahl chegou à conclusão de que o presidente, paralítico, tinha um "affaire" com a princesa Marta da Noruega, que obteve asilo político nos Estados Unidos.


JN
 
Topo