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Espólio arqueológico de Garvão regressa a Ourique
Mais de 500 caixotes com peças arqueológicas da segunda metade da Idade do Ferro, descobertas nos anos 80 em Garvão (Ourique) e que se encontravam armazenadas em Conimbriga, regressaram agora ao concelho alentejano, para inventariação e estudo.
O regresso das peças, com mais de quatro mil anos, resultou dos esforços do actual executivo da Câmara Municipal de Ourique, garantiu hoje à agência Lusa o presidente, Pedro do Carmo.
«Agora, vão ficar armazenadas em boas condições e o espólio começará a ser trabalhado, inventariado, catalogado e estudado para, mais tarde, o podermos expor», disse, afiançando que «Ourique passa a integrar o roteiro dos circuitos arqueológicos».
As peças arqueológicas são provenientes de Garvão, localidade perto da sede de concelho, onde foi descoberto e escavado nos anos 80 um depósito votivo, ou seja, uma espécie de armazém onde foram colocadas oferendas a uma divindade.
«São peças, oferecidas a uma divindade da altura, que foram metidas neste depósito porque não haveria espaço para elas no santuário dedicado à mesma divindade, que existiria na zona, mas ainda é desconhecido», explicou outra fonte camarária à Lusa.
Há «mais de 20 anos» que este espólio estava fora do concelho, pois, após os trabalhos arqueológicos realizados pelo Serviço Regional de Arqueologia da Zona Sul, nos anos 80, sob direcção de Caetano de Mello Beirão, foi levado para as instalações dessa entidade, em Évora, cedidas pela universidade local.
Segundo Pedro do Carmo, nos anos 90, foi decidida a sua transferência para Conimbriga, a título de depósito provisório, com a salvaguarda de que «regressariam a Ourique quando houvesse condições».
«Estiveram, nestes últimos 17 anos, em condições não muito favoráveis ao seu armazenamento e agora conseguimos que regressassem a Ourique», argumentou.
O autarca revelou também que foi apresentada à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) a candidatura «Redescobrir Garvão», que aguarda aprovação, para criar uma estrutura de verdadeira reserva de materiais arqueológicos da zona, com uma equipa especializada.
A candidatura integra a Direcção Regional da Cultura do Alentejo, as universidades de Évora e de Coimbra e o Instituto Politécnico de Tomar.
Nos mais de 500 caixotes do espólio que regressaram a Ourique, estão «centenas» de peças inteiras e «milhares de cacos», pertencentes a «outras centenas» de objectos e que vão ser objecto de triagem e classificação.
O espólio integra, de inúmeros tamanhos e feitios, taças, tigelas, potes, alguns deles com pés e perfurados, para queimar por exemplo incenso, um pequeno cavalo, já sem cabeça, ou um maxilar com os dentes, feito em pasta de vidro.
Mais de 500 caixotes com peças arqueológicas da segunda metade da Idade do Ferro, descobertas nos anos 80 em Garvão (Ourique) e que se encontravam armazenadas em Conimbriga, regressaram agora ao concelho alentejano, para inventariação e estudo.
O regresso das peças, com mais de quatro mil anos, resultou dos esforços do actual executivo da Câmara Municipal de Ourique, garantiu hoje à agência Lusa o presidente, Pedro do Carmo.
«Agora, vão ficar armazenadas em boas condições e o espólio começará a ser trabalhado, inventariado, catalogado e estudado para, mais tarde, o podermos expor», disse, afiançando que «Ourique passa a integrar o roteiro dos circuitos arqueológicos».
As peças arqueológicas são provenientes de Garvão, localidade perto da sede de concelho, onde foi descoberto e escavado nos anos 80 um depósito votivo, ou seja, uma espécie de armazém onde foram colocadas oferendas a uma divindade.
«São peças, oferecidas a uma divindade da altura, que foram metidas neste depósito porque não haveria espaço para elas no santuário dedicado à mesma divindade, que existiria na zona, mas ainda é desconhecido», explicou outra fonte camarária à Lusa.
Há «mais de 20 anos» que este espólio estava fora do concelho, pois, após os trabalhos arqueológicos realizados pelo Serviço Regional de Arqueologia da Zona Sul, nos anos 80, sob direcção de Caetano de Mello Beirão, foi levado para as instalações dessa entidade, em Évora, cedidas pela universidade local.
Segundo Pedro do Carmo, nos anos 90, foi decidida a sua transferência para Conimbriga, a título de depósito provisório, com a salvaguarda de que «regressariam a Ourique quando houvesse condições».
«Estiveram, nestes últimos 17 anos, em condições não muito favoráveis ao seu armazenamento e agora conseguimos que regressassem a Ourique», argumentou.
O autarca revelou também que foi apresentada à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) a candidatura «Redescobrir Garvão», que aguarda aprovação, para criar uma estrutura de verdadeira reserva de materiais arqueológicos da zona, com uma equipa especializada.
A candidatura integra a Direcção Regional da Cultura do Alentejo, as universidades de Évora e de Coimbra e o Instituto Politécnico de Tomar.
Nos mais de 500 caixotes do espólio que regressaram a Ourique, estão «centenas» de peças inteiras e «milhares de cacos», pertencentes a «outras centenas» de objectos e que vão ser objecto de triagem e classificação.
O espólio integra, de inúmeros tamanhos e feitios, taças, tigelas, potes, alguns deles com pés e perfurados, para queimar por exemplo incenso, um pequeno cavalo, já sem cabeça, ou um maxilar com os dentes, feito em pasta de vidro.
Diário Digital / Lusa