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Escolas não integram deficientes

ze.gaspar

GF Prata
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Jun 7, 2009
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As escolas não têm condições para os estudantes portadores de deficiência. A avaliação é feita pela Associação Portuguesa de Deficientes (APD). Agora que o início do ano lectivo se aproxima, Humberto Santos, presidente da APD, lembra que nas escolas faltam materiais, livros e profissionais para auxiliar os alunos deficientes.

"Estes alunos não têm apoio nas escolas, como funcionários que os ajudem nas tarefas que não fazem sozinhos, não têm ajudas tecnológicas, como computadores e livros adaptados", denuncia Humberto Santos. Uma falta de apoio que se estende "ao processo de socialização. As escolas têm de ter mecanismos para tornar este processo de socialização e construção da identidade numa experiência positiva para estas crianças com necessidades especiais", defende o presidente da APD.

Para combater a "falta de sensibilização", a associação "já combinou, com um sindicato da educação, acções nas escolas para o próximo ano", adianta Humberto Santos. Até porque, a continuar assim, "estamos a afectar estas crianças e jovens para o futuro e estamos a criar os subsidiodependentes de amanhã, dificultando mais tarde o acesso ao emprego", alerta o dirigente.

A educação foi um dos temas do debate que a associação organizou, ontem, em Lisboa. Mas o emprego e as leis dirigidas aos deficientes também foram alvo de análise por parte dos intervenientes.

A apresentação de poucas queixas por discriminação levou os organizadores da discussão a concluir que "as custas judiciais são muito elevadas, para um grupo, à partida, muito vulnerável economicamente". Para contrariar esta situação, a Associação Portuguesa de Deficientes propõe a existência de "um regime de custas mais baixas para esta população". Humberto Santos não sabe, contudo, o número de processos movidos por deficientes.

A falta de oferta de emprego também afecta os deficientes, que por isso mesmo têm menos recursos económicos, sublinha o responsável.

Mas os problemas teriam "uma resolução mais fácil se culturalmente estivéssemos noutro patamar de entendimento", refere Humberto Santos. Também o advogado Garcia Pereira, que participou no debate de ontem, defendeu, citado pela Lusa, que mais importante que as alterações à legislação é uma "mudança de mentalidades" no que diz respeito à deficiência.


in Diário de Notícias
 
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