O Conselho Executivo da EB 2,3 de Ceira acredita que o reforço de autocarros de acesso à escola é o meio para travar o decréscimo de alunos
A Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos de Ceira tem vindo a diminuir o número de alunos, de ano para ano. Se em 20007/2008 estiveram inscritos 178 estudantes (quase metade da capacidade do estabelecimento de ensino), no próximo ano as perspectivas são ainda mais pessimistas, não estando garantida sequer a frequência de 150 alunos.
Na época que agora terminou ainda foi possível constituir duas turmas dos 5.oºe 6.oºanos, mas quando as aulas recomeçarem será apenas uma de cada ano e com poucos alunos. Para os 7.o, 8.oºe 9.oºanos, estão a surgir as mesmas dificuldades.
Para o Conselho Executivo é clara a razão da diminuição da comunidade escolar: a «falta de transportes» de acesso à escola, que está instalada num local isolado da localidade. A consequência é a perda de estudantes para outros estabelecimentos de ensino mais acessíveis. Só para o Instituto Educativo de Almalaguês – instituição com transporte escolar – a escola de Ceira perdeu cerca de 30 alunos.
Mas, não é tudo, adianta a equipa directiva. As crianças da zona do Sobral Cid, por exemplo, têm transportes directos dos SMTUC até à Escola Silva Gaio, enquanto as de Torres do Mondego não têm dificuldades em chegar à Escola Alice Gouveia. «São do nosso agrupamento, mas não vêm para cá», frisam.
Vários pedidos já deram entrada nos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) para que os autocarros «sirvam melhor» a escola. Para os responsáveis, é uma questão de «vontade política», porque, dizem, não se justifica que uma sede de agrupamento continue com um cenário tão escasso de alunos.
Se a localização era um problema à partida, os professores até consideram que ali poderia ter nascido um pólo educativo «belíssimo», com pré-escolar.
A acrescentar há ainda o estigma de que para ali só vão os maus alunos, mas «temos resposta para todos», adianta a equipa do Conselho Executivo, realçando que, a nível de exames nacionais, os resultados estão dentro da média nacional.
SMTUC não prevêem
reforço de carreiras
Da parte dos SMTUC, não há qualquer intenção de reforçar as carreiras de autocarros para a escola de Ceira, porque, considera o administrador Manuel de Oliveira, «não há ninguém que fique em terra».
Após a reestruturação ocorrida em 2003/2004 passou a haver uma linha directa – a 23 –, com frequência de 50 em 50 minutos, com o percurso entre a escola, Ceira, Conraria, Sobral Cid, Lages e Coimbra. Algumas viagens da linha 10 também fazem desvios para a EB 2,3, enquanto os utilizadores da carreira 18, que vêm de Assafarge, Marco dos Pereiros e Castelo Viegas podem fazer o transbordo na zona do Sobral Cid e apanhar o 23. O mesmo se passa com os alunos de Torres do Mondego e Casal da Misarela, que podem utilizar o 9 e, junto à Portela, passar para o 10.
O que acontece, afirma fonte dos SMTUC, é que muitos pais decidem levar os filhos para Coimbra, optando pela Alice Gouveia ou pela Silva Gaio.
A Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos de Ceira tem vindo a diminuir o número de alunos, de ano para ano. Se em 20007/2008 estiveram inscritos 178 estudantes (quase metade da capacidade do estabelecimento de ensino), no próximo ano as perspectivas são ainda mais pessimistas, não estando garantida sequer a frequência de 150 alunos.
Na época que agora terminou ainda foi possível constituir duas turmas dos 5.oºe 6.oºanos, mas quando as aulas recomeçarem será apenas uma de cada ano e com poucos alunos. Para os 7.o, 8.oºe 9.oºanos, estão a surgir as mesmas dificuldades.
Para o Conselho Executivo é clara a razão da diminuição da comunidade escolar: a «falta de transportes» de acesso à escola, que está instalada num local isolado da localidade. A consequência é a perda de estudantes para outros estabelecimentos de ensino mais acessíveis. Só para o Instituto Educativo de Almalaguês – instituição com transporte escolar – a escola de Ceira perdeu cerca de 30 alunos.
Mas, não é tudo, adianta a equipa directiva. As crianças da zona do Sobral Cid, por exemplo, têm transportes directos dos SMTUC até à Escola Silva Gaio, enquanto as de Torres do Mondego não têm dificuldades em chegar à Escola Alice Gouveia. «São do nosso agrupamento, mas não vêm para cá», frisam.
Vários pedidos já deram entrada nos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) para que os autocarros «sirvam melhor» a escola. Para os responsáveis, é uma questão de «vontade política», porque, dizem, não se justifica que uma sede de agrupamento continue com um cenário tão escasso de alunos.
Se a localização era um problema à partida, os professores até consideram que ali poderia ter nascido um pólo educativo «belíssimo», com pré-escolar.
A acrescentar há ainda o estigma de que para ali só vão os maus alunos, mas «temos resposta para todos», adianta a equipa do Conselho Executivo, realçando que, a nível de exames nacionais, os resultados estão dentro da média nacional.
SMTUC não prevêem
reforço de carreiras
Da parte dos SMTUC, não há qualquer intenção de reforçar as carreiras de autocarros para a escola de Ceira, porque, considera o administrador Manuel de Oliveira, «não há ninguém que fique em terra».
Após a reestruturação ocorrida em 2003/2004 passou a haver uma linha directa – a 23 –, com frequência de 50 em 50 minutos, com o percurso entre a escola, Ceira, Conraria, Sobral Cid, Lages e Coimbra. Algumas viagens da linha 10 também fazem desvios para a EB 2,3, enquanto os utilizadores da carreira 18, que vêm de Assafarge, Marco dos Pereiros e Castelo Viegas podem fazer o transbordo na zona do Sobral Cid e apanhar o 23. O mesmo se passa com os alunos de Torres do Mondego e Casal da Misarela, que podem utilizar o 9 e, junto à Portela, passar para o 10.
O que acontece, afirma fonte dos SMTUC, é que muitos pais decidem levar os filhos para Coimbra, optando pela Alice Gouveia ou pela Silva Gaio.