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Durante a sua gravidez está ser provavelmente bombardeada com informação.
Entre leituras e conselhos sobre mil e uma coisas, desde alimentação do bebé até ao creme para o rabinho, no fim ainda tem mais dúvidas do que respostas. E provavelmente está a imaginar como vai ser o grande dia. Um assunto que gera muitas opiniões diversas, é a episiotomia. Primeiro que tudo, vamos saber exactamente em que consiste. Uma episiotomia é um corte feito por um médico na abertura inferior da vagina da mãe durante o parto, na tentativa de ajudar a passagem do bebé pela vagina. A maior parte dos cortes das episiotomias são feitos a direito no perineo, a área entre a vagina e o ânus. Agora que já sabe isto, deve estar a pensar porque é que os médicos efectuam este procedimento. Tradicionalmente, as episiotomias eram feitas quando os nascimentos com fórceps eram uma prática comum. Um corte feito pelo médico permitia que os fórceps coubessem na vagina de modo a tirar o bebé.
De acordo com um estudo de 2001 do Centers for Disease Control, os partos por fórceps desceram de uma taxa de 17,6% em 1980, para apenas 4% no ano 2000. Contudo, as taxas de episiotomia não seguiram a mesma tendência. As episiotomias desceram de 64% em 1988 para 32,7% em 2000.
Agora deve estar a pensar porque é que os médicos continuam a fazer episiotomias quando os nascimentos por fórceps são cada vez menos frequentes.
A maior parte das razões da persistência deste procedimento são baseadas em informações incorrectas. Algums médicos acreditam que uma episiotomia protege o pavimento pélvico contra lacerações. Um estudo de 2005 publicado no Journal of the American Medical Association, bem como outros estudos recentes, provam que esse é um pressuposto incorrecto. Estas descobertas também mostram que não há evidencias de que um corte no perineo proteja os músculos pélvicos.
Outra razão frequentemente citada para a realização de uma episiotomia é a crença de que um rasgão natural cura-se mais lentamente do que um corte instrumental. Isto não é verdade. Um rasgão natural vai recuperar muito mais rapidamente. Rasgar é muito mais seguro do que cortar, de acordo com um estudo de 1987 feito por J.M. Thorp e outros médicos publicado na Obstet Gynecol.
Outra razão para cortar a pele é para permitir que a cabeça do bebé consiga passar durante o parto. Pense na sua pele como um lençol de algodão. Se usar tesouras para cortar, o tecido vai rasgar-se mais facilmente. A última coisa que quer é que um corte na vagina continue a rasgar com a pressão do bebé a nascer, e que acabe por danificar o seu perineo. Use esta analogia para pensar no que acontece à sua pele, e pode acabar por perceber que não quer ou não precisa de uma episiotomia. Discuta este tema com o seu obstetra. Como em muitos procedimentos invasivos, as episiotomias podem trazer vários riscos para as mães. Infecções, hemorragias, hematomas e dor pós-parto são apenas alguns dos riscos.
Outro facto interessante, e que alguns estudos demonstraram é que as mulheres que rasgam naturalmente durante o parto, retornam à actividade sexual mais cedo do que as mulheres "cortadas" pelo médico ( Esta descoberta foi reportada por P.G. Larsson e outros médicos.
Agora que sabe que as episiotomias de rotina nem sempre são necessárias, há alguns casos raros em que é preciso uma episiotomia. Discuta as razões para se realizar uma episiotomia com o seu médico. Assim estará preparada para o nascimento do seu bebé.
Existem várias maneiras de evitar uma episiotomia.
Primeiro que tudo, é informar-se sobre o assunto. Incluindo os prós e contras do procedimento.
Adicionalmente, na altura do parto, peça a quem está a fazer o parto para lhe dizer quando deve fazer força. Se a mãe fizer força controladamente e nos momentos certos, a pele da vagina vai esticar naturalmente para acomodar o bebé. O seu corpo sabe o que deve fazer.
Também pode tentar as seguintes sugestões:
Discuta a utilização da episiotomia com o seu obstetra de modo a saber se ele fez o mesmo trabalho de casa que você.
Massagens no perineo ajudam a evitar rasgões ou episiotomias.
Pratique exercicios de Kegel. Fortalecem os músculos pélvicos.
Independentemente do que aconteça no grande dia, não deve deixar que a hipótese de um corte instrumental no seu corpo lhe cause stress e ansiedade desnecessários. Lembre-se que o corpo da mulher foi feito para dar á luz.
Autora:Heather Hill
Entre leituras e conselhos sobre mil e uma coisas, desde alimentação do bebé até ao creme para o rabinho, no fim ainda tem mais dúvidas do que respostas. E provavelmente está a imaginar como vai ser o grande dia. Um assunto que gera muitas opiniões diversas, é a episiotomia. Primeiro que tudo, vamos saber exactamente em que consiste. Uma episiotomia é um corte feito por um médico na abertura inferior da vagina da mãe durante o parto, na tentativa de ajudar a passagem do bebé pela vagina. A maior parte dos cortes das episiotomias são feitos a direito no perineo, a área entre a vagina e o ânus. Agora que já sabe isto, deve estar a pensar porque é que os médicos efectuam este procedimento. Tradicionalmente, as episiotomias eram feitas quando os nascimentos com fórceps eram uma prática comum. Um corte feito pelo médico permitia que os fórceps coubessem na vagina de modo a tirar o bebé.
De acordo com um estudo de 2001 do Centers for Disease Control, os partos por fórceps desceram de uma taxa de 17,6% em 1980, para apenas 4% no ano 2000. Contudo, as taxas de episiotomia não seguiram a mesma tendência. As episiotomias desceram de 64% em 1988 para 32,7% em 2000.
Agora deve estar a pensar porque é que os médicos continuam a fazer episiotomias quando os nascimentos por fórceps são cada vez menos frequentes.
A maior parte das razões da persistência deste procedimento são baseadas em informações incorrectas. Algums médicos acreditam que uma episiotomia protege o pavimento pélvico contra lacerações. Um estudo de 2005 publicado no Journal of the American Medical Association, bem como outros estudos recentes, provam que esse é um pressuposto incorrecto. Estas descobertas também mostram que não há evidencias de que um corte no perineo proteja os músculos pélvicos.
Outra razão frequentemente citada para a realização de uma episiotomia é a crença de que um rasgão natural cura-se mais lentamente do que um corte instrumental. Isto não é verdade. Um rasgão natural vai recuperar muito mais rapidamente. Rasgar é muito mais seguro do que cortar, de acordo com um estudo de 1987 feito por J.M. Thorp e outros médicos publicado na Obstet Gynecol.
Outra razão para cortar a pele é para permitir que a cabeça do bebé consiga passar durante o parto. Pense na sua pele como um lençol de algodão. Se usar tesouras para cortar, o tecido vai rasgar-se mais facilmente. A última coisa que quer é que um corte na vagina continue a rasgar com a pressão do bebé a nascer, e que acabe por danificar o seu perineo. Use esta analogia para pensar no que acontece à sua pele, e pode acabar por perceber que não quer ou não precisa de uma episiotomia. Discuta este tema com o seu obstetra. Como em muitos procedimentos invasivos, as episiotomias podem trazer vários riscos para as mães. Infecções, hemorragias, hematomas e dor pós-parto são apenas alguns dos riscos.
Outro facto interessante, e que alguns estudos demonstraram é que as mulheres que rasgam naturalmente durante o parto, retornam à actividade sexual mais cedo do que as mulheres "cortadas" pelo médico ( Esta descoberta foi reportada por P.G. Larsson e outros médicos.
Agora que sabe que as episiotomias de rotina nem sempre são necessárias, há alguns casos raros em que é preciso uma episiotomia. Discuta as razões para se realizar uma episiotomia com o seu médico. Assim estará preparada para o nascimento do seu bebé.
Existem várias maneiras de evitar uma episiotomia.
Primeiro que tudo, é informar-se sobre o assunto. Incluindo os prós e contras do procedimento.
Adicionalmente, na altura do parto, peça a quem está a fazer o parto para lhe dizer quando deve fazer força. Se a mãe fizer força controladamente e nos momentos certos, a pele da vagina vai esticar naturalmente para acomodar o bebé. O seu corpo sabe o que deve fazer.
Também pode tentar as seguintes sugestões:
Discuta a utilização da episiotomia com o seu obstetra de modo a saber se ele fez o mesmo trabalho de casa que você.
Massagens no perineo ajudam a evitar rasgões ou episiotomias.
Pratique exercicios de Kegel. Fortalecem os músculos pélvicos.
Independentemente do que aconteça no grande dia, não deve deixar que a hipótese de um corte instrumental no seu corpo lhe cause stress e ansiedade desnecessários. Lembre-se que o corpo da mulher foi feito para dar á luz.
Autora:Heather Hill