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Energia solar: guerra à vista entre União Europeia e China
A chanceler alemã, Angela Merkel, propôs-se a mediar a disputa comercial entre a União Europeia e China no que toca à energia solar. A Europa acusa o Governo chinês de subsidiar a sua indústria de energia solar e promover o dumping.
“A Alemanha vai envolver-se nas negociações, para assegurar que não cheguemos ao ponto em que as tarifas sejam impostas permanentemente”, explicou Merkel.
A ameaça de uma guerra comercial na indústria solar está no topo da agenda de dois dias de conversações entre Alemanha e China. Isto porque a União Europeia está a estudar a imposição de tarifas de importação sobre equipamentos de recolha de energia solar produzidos na China, a pedido da empresa alemã Solar World.
Na verdade, a quota de mercado da Alemanha na energia solar sofreu um tombo nos últimos cinco anos. Em 2004, a Alemanha detinha 63% das receitas globais de painéis solares, contra 11% da China. Em 2010, os teutónicos representavam apenas 18% da indústria, contra 50% da China, de acordo com a Pricewaterhouse Coopers.
A China é hoje o maior fabricante de painéis solares do mundo, e a Europa o seu maior cliente. Mais de 90% dos painéis solares chineses são exportados, a maioria para a União Europeia, e os maiores produtores europeus dizem que os concorrentes chineses estão a praticar preços demasiados baixos.
“O Governo chinês gastou muito dinheiro e terrenos com os fabricantes de painéis solares – e muitos destes não têm de repagar. O Governo chinês subsidia a produção de painéis solares. Há muitas empresas globais a declarar insolvência, e isso deve-se, sobretudo, à China. Assim que conseguirem ficar sós no mercado, as empresas chinesas irão aumentar os seus preços”, explicou à Forbes Usha Haley, associada do Economic Policy Institute de Washington.
E é neste ponto que estamos. A União Europeia está a estudar a imposição de tarifas de importações sobre estes equipamentos – e Merkel irá mediar esta tensão.
Foto: Sob licença Creative Commons
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