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Energia: REN garante empenho em minimizar impacto das novas linhas previstas até 2014
O presidente da REN garantiu hoje que os 400 quilómetros de linhas eléctricas a construir entre 2009 e 2014 em Portugal ficarão tão distantes quanto possível dos aglomerados populacionais, para minimizar qualquer impacte negativo.
"A REN - Redes Energéticas Nacionais não anda a perseguir as pessoas. A REN respeita-as, assim como respeita o ordenamento do território e a sustentabilidade", afirmou José Penedos, apelando a um "sentimento de segurança no convívio" com a empresa.
Falando no Porto durante a apresentação do Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Electricidade (PDIRT) da REN, o presidente da empresa destacou que o processo de consulta pública que decorrerá antes do arranque deste plano visa, precisamente, "fazer a erosão o mais profundamente possível de qualquer oposição às novas linhas".
A decorrer durante o próximo mês, esta consulta pública dirige-se a todas as instituições e cidadãos interessados em participar no processo, desde entidades instituições com responsabilidades na área do ambiente a associações ambientais, comissões regionais de coordenação e autarquias.
Depois de fechado o período de consulta - que inclui duas sessões públicas de discussão no Porto (hoje) e em Lisboa (sexta-feira) - a REN analisará os contributos apresentados de forma a entregar, até final de Julho, a versão definitiva do PDIRT à Direcção Geral de Energia.
Orçado em 1.434 milhões de euros, a aplicar entre 2009 e 2014 a um ritmo médio de 240 milhões de euros/ano, o plano de desenvolvimento da REN irá, segundo José Penedos, traduzir-se numa "alteração significativa da composição espectral da rede".
Segundo explicou, a tendência é para a progressiva diminuição das linhas de baixa tensão (150 KW), manutenção das de média tensão (220 KW) e aumento das de alta tensão (400 KW).
Assim, grande parte dos perto de 300 quilómetros de linhas a desactivar nos próximos anos serão de 150 KW, cujo tempo de vida útil está já a terminar, enquanto a rede de 400 KW será a mais desenvolvida.
Por outro lado, a aposta da REN passa por "aumentar significativamente o montante de energias renováveis no país", viabilizando em 2019 cerca de 8.000 MW de potência eólica e 7.000 MW de grande hídrica, com destaque para as 10 barragens do Plano Nacional de Barragens.
Já a capacidade de interligação com Espanha deverá, segundo a REN, subir dos actuais 1.000 a 1.300 MW para 1.800 MW em 2010 e 3.000 MW em 2013.
Este facto, associado ao reforço do parque produtor português, permitirá ao país "passar a exportador líquido de energia dentro de alguns anos".
Para o director da divisão de planeamento da REN, João Ricardo, o PDIRT visa, para além de uma "maior abertura e diálogo com a sociedade", dar resposta ao abastecimento dos consumos em Portugal, aos objectivos nacionais em termos de energias renováveis, à ligação de grandes centros produtores hídricos e térmicos, à interligação à rede de Espanha no âmbito do MIBEL, ao abastecimento das futuras linhas ferroviárias de alta velocidade e à renovação de equipamentos em fim de vida útil.
Para além de nove novos grupos de ciclo combinado, equivalentes a uma potência de 3.528 MW, o plano prevê seis novos grupos a carvão (mais 2.400 MW) e cinco desclassificações de centrais térmicas em fim de vida útil (menos 3.069 MW), o que se traduz num saldo de crescimento de potência de 2.860 MW.
Igualmente previstos estão oito novos eixos de linhas: Norte do Porto-Galiza; Trás-os-Montes-Beira Litoral; Paraimo-Lavos-Batalha; reforço da Beira Interior; Alto Alentejo-Península de Setúbal; Algarve-Andaluzia; Pegões-Fanhões e Fernão Ferro-Palmela e 10 novas subestações.
PD.
Lusa/Fim
O presidente da REN garantiu hoje que os 400 quilómetros de linhas eléctricas a construir entre 2009 e 2014 em Portugal ficarão tão distantes quanto possível dos aglomerados populacionais, para minimizar qualquer impacte negativo.
"A REN - Redes Energéticas Nacionais não anda a perseguir as pessoas. A REN respeita-as, assim como respeita o ordenamento do território e a sustentabilidade", afirmou José Penedos, apelando a um "sentimento de segurança no convívio" com a empresa.
Falando no Porto durante a apresentação do Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Electricidade (PDIRT) da REN, o presidente da empresa destacou que o processo de consulta pública que decorrerá antes do arranque deste plano visa, precisamente, "fazer a erosão o mais profundamente possível de qualquer oposição às novas linhas".
A decorrer durante o próximo mês, esta consulta pública dirige-se a todas as instituições e cidadãos interessados em participar no processo, desde entidades instituições com responsabilidades na área do ambiente a associações ambientais, comissões regionais de coordenação e autarquias.
Depois de fechado o período de consulta - que inclui duas sessões públicas de discussão no Porto (hoje) e em Lisboa (sexta-feira) - a REN analisará os contributos apresentados de forma a entregar, até final de Julho, a versão definitiva do PDIRT à Direcção Geral de Energia.
Orçado em 1.434 milhões de euros, a aplicar entre 2009 e 2014 a um ritmo médio de 240 milhões de euros/ano, o plano de desenvolvimento da REN irá, segundo José Penedos, traduzir-se numa "alteração significativa da composição espectral da rede".
Segundo explicou, a tendência é para a progressiva diminuição das linhas de baixa tensão (150 KW), manutenção das de média tensão (220 KW) e aumento das de alta tensão (400 KW).
Assim, grande parte dos perto de 300 quilómetros de linhas a desactivar nos próximos anos serão de 150 KW, cujo tempo de vida útil está já a terminar, enquanto a rede de 400 KW será a mais desenvolvida.
Por outro lado, a aposta da REN passa por "aumentar significativamente o montante de energias renováveis no país", viabilizando em 2019 cerca de 8.000 MW de potência eólica e 7.000 MW de grande hídrica, com destaque para as 10 barragens do Plano Nacional de Barragens.
Já a capacidade de interligação com Espanha deverá, segundo a REN, subir dos actuais 1.000 a 1.300 MW para 1.800 MW em 2010 e 3.000 MW em 2013.
Este facto, associado ao reforço do parque produtor português, permitirá ao país "passar a exportador líquido de energia dentro de alguns anos".
Para o director da divisão de planeamento da REN, João Ricardo, o PDIRT visa, para além de uma "maior abertura e diálogo com a sociedade", dar resposta ao abastecimento dos consumos em Portugal, aos objectivos nacionais em termos de energias renováveis, à ligação de grandes centros produtores hídricos e térmicos, à interligação à rede de Espanha no âmbito do MIBEL, ao abastecimento das futuras linhas ferroviárias de alta velocidade e à renovação de equipamentos em fim de vida útil.
Para além de nove novos grupos de ciclo combinado, equivalentes a uma potência de 3.528 MW, o plano prevê seis novos grupos a carvão (mais 2.400 MW) e cinco desclassificações de centrais térmicas em fim de vida útil (menos 3.069 MW), o que se traduz num saldo de crescimento de potência de 2.860 MW.
Igualmente previstos estão oito novos eixos de linhas: Norte do Porto-Galiza; Trás-os-Montes-Beira Litoral; Paraimo-Lavos-Batalha; reforço da Beira Interior; Alto Alentejo-Península de Setúbal; Algarve-Andaluzia; Pegões-Fanhões e Fernão Ferro-Palmela e 10 novas subestações.
PD.
Lusa/Fim