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Empresa produz energia com bagaço de azeitona
2008-03-17 11:19 (GMT) Uma empresa alentejana quer construir uma central de produção de energia, a partir de biomassa.
Uma empresa alentejana quer construir uma central de produção de energia, a partir de biomassa, para aproveitar o esperado aumento de bagaço de azeitona oriundo dos lagares do Alentejo, com a exploração dos novos olivais, muitos de espanhóis.
A empresa Mariano Lopes e Filhos, instalada em Alvito (Beja) e propriedade da União de Cooperativas Agrícolas do Sul (UCASUL), compra bagaço de azeitona a lagares do Alentejo, quer para extrair óleo, quer para o tratar.
"Dentro de quatro a cinco anos, com o início da produção dos novos olivais no Alentejo, muitos na ‘mão’ de empresários espanhóis, a empresa deverá receber três a quatro vezes mais bagaço do que recebe actualmente dos lagares da região", previu o presidente da UCASUL Aníbal Martins, em declarações à agência Lusa.
Após o início da produção dos novos olivais, a empresa prevê receber anualmente "150 a 200 milhões de quilos" de bagaço, constituído por fragmentos de pele, polpa e caroço da azeitona.
A central de biomassa vai permitir produzir energia através do bagaço tratado, o que constitui, para Aníbal Martins, uma "nova oportunidade de negócio".
"Será mais uma forma de valorizar o bagaço", além da extracção de óleo e da produção de bagaço tratado que já são feitas na empresa.
A empresa está a "desenvolver diligências" junto do Ministério da Economia para "obter licença para a central", já que, até agora, "têm sido atribuídas licenças sobretudo a centrais de biomassa a partir de resíduos florestais", disse Aníbal Martins.
Além da central de biomassa "alimentada" a bagaço, com uma potência instalada de três megawatts (MW), o projecto, orçado em 25 milhões de euros, prevê também a instalação de uma outra central de produção de energia, a partir de gás natural, com uma potência de 15 MW.
As duas centrais poderão começar a funcionar "entre dois a três anos após a obtenção da licença", previu Aníbal Martins, referindo que "já há três parceiros interessados no projecto", uma empresa portuguesa e dois grupos, um espanhol e outro belga.
Segundo o responsável da UCASUL, o projecto "só se justifica e será viável se a Mariano Lopes e Filhos receber para tratar a maioria do bagaço em bruto produzido no Alentejo", incluindo o resultante da produção de azeite a partir dos novos olivais dos espanhóis.
"Os empresários espanhóis, que detém boa parte dos novos olivais no Alentejo, estão atentos ao sector da olivicultura na região e poderão também investir na extracção do bagaço", previu Aníbal Martins, referindo que "se houver duas ou mais unidades de transformação de bagaço, o projecto da central de biomassa não será viável".
Equipada com uma central de secagem "capaz de secar todo o bagaço que actualmente se produz e venha a ser produzido no Alentejo", a Mariano Lopes e Filhos recebeu, em 2007, "cerca de 60 milhões de quilos" de bagaço, provenientes de vários lagares privados e cooperativos do Alentejo.
O bagaço recebido, depois de secado, tratado e valorizado, permitiu produzir "cerca de dois milhões de quilos" de óleo de bagaço e "cerca de 15 milhões de quilos" de bagaço tratado.
O óleo de bagaço foi vendido a três clientes espanhóis da empresa, que o refinam e comercializam em Espanha como óleo de cozinha.
O bagaço tratado foi usado como combustível na própria empresa, no processo de secagem daquele subproduto, tendo a parte excedentária sido vendida, sobretudo, a cerâmicas e outras unidades.
TVNET/LUSA
2008-03-17 11:19 (GMT) Uma empresa alentejana quer construir uma central de produção de energia, a partir de biomassa.
Uma empresa alentejana quer construir uma central de produção de energia, a partir de biomassa, para aproveitar o esperado aumento de bagaço de azeitona oriundo dos lagares do Alentejo, com a exploração dos novos olivais, muitos de espanhóis.
A empresa Mariano Lopes e Filhos, instalada em Alvito (Beja) e propriedade da União de Cooperativas Agrícolas do Sul (UCASUL), compra bagaço de azeitona a lagares do Alentejo, quer para extrair óleo, quer para o tratar.
"Dentro de quatro a cinco anos, com o início da produção dos novos olivais no Alentejo, muitos na ‘mão’ de empresários espanhóis, a empresa deverá receber três a quatro vezes mais bagaço do que recebe actualmente dos lagares da região", previu o presidente da UCASUL Aníbal Martins, em declarações à agência Lusa.
Após o início da produção dos novos olivais, a empresa prevê receber anualmente "150 a 200 milhões de quilos" de bagaço, constituído por fragmentos de pele, polpa e caroço da azeitona.
A central de biomassa vai permitir produzir energia através do bagaço tratado, o que constitui, para Aníbal Martins, uma "nova oportunidade de negócio".
"Será mais uma forma de valorizar o bagaço", além da extracção de óleo e da produção de bagaço tratado que já são feitas na empresa.
A empresa está a "desenvolver diligências" junto do Ministério da Economia para "obter licença para a central", já que, até agora, "têm sido atribuídas licenças sobretudo a centrais de biomassa a partir de resíduos florestais", disse Aníbal Martins.
Além da central de biomassa "alimentada" a bagaço, com uma potência instalada de três megawatts (MW), o projecto, orçado em 25 milhões de euros, prevê também a instalação de uma outra central de produção de energia, a partir de gás natural, com uma potência de 15 MW.
As duas centrais poderão começar a funcionar "entre dois a três anos após a obtenção da licença", previu Aníbal Martins, referindo que "já há três parceiros interessados no projecto", uma empresa portuguesa e dois grupos, um espanhol e outro belga.
Segundo o responsável da UCASUL, o projecto "só se justifica e será viável se a Mariano Lopes e Filhos receber para tratar a maioria do bagaço em bruto produzido no Alentejo", incluindo o resultante da produção de azeite a partir dos novos olivais dos espanhóis.
"Os empresários espanhóis, que detém boa parte dos novos olivais no Alentejo, estão atentos ao sector da olivicultura na região e poderão também investir na extracção do bagaço", previu Aníbal Martins, referindo que "se houver duas ou mais unidades de transformação de bagaço, o projecto da central de biomassa não será viável".
Equipada com uma central de secagem "capaz de secar todo o bagaço que actualmente se produz e venha a ser produzido no Alentejo", a Mariano Lopes e Filhos recebeu, em 2007, "cerca de 60 milhões de quilos" de bagaço, provenientes de vários lagares privados e cooperativos do Alentejo.
O bagaço recebido, depois de secado, tratado e valorizado, permitiu produzir "cerca de dois milhões de quilos" de óleo de bagaço e "cerca de 15 milhões de quilos" de bagaço tratado.
O óleo de bagaço foi vendido a três clientes espanhóis da empresa, que o refinam e comercializam em Espanha como óleo de cozinha.
O bagaço tratado foi usado como combustível na própria empresa, no processo de secagem daquele subproduto, tendo a parte excedentária sido vendida, sobretudo, a cerâmicas e outras unidades.
TVNET/LUSA