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Eduardo Lourenço lamenta morte do poeta Ángel Campos Pámpano
O ensaísta Eduardo Lourenço disse hoje à Lusa ter ficado «muito triste» com o falecimento, na terça-feira, do poeta espanhol Ángel Campos Pámpano, 51 anos, a quem este ano fora atribuído o Prémio o seu nome.
O galardão, no valor de 10000 euros, é atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), a «personalidades ou instituições de língua portuguesa ou língua espanhola que tenham demonstrado intervenção relevante e inovadora na cooperação transfronteiriça e na promoção da identidade e da cultura das comunidades ibéricas».
«Foi uma notícia que me ensombrou e ensombrou este acontecimento», declarou Eduardo Lourenço, referindo-se à cerimónia de entrega do prémio, agendada para quinta-feira, na Guarda, com a presença do Presidente da República.
«Fiquei muito triste, muito afectado mesmo - confessou -, pela morte de um poeta que eu estimo imenso, que era uma excelente pessoa, com quem colaborei nas edições magníficas que ele consagrou a Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen e Eugénio de Andrade».
Ángel Campos Pámpano morreu, «vítima de complicações pós-cirúrgicas», no Hospital Universitário Infanta Cristina, em Badajoz, segundo Alexandra Isidro, coordenadora do CEI, instituição formada pela Câmara da Guarda, Instituto Politécnico e Universidades de Coimbra e Salamanca (Espanha).
«Apesar desta infeliz ocorrência, a cerimónia de entrega do Prémio Eduardo Lourenço mantém-se, conforme prevista, para o dia 27 de Novembro, pelas 12:00, na Guarda», adiantou, indicando que o galardão será entregue, a título póstumo, «à Conselheira da Cultura e Turismo da Junta da Estremadura, que representará a família do galardoado».
Nascido em 1957, em San Vicente de Alcántara (Badajoz), Ángel Campos Pámpano foi poeta, tradutor de português, editor e professor de Língua e Literatura Espanholas, em Lisboa.
«Foi também director da revista bilingue ´Espacio/Espaço Escrito`, um projecto inovador no domínio das relações literárias entre os dois países ibéricos, que foi fundada em 1987 com a vontade de aproximar duas culturas tão próximas», assinala o CEI.
A Ángel Campos devem-se traduções de destacados poetas portugueses como Fernando Pessoa, António Ramos Rosa, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ruy Belo e Al Berto, entre outros.
poeta espanhol «interpretou singularmente a Fronteira, entendendo-a como forma de comunicação e não de separação», refere a fonte.
Em 2006 foi-lhe concedido o Prémio de Tradução Giovanni Pontiero pela edição de «Nocturno Mediodía. Antologia Poética (1944-2001)», de Sophia de Mello Breyner.
Em 2005 recebeu o Premio Extremadura a la Creación pelo livro «La semilla en la nieve» e em 2008 o Prémio Eduardo Lourenço, que vai na quarta edição e tem o nome do mentor e presidente honorário do CEI.
«O júri valorizou o destacado papel do candidato nas relações e conhecimento cultural luso-espanhol através da tradução, edição e criação poéticas, a par da docência e da dinamização de iniciativas culturais transfronteiriças», segundo o CEI.
Diário Digital / Lusa
O ensaísta Eduardo Lourenço disse hoje à Lusa ter ficado «muito triste» com o falecimento, na terça-feira, do poeta espanhol Ángel Campos Pámpano, 51 anos, a quem este ano fora atribuído o Prémio o seu nome.
O galardão, no valor de 10000 euros, é atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), a «personalidades ou instituições de língua portuguesa ou língua espanhola que tenham demonstrado intervenção relevante e inovadora na cooperação transfronteiriça e na promoção da identidade e da cultura das comunidades ibéricas».
«Foi uma notícia que me ensombrou e ensombrou este acontecimento», declarou Eduardo Lourenço, referindo-se à cerimónia de entrega do prémio, agendada para quinta-feira, na Guarda, com a presença do Presidente da República.
«Fiquei muito triste, muito afectado mesmo - confessou -, pela morte de um poeta que eu estimo imenso, que era uma excelente pessoa, com quem colaborei nas edições magníficas que ele consagrou a Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen e Eugénio de Andrade».
Ángel Campos Pámpano morreu, «vítima de complicações pós-cirúrgicas», no Hospital Universitário Infanta Cristina, em Badajoz, segundo Alexandra Isidro, coordenadora do CEI, instituição formada pela Câmara da Guarda, Instituto Politécnico e Universidades de Coimbra e Salamanca (Espanha).
«Apesar desta infeliz ocorrência, a cerimónia de entrega do Prémio Eduardo Lourenço mantém-se, conforme prevista, para o dia 27 de Novembro, pelas 12:00, na Guarda», adiantou, indicando que o galardão será entregue, a título póstumo, «à Conselheira da Cultura e Turismo da Junta da Estremadura, que representará a família do galardoado».
Nascido em 1957, em San Vicente de Alcántara (Badajoz), Ángel Campos Pámpano foi poeta, tradutor de português, editor e professor de Língua e Literatura Espanholas, em Lisboa.
«Foi também director da revista bilingue ´Espacio/Espaço Escrito`, um projecto inovador no domínio das relações literárias entre os dois países ibéricos, que foi fundada em 1987 com a vontade de aproximar duas culturas tão próximas», assinala o CEI.
A Ángel Campos devem-se traduções de destacados poetas portugueses como Fernando Pessoa, António Ramos Rosa, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ruy Belo e Al Berto, entre outros.
poeta espanhol «interpretou singularmente a Fronteira, entendendo-a como forma de comunicação e não de separação», refere a fonte.
Em 2006 foi-lhe concedido o Prémio de Tradução Giovanni Pontiero pela edição de «Nocturno Mediodía. Antologia Poética (1944-2001)», de Sophia de Mello Breyner.
Em 2005 recebeu o Premio Extremadura a la Creación pelo livro «La semilla en la nieve» e em 2008 o Prémio Eduardo Lourenço, que vai na quarta edição e tem o nome do mentor e presidente honorário do CEI.
«O júri valorizou o destacado papel do candidato nas relações e conhecimento cultural luso-espanhol através da tradução, edição e criação poéticas, a par da docência e da dinamização de iniciativas culturais transfronteiriças», segundo o CEI.
Diário Digital / Lusa